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domingo, junho 24, 2018

O setor do turismo de negócios e turismo histórico, vertentes do turismo que predomina na região centro-norte de Goiânia, carece de uma imediata intervenção das políticas públicas, em saneamento, mobilidade, urbanização e desenvolvimento sustentável. Um dos cartões de visita da cidade reflete a ausência dos compromissos públicos com esses setores.


Dinalva Heloiza

Considerando o turismo como um cenário cultural e fator econômico que exerce o fortalecimento das economias locais e cultural das sociedades, vários aspectos indicam o preparo para exercê-lo, no que tange as suas comunidades e mais ainda as competências públicas inerentes a sua gestão, nos aspectos da infraestrutura, políticas de fomento as demandas e aos meios de gerir os fortes impactos que por vezes são provocados pelo setor em suas distintas localizações.  

   
  
                                                     Acervo Art Decó - Goiânia - região centro-norte

Um dos grandes destaques nas economias locais, e continuamente viabilizam seu crescimento e o reconhecimento dos seus respectivos setores produtivos, de forma significativa promove a geração de riquezas, ampliação de empregos e maior renda as comunidades, é o setor do turismo.  

O potencial caracterizado por este seguimento, permite de forma generalizada, o fortalecimento das economias locais. Mas, seu poder é ainda mais relevante, quando aplicado junto às cidades que se encontram localizado em planos geográficos centralizados, longe dos privilégios turísticos das cidades costeiras, o que amplia ainda mais a responsabilidade das sociedades que vivem nesses cenários, com a escolha do perfil daqueles ou daquelas que vão assumir dentro de algum tempo, a administração pública. Faz-se imperativo que esses novos gestores, detenham uma visão do desenvolvimento em seus pilares, em atendimento as inúmeras demandas que se acumulam nessas localidades.

Goiânia, capital do Estado de Goiás, é conhecida por sua vocação em turismo de eventos, negócios e turismo histórico, por ser o principal polo indutivo do turismo da região dos negócios no Estado. Neste aspecto a capital, já foi considerada uma das cidades mais modernas e atuantes do país.

Goiânia foi planejada obedecendo a um traçado moderno em estilo Art Déco, que inspirou os primeiros prédios da capital, cujo acervo arquitetônico, composto por 22 prédios, é considerado um dos mais significativos do país, construído nas décadas de 1940 e 1950, um acervo tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, em 2003, e na capital goiana, é visível o abandono desse acervo histórico, a falta de políticas de preservação que atenda ao turismo histórico de nossa cidade.

                                                            Polo de Moda - Feira Hippie e 44
                                                            Polo de Moda Região da 44
                                                Estação Ferroviária em Art Decó - Feira Hippie e 44

Na parte norte da cidade situam-se o setor industrial da moda goiana e a estação ferroviária, dois aspectos do turismo que se integram nesse cenário, o turismo de negócios e histórico.  Um forte polo de moda, e uma das mais raras construções em Art Decó da cidade, o prédio da estação ferroviária, parte do patrimônio histórico da cidade.

O turista que hoje visita esse cenário, na capital goiana, com toda certeza vai entender profundamente o significado da palavra turismo sustentável, ou desenvolvimento sustentável. O cenário sugere uma intervenção imediata, aliada a estudos de impactos ambientais e reformulação da mobilidade na região, além do imperativo que urge nos aspectos do saneamento, limpeza e manutenção urbana, fiscalização e implantação de infraestrutura em saneamento, urbanização e descartes de resíduos sólidos e recicláveis.

Em todo o espaço não existe uma simples lixeira de descarte reciclável ou sólido, o que chega a provocar mal estar em qualquer pessoa que possua um mínimo de bom senso, relacionado à limpeza urbana, o cenário é caótico e constrangedor para nós que somos filhas e filhos de Goiânia.

É sabido que a limpeza pública é de responsabilidade do ente público; no entanto a execução dos serviços pode ser feita por meio de um agente público ou privado. Apesar da gestão desse serviço estar a cargo do município, o engajamento do setor privado e da sociedade é fundamental na busca por reduzir, reutilizar, reciclar e zelar pela destinação adequada dos resíduos sólidos, principalmente em cenários onde prevalece a oferta do turismo em suas várias vertentes, é um cartão de visita das cidades e uma indicação a céu aberto do nível de responsabilidade de toda a sociedade com a saúde humana, e com o bem-estar comum dessa comunidade e de todo o setor do turismo que predomina nesse cenário. 
  
Recentemente aconteceu na Polônia a XII Reunião Anual da Rede Cidades Criativas da UNESCO, com o tema “encruzilhadas criativas”, onde a UNESCO, desenvolveu o fio condutor do evento desse ano, promovendo os valores do espírito colaborativo da rede de cidades e o compromisso de todos os envolvidos em impulsionar a ação local e internacional das cidades criativas da rede, o cerne de suas ações e pensamentos. 

Cidades de todo o mundo podem solicitar participação em uma das sete áreas temáticas: artesanato e artes folclóricas, design, cinema, gastronomia, literatura, artes midiáticas e música. Com a entrada de 64 novas municipalidades nesta semana, a Rede soma atualmente 180 Cidades Criativas em 72 países.
                                          
A cidade de Goiânia, capital de Goiás, tem tudo para estar inserida nesse contexto, tanto no cenário do design, com seu acervo Art Decô, quanto com a música, em razão do grande elenco de artistas que a cidade detém, e ainda através da vasta produção cultural em cinema, mas,  infelizmente ainda falta visão e compromisso político, além de se disponibilizar a ampliar parcerias, entre o município e o estado, com o setor privado e a participação da sociedade civil e comunidade que reside e atua nestes cenários. O tempo urge!!!


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