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Propaganda e Marketing


Desmond Tutu, discursa durante V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, realizado pela ABAP e ForCom, em São Paulo.

Dinalva Heloiza


Com o tema de abertura "Liberdade de Expressão e Democracia", proferido pelo Prêmio Nobel da Paz, arcebispo sul-africano Desmond Tutu, teve início no dia 28 de maio e encerrou-se hoje, (30), o V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, que  aconteceu no Word Trade Center em São Paulo.

Com o objetivo de ampliar o foco dos debates para além da publicidade, o evento debateu as principais questões que afetam o setor com os mais destacados líderes da indústria da propaganda brasileira.

Os temas abordados durante o Congresso, foram definidos pelas 37 entidades participantes, tendo a frente a ABAP ( Associação Brasileira das Agências de Propaganda), os quais foram discutidos em 13 comissões, cujos resultados foram apresentados hoje, durante o encerramento do Congresso, com vistas a balizar o estabelecimento de novos parâmetros para o setor em todo o Brasil.

Conquistas atribuídas aos quatro congressos anteriores.

 As bases da atividade publicitária no Brasil, que fundamentaram a Lei nº 4.680, foram lançadas durante a primeira edição em 1957, quando o incipiente mercado, clamava por união entre os agentes envolvidos para a estruturação e a regulação necessárias ao crescimento da atividade. Um dos resultados mais importantes deste consenso, foi a concepção do (IVC), Instituto Verificador de Circulação.

Em 1969, acontece a segunda edição, em tempos de ditadura, o principal foco de discussões abordou a relação entre agências e anunciantes, desse encontro resultou a criação da Bonificação por Volume (BV), uma das relevâncias do encontro.

Em sua terceira edição que ocorreu em 1978, havia um temor no mercado, quanto a uma possível sanção de lei pelo governo militar, a qual obrigaria uma censura prévia as atividades publicitárias, é quando surge o CONAR – Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária.

Só em 2008, aconteceu o IV Congresso Brasileiro, que reuniu 1.800 participantes, quando foram criadas as bases da Lei nº 12.232, que estabeleceu uma nova regulamentação ao setor.

A efetiva realização dos quatro primeiros congressos, possibilitou a estruturação do mercado publicitário brasileiro, conhecido por garantir independência financeira, e a consequente liberdade editorial dos meios de comunicação, inserindo a criatividade junto aos trabalhos, elevando assim um destaque ao Brasil, em cenário mundial.

5º Congresso

O 5º Congresso Brasileiro, teve por objetivo reunir empresários, profissionais e acadêmicos atuantes e interessados nos diversos segmentos que compõe a Indústria da Comunicação Brasileira, com a finalidade de promover, o estudo e um debate democrático e participativo dos temas de interesse comum, previamente acordados, com o propósito de encaminhar decisões e recomendações consensuais que possam contribuir para o desenvolvimento harmonioso da atividade em todas as suas dimensões.  

O evento é uma realização da ABAP – Associação Brasileira de Agências de Publicidade, coordenando as demais entidades representativas da Indústria da Comunicação no Brasil e componentes do ForCom – Fórum Permanente da Indústria da Comunicação. Além das 37 componentes do ForCom, o 5º Congresso foi apoiado por outras entidades da classe. Em seu primeiro dia, o evento reuniu cerca de 1.400 pessoas, e discutiu temas relevantes para o mercado brasileiro e goiano de comunicação e marketing.

                      Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab - (foto de Eduardo Lopes M&M)

Na abertura do evento, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, fez um pequeno discurso sobre a importância de realizar um encontro com todos os players do mercado brasileiro. O prefeito ainda complementou que o congresso ratifica a força da indústria da comunicação no país, sendo um setor que contribui para a construção da democracia e para o fortalecimento da economia.


O presidente da Abap e do V Congresso da Indústria da Comunicação, Luiz Lara, ressaltou, em sua fala, que o encontro é um acontecimento emblemático, pois representa um estágio de maturidade profissional do mercado de comunicação. Para ele, a união das 38 entidades é uma maneira de integrar o mercado de comunicação e torná-lo eficaz. “Juntos podemos fazer mais e também queremos ser melhores como profissionais e empresários da comunicação”, afirma.

Lara lembrou ainda os benefícios que o congresso  trouxe para a área da comunicação em suas quatro edições, desde  a criação do IVC (Instituto Verificador de Circulação) ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). O presidente desejou a todos os participantes, que a 5ª edição do Congresso possa integrar ainda mais o mercado e trazer resoluções positivas e eficazes a comunicação.


                                           Nobel da Paz, Arcebispo Desmond Tutu

Para falar sobre um dos temas centrais do evento, democracia e liberdade de expressão, a coordenação do V Congresso trouxe o Prêmio Nobel da Paz, o Arcebispo Desmond Tutu. Segundo Luiz Lara, a escolha do Arcebispo, deu-se por ele ser um exemplo vivo em força da palavra.

Em seu discurso, Tutu falou sobre a posição em que se destaca o Brasil na atualidade em cenário global, se referindo as conquistas do país como anfitrião do Rio+20, Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016. Tutu destacou ainda o papel fundamental da mídia na manutenção da democracia e na liberdade de expressão, pois tem ela a  atribuição de divulgar informações a sociedade. “A mídia deve ter liberdade e cumprir as suas obrigações com responsabilidade. Para isso, é imprescindível, equilíbrio, o que exige disciplina e autorregulação. A mídia é poderosa e necessita usar sua influência para o bem da sociedade, e o bem comum de todos”, afirmou.


Eixos Temáticos e as 13 Comissões do V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação.

01- O Futuro da Profissão.
Com todas as revoluções pelas quais vem passando a comunicação, que tipo de perfil precisarão ter os profissionais dos próximos anos?
-Como as principais escolas de comunicação do mundo estão preparando seus alunos para o mercado.
-Uma pesquisa global entre escolas de comunicação produzida pela ESPM.
-As opiniões de professores de grandes escolas globais de comunicação.
Presidente: Armando Ferrentini, da Editora Referência e da ESPM.

02- As Empresas de Comunicação Brasileiras, o Mercado Global e a Marca Brasil.
Na era da globalização, quais as oportunidades de internacionalização das empresas brasileiras de comunicação?
-O Brasil tem excelência em diversas áreas da comunicação, com empresas de todos os portes e profissionais de todos os segmentos.
-Que oportunidades têm essas empresas e profissionais para conquistar mercado internacional? 
-E quais as barreiras para que isso se torne realidade?

03- Comunicação, Crescimento Econômico e Desenvolvimento Humano.
A contribuição da Indústria da Comunicação ao crescimento econômico, desenvolvimento e inclusão social. Estamos cumprindo nosso papel?
-A Indústria da Comunicação e os entraves ao desenvolvimento: corrupção, burocracia, carga tributária.

04- Liberdade de Expressão e Democracia.
A intimidade dessa relação e a dependência que uma parte tem da outra. O Estado-babá e a proteção aos leitores, telespectadores, ouvintes e consumidores. Regulação, tutela e educação.
-O direito de informar e o direito à informação.
-Os riscos e as ameaças à liberdade de expressão plena.
-Legislação, regulação e independência editorial.
-Sociedade de consumo e consumo consciente.
-Consumo e desenvolvimento.
-O papel da educação no "bom arbítrio".
-Educação x tutela.
-O estágio atual da educação no Brasil.

05- Comunicação One-to-One: Personalização x Privacidade.
As novas tecnologias e as novas técnicas de comunicação personalizada. E os limites dela.
-Até onde a tecnologia pode personificar a comunicação. E até onde o consumidor quer ser identificado.
-As ferramentas de captação de informações sobre consumidores e seus hábitos, o uso mercadológico destas informações e, em contrapartida, a ética e o direito à privacidade.

06- As novas tecnologias e as novas fronteiras da mídia.
Uma nova definição de mídia. As novas tecnologias, as novas alternativas e até que ponto elas irão revolucionar o modelo atual de comunicação.
-Mais do que um cenário repleto de novas mídias, estamos vivendo um cenário de redefinição do que é mídia. De quanto será o mercado em 2014 ou 2016. Como planejar com tantas novas alternativas.
-O consumo de mídia e as novas gerações.
-Como a Indústria da Comunicação deve se preparar para os novos desafios impostos pela expansão do conceito de mídia. E como se aproveitar deles para melhor cumprir seu papel.
Presidente: Luiz Fernando Vieira, presidente do Grupo de Mídia de São Paulo e vice-presidente de mídia da Africa.

07- Sustentabilidade e Comunicação.
Consciência e prática
-Consciência plena do sentido amplo de sustentabilidade. Sintonia entre consciência e prática. -Relações de negócios visando a longevidade de fornecedores, parceiros e clientes. (Política de espremer um fornecedor com práticas comerciais leoninas, imprimir cartão de visita em papel reciclado e se anunciar como "empresa amiga da sustentabilidade".)
-Sociedade de consumo e sociedade sustentável
-A comunicação é ferramenta do consumo. Mas de consumo sustentável. Consciente.
Contribuições da comunicação para que o país se torne referência em sustentabilidade
-O que cada setor da Indústria da Comunicação deve fazer para cumprir sua parte e como pode influenciar a sociedade como um todo a adotar comportamentos em favor da sustentabilidade.
Presidente: José Carlos de Salles Gomes Neto, do Grupo Meio & Mensagem.

08- Criatividade e Sucesso.
Comunicação, criatividade e sucesso: como estreitar essa relação e torná-la evidente.
-A Indústria da Comunicação é a indústria da criatividade e da inovação? Pode ser mais?
-Como a nossa criatividade pode contribuir para o nosso sucesso e para o sucesso dos nossos parceiros de negócios, clientes e consumidores.
-E como evidenciar a relação criatividade-sucesso em benefício da expansão da indústria.
Presidente: Alexandre Gama, presidente e diretor geral de criação e planejamento da Neogama/BBH.

09- O Consumidor com a Palavra.
As redes sociais deram voz ao consumidor. O SAC, uma conquista recente dos consumidores, será substituído pelas redes sociais, sobre as quais ninguém tem controle?
-Como entender o consumidor neste novo cenário, em que todos falam mesmo sem ser chamados a falar.
Presidente: Carlos Augusto Montenegro, do Ibope.

10- Propriedade Intelectual, Legislação e Ética.
Como a indústria da criatividade deve valorizar e proteger seu ativo de maior valor: a ideia.
-A importância e a contribuição das ideias na geração de riquezas.
-Legislação: como é hoje e o que precisa ser feito. Como o assunto é tratado em outros países.

11- Novos Caminhos para Criar e Fortalecer Marcas.
A fragmentação da mídia, a exigência de novas competências para acertar o consumidor-alvo e a relevância atual e futura dos novos formatos de comunicação.
-Como alcançar o consumidor num cenário de mudanças no consumo de mídia e no comportamento dos consumidores. Os novos formatos serão capazes de criar e fortalecer marcas, gerar preferência e conquistar a felicidade do consumidor?
Presidente: Luiz Carlos Dutra, vice-presidente da Unilever.

12- Regionalização.
A força e a importância do "regional" num mundo globalizado. O desenvolvimento da Indústria da Comunicação nos mercados regionais. Conteúdo e cultura nacional.
-As oportunidades regionais em um país que cresce, quando o mundo se retrai. Se o trabalho "não é mais um lugar", como incentivar o surgimento e o desenvolvimento de empresas e talentos em qualquer parte do Brasil?
Presidente: João Batista Ciaco, diretor de publicidade e marketing de relacionamento da Fiat e presidente da ABA – Associação Brasileira de Anunciantes.

13- Grandes Eventos: Desafios e Oportunidades.
Além da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016, o destaque que o Brasil passa a ocupar em cenário global deverá atrair cada vez mais grandes eventos ao país.
-Como a Indústria da Comunicação deve se preparar para enfrentar os desafios técnicos e de legislação. E como aproveitar as oportunidades que os grandes eventos trarão ao setor.
Presidente: José Victor Oliva, da Holding Clube.

Fonte: V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação e M&M 



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