As 7 Maravilhas da Natureza eleitas pela New7Wonders

As 7 Maravilhas da Natureza eleitas pela New7Wonders
A América do Sul ganhou com a Floresta Amazônica e a Foz do Iguaçú

domingo, fevereiro 24, 2013

Christoph Waltz ganha Oscar de melhor ator coadjuvante por "Django Livre"


(Reuters)

domingo, 24 de fevereiro de 2013 23:43 BRT
 
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LOS ANGELES, 24 Fev (Reuters) - O austríaco Christoph Waltz ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante por seu papel como um dentista que virou um caçador de recompensas em "Django Livre", na 85a cerimônia de entrega do Oscar no Teatro Dolby, em Los Angeles, neste domingo.
Em "Django Livre", o cineasta Quentin Tarantino combina um faroeste de ação e aventura, incluindo caubóis, com uma narrativa de vingança racial ambientada no século 19, antes da abolição da escravidão nos Estados Unidos.
"Nós participamos da jornada de um herói, o herói, no caso, é Quentin", disse Waltz com a voz embargada, ao receber o prêmio.
O primeiro sucesso do ator austríaco em Hollywood foi com o papel de um maligno, embora encantador, coronel nazista em “Bastardos Inglórios", de Tarantino, pelo qual conquistou a estatueta da Academia em 2010.
Waltz, de 56 anos e filho de cenógrafos, trabalhou no teatro, cinema e TV alemão na maior parte dos seus 30 anos de carreira, até ser apresentado a Tarantino. Até então suas tentativas de atuar numa produção em inglês não tinham sido bem-sucedidas.
Também concorriam ao prêmio nesta categoria os atores Alan Arkin (Argo), Robert de Niro (O Lado Bom da Vida), Philip Seymour Hoffman (O Mestre) e Tommy Lee Jones (Lincoln).

Celebridades chegam ao tapete vermelho para a festa do Oscar


(Reuters)

domingo, 24 de fevereiro de 2013 22:31 BRT
 
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Por Jill Serjeant
LOS ANGELES, 24 Fev (Reuters) - As maiores estrelas de Hollywood desfilaram e posaram no tapete vermelho do Oscar neste domingo, numa noite em que "Argo", que retrata o drama de reféns norte-americanos durante a Revolução Iraniana, e "Lincoln", história sobre o ex-presidente dos Estados Unidos, disputam arduamente o prêmio de melhor filme.
As indicadas para o Oscar Jessica Chastain, cintilante em um vestido tomara-que-caia dourado Armani Privé, e Amy Adams, num modelo cinza sem alças de Oscar de la Renta, estavam entre as primeiras a caminhar pelos 150 metros de tapete vermelho, sob um sol forte no fim de tarde em Los Angeles.
Quvenzhané Wallis, de 9 anos e candidata ao Oscar de melhor atriz pelo filme alternativo "Indomável Sonhadora", levou uma bolsa em formato de filhote de cachorro, para o deleite dos mais de 100 fotógrafos e cinegrafistas de todo o mundo.
Com muitos candidatos em condições de disputar os prêmios, vários grandes sucessos de bilheteria para se celebrar e um apresentador de primeira viagem, o imprevisível Seth MacFarlane, as surpresas darão o tom quando forem abertas as cortinas da 85a edição do Oscar.
Daniel Day-Lewis, no papel do ex-presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln, é considerado imbatível e prestes a se tornar o primeiro homem a conquistar três estatuetas do Oscar de melhor ator.
E um burburinho estava indicando uma possível virada na disputa para melhor atriz, com o aumento das chances de Emmanuelle Riva, de 86 anos, da França.
Riva, estrela do angustiante filme austríaco "Amor", era tida até alguns dias atrás como cavalo fora do páreo numa corrida que tinha como principais favoritas Jessica Chastain, de "A Hora Mais Escura", e Jennifer Lawrence, de "O Lado Bom da Vida".
Uma vitória de Riva iria torná-la a pessoa mais idosa a ganhar um Oscar de melhor intérprete.
"Lincoln" chega à cerimônia do Oscar, de mais de três horas de duração, com 12 indicações, incluindo a de melhor diretor, para Steven Spielberg, que já ganhou a estatueta por duas vezes.
Mas sua condição de favorito a melhor filme foi prejudicada pela sucessão de prêmios obtidos nas últimas semanas por "Argo", de Ben Affleck.
"É um ano interessante", disse Matt Atchity, editor-chefe do site de cinema Rotten Tomatoes.
"Acho que 'Argo' provavelmente tem a melhor condição. Está certamente em seu grande momento. Ganhou muitos prêmios e acho que certamente é o filme do momento", disse Atchity à Reuters.
Se "Argo" conquistar o prêmio principal, será a primeira produção a ganhar o Oscar de melhor filme sem que seu diretor tenha sido indicado para disputar como melhor diretor desde "Conduzindo Miss Daisy", em 1990.
ANNE HATHAWAY, A FAVORITA
Na disputa pelo prêmio de melhor filme de 2012 estão o musical "Os Miseráveis", a comédia "O Lado Bom da Vida", a história de naufrágio "As Aventuras de Pi", o suspense "A Hora Mais Escura" - sobre a captura de Osama bin Laden --, o faroeste da época da escravidão "Django Livre" e o filme alternativo "Indomável Sonhadora", e "Amor".
Em outras categorias, apenas Anne Hathaway é considerada uma aposta certa para levar para casa a estatueta dourada, depois passar fome e ter os cabelos cortados como atriz coadjuvante no papel da trágica Fantine, em "Os Miseráveis".
Os especialistas no Oscar dizem que Steven Spielberg pode perder na categoria de diretor para o taiwanês Ang Lee, por sua façanha técnica e imaginativa ao filmar o fantástico "A Aventura de Pi", com um elenco de animais exóticos.
E o Oscar de melhor ator coadjuvante poderá ir para qualquer um dos cinco indicados: Robert De Niro ("O Lado Bom da Vida"), Alan Arkin ("Argo"), Christoph Waltz ("Django Livre"), Tommy Lee Jones ("Lincoln") e Philip Seymour Hoffman ("O Mestre").
Os vencedores do Oscar são escolhidos em votação secreta por cerca de 5.800 membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood e o prêmio é entregue pessoalmente diante de uma plateia de 3.300 convidados, e com dezenas de milhões de pessoas acompanhando a cerimônia pela TV em todo o mundo.
Após vários anos com filmes premiados que tiveram pouco público, neste ano nove concorrentes de melhor filme arrecadaram mais de 2 bilhões de dólares em ingressos em todo o mundo.
Os produtores da cerimônia do Oscar estão prometendo um show de ritmo acelerado embalado com música e grandes performances. Mas o homem que primeiro receberá a atenção do público será MacFarlane, o comediante provocador mais conhecido pela série de TV "Family Guy" e um estreante como anfitrião do Oscar.
"Nós não temos como saber o que funciona até colocá-lo lá e ver com se sai diante de uma plateia", disse o coprodutor da cerimônia Craig Zadan à Reuters.
"É um show ao vivo, e isso é sempre imprevisível. Depois que o trem parte da estação o que tiver de acontecer, acontece."

O Futuro é Agora


Bebel Gilberto


Vim ao mundo em Nova York, mas o coração é brasileiro. Brasileiríssimo, devo frisar. E as raízes também. Nasci numa situação privilegiada: culturalmente, cresci em ebulição; financeiramente, nunca me faltou nada. Não é o caso das crianças estampadas nestas páginas, e muitas outras, privadas de algumas das coisas mais básicas. Natural, portanto, aceitar o convite para participar do Projeto Jeitos de Aprender na Educação Infantil. São ações como essas que, de fato, fazem a diferença num mundo tão desigual. Fechados em bolhas, seguros em condomínios, passamos por vezes alheios. Chamados como esse nos humanizam, jogam na cara o que muitas vezes empurramos pra debaixo do tapete.

Estou numa típica manhã fria dessas que fazem em São Paulo. Desço do meu confortável quarto no hotel Emiliano, no bairro nobre dos Jardins, onde estou hospedada. Numa van, rumo à Escola Zuleika Pereira Leite, no Campo Limpo. E a mesma São Paulo, cantada de forma tão poética por alguns dos meus compositores favoritos, vai mudando de cenário. Entre os trancos e barrancos, os do asfalto e os da vida, chego ao meu destino. A rua é bucólica. Vazia. Um portão azul completa a paisagem. E o som das crianças brincando atrás dele vai deixando o coração mais quente. Bem mais quente, aliás. Crianças quando brincam são todas iguais, penso, relembrando da minha própria infância. E da saudade. Mas, quando termina a brincadeira, a realidade é outra. E pode ser dura.

A Escola Zuleika Pereira Leite faz parte do bonito projeto capitaneado pela Bulgari, que, junto à fundação Abrinq, Save the Children, ajuda milhares de crianças e professores, arrecada milhões, constrói escolas, fortalece a educação e, consequentemente, o futuro. São mais de 7 milhões de pessoas beneficiadas no mundo inteiro. Com orgulho, aceitei o posto de embaixadora do programa social patrocinado pela joalheria italiana que, como parte das comemorações dos seus 125 anos, optou por fazer a sua parte. Quis contribuir com a sociedade, celebrando o seu passado enquanto olha para o futuro. Well done. Mais do que doar dinheiro para a causa, o que por si só já seria nobre, prefere usar as suas tantas conexões para angariar fundos. Como o anel desenvolvido pela marca, feito de prata e cerâmica, com parte da venda revertida à fundação. A escolha de artistas nacionais ajuda a dar cara à causa em cada país. Já participaram Sting, Leighton Meester, Isabella Rossellini, Juliane Moore, Ricky Martin, Benicio Del Toro, Jessica Biel… todos espontaneamente. Sem lucrar com isso, quero dizer. Sem lucrar financeiramente, já que se trata de uma típica ação emocionalmente positiva. Somos voluntários, juntos por um futuro melhor.

Como é gostoso estar com crianças. Ali, no pátio do colégio, fui cercada por dezenas delas. Numa roda, cantei músicas da minha infância e aprendi outras da nova geração. Aprendi também a nova versão do “Atirei o Pau no Gato”, a politicamente correta, meio chata (rs), que virou “Não atiro o Pau no Gato”… mas tudo bem. Juntos, colocamos a “mão na massa”, ou melhor, na tinta. E pude ver aqueles meninos e meninas ganhando a promessa de uma educação mais concreta, a fé de um futuro mais feliz. E a certeza de que, no fim das contas, quem ganhou fui eu. Uma dose de vida real com as crianças carentes de Campo Limpo. Assim, na veia.

Por Bebel Gilberto
De Fundação Abrinq



*Matéria publicada na Revista RG"

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Projeto brasileiro para conservação do solo e da água recebe premiação internacional.

                                                  Os projetos visam evitar a erosão do solo e a poluição das nascentes dos rios

O projeto Conservador das Águas concorreu ao Prêmio Internacional de Dubai para Boas Práticas com aproximadamente 400 projetos de todo o mundo

Os projetos visam evitar a erosão do solo e a poluição das nascentes dos rios. O projeto Conservador das Águas promove a preservação da água e do solo e é resultado da parceria entre a Agência Nacional de Águas (ANA), Prefeitura Municipal de Extrema (MG), The Nature Conservancy (TNC), Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Governo do Estado de Minas Gerais. O Prêmio será entregue no dia 6 de março, em Dubai.

O Conservador das Águas concorreu com, aproximadamente, 400 projetos de todo o mundo, onde foram analisados pelo Comitê Técnico do evento. O projeto faz parte de 12 trabalhos reconhecidos pela premiação oferecida pela Prefeitura de Dubai e pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat).

A iniciativa é pioneira no âmbito do Programa Produtor de Água, que foi criado pela ANA em 2001 com o objetivo de revitalizar bacias hidrográficas do País. De acordo com a metodologia do Produtor de Água, o resultado das ações implantadas em uma bacia pode ser verificado pela melhoria da qualidade e aumento da vazão e permanência de água ao longo do ano nos cursos d’água.

Produtor de Água

O Produtor de Água tem por finalidade promover a recuperação ambiental da bacia, utilizando o pagamento por serviços ambientais como estratégia para incentivar a adoção das práticas de conservação de água e solo, como: cercamento de nascentes, plantio de matas ciliares, adequação de estradas rurais, construção de barraginhas e demais iniciativas que facilitem a infiltração de água a fim de evitar a erosão e o assoreamento de rios.

Outros prêmios


  •  Em maio, o Conservador das Águas foi vencedor do prêmio Greenvana Greenbest na categoria “Iniciativas Governamentais”, escolhido pela Academia Greenbest.
  •  Recentemente a iniciativa recebeu os prêmios Caixa Melhores Práticas em Gestão Local 2011/2012, Furnas Ouro Azul e Bom Exemplo 2011, da Fundação Dom Cabral.

Via Portal Brasil

Pesquisa da Fundação Getulio Vargas, analisa Contabilidade das Contas Públicas Nacionais.




No ano passado, a chamada “contabilidade criativa” — manobras realizadas pelo governo para o cumprimento do superávit fiscal — não foi suficiente para atingir a meta estipulada no ano anterior: dos R$ 139,8 bilhões previstos em 2012, foram atingidos apenas R$ 105 bilhões.  Estudo realizado pelos economistas Gabriel Leal de Barros, pesquisador da Economia Aplicada do IBRE e José Roberto Afonso, especialista em finanças públicas, demonstra que por trás da sofisticada e complexa engenharia fiscal feita pelo governo está, apenas, o financiamento de gastos via endividamento público.

Os autores alertam que, no curto prazo,  o efeito dessas transações intituladas como ‘atípicas’ (já que não constituem operações próprias e regulares da gestão fiscal) irão impactar muito mais na perda de transparência de credibilidade das estatísticas fiscais, algo que, de acordo com Barros, é extremamente perigoso para a saúde da economia de um país. “Isso é algo que nossa vizinha, a Argentina, conhece bem e que deveria nos servir como reflexão do que jamais fazer com as contas públicas (hoje, os indicadores econômicos argentinos são questionados pelo mercado quanto a sua veracidade)”,  alerta Barros.

O pesquisador do IBRE ainda acrescenta que a falta de prudência no uso dessas estatísticas provoca dúvidas sobre a credibilidade dos dados, o que afeta a confiança dos agentes econômicos na condução da política econômica – principal alavanca de funcionamento da economia moderna. O que falta, na opinião dos especialistas, é uma reforma fiscal urgente. “É preciso realizar mudanças no processo orçamentário, patrimonial e financeiro brasileiro, regido pela Lei 4.320/64”, ressalta.

Verdadeiro impasse  “Simplificadamente, o governo tem-se utilizado das diferentes métricas de apuração dos resultados fiscais para produzir receita primária e aumentar o superávit por meio de maior endividamento público e operações de caráter financeiro”, explica Barros. São operações — entre elas, transferência de títulos e vendas de ações — que envolvem, principalmente, a Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e o Tesouro Nacional — que resultaram em um incremento de R$ 20 bilhões na receita da União, segundo a pesquisa.

Fonte: FGV

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Parabéns, guerreira Marina Silva, por seu aniversário celebrado nesta data!


                                                               Marina Silva
Por  Dinalva Heloiza

Hoje, especialmente quero parabenizar uma das mulheres mais notáveis em todo o Brasil e em cenário global, Marina Silva, que celebra seu aniversário nesta data.

Marina Silva, é ambientalista, historiadora, pedagoga e política brasileira.

Em cenário político, Marina Silva, foi a vereadora mais votada por Rio Branco; deputada estadual  em 1990;  e senadora pelo estado do Acre durante 16 anos. Foi ministra do Meio Ambiente de 2003 até 13 de maio de 2008. Atualmente, ela está sem partido, e com propostas inovadoras por uma nova política em cenário nacional.

Em 2010, foi candidata à Presidência da República, pelo Partido Verde (PV), obtendo a terceira colocação entre nove candidatos, alcançando 19,33% da porcentagem total -  expressivos 19.636.359 votos válidos em todo o território nacional.

Trajetória política

Marina Silva, foi professora na rede de ensino secundário, e companheira de luta de Chico Mendes.
Enquanto vereadora eleita e mais votada da capital Rio Branco, em 1988,  Marina  combateu diversos privilégios dos vereadores e devolveu para os cofres da câmara os benefícios financeiros a que eles, inclusive ela própria, tinham direito. Com essas ações, muitos adversários políticos foram criados, contudo a sua popularidade cresceu.
Exerceu seu mandato de vereadora até 1990, quando candidatou-se a deputada estadual e obteve novamente a maior votação, sendo expressivamente eleita. 
Em 1994, foi eleita senadora da República, pelo estado do Acre, com a maior votação, sendo a pessoa mais jovem a ocupar o cargo de senador no Brasil
Em 2002 foi reeleita, com projeção de cumprimento de mandato até 31 de janeiro de 2011. Sendo que de 2003 a 13 de maio de 2008, ela ocupou como Ministra, o Ministério do Meio Ambiente.
Entre as mais de 100 proposições apresentadas pela senadora, desde o primeiro mandato, destacam-se 54 projetos de lei, dentre eles, o texto propondo a criação do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal- FPE - para as unidades da Federação que abrigarem em seus territórios unidades de conservação da natureza e terras indígenas demarcadas.
Marina foi a primeira voz a defender, na Casa, a importância de o governo federal assumir uma postura em relação a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Em 2009, o governo anunciou, finalmente, a adoção dessas metas. Não sendo ainda suficientemente, a senadora também cobrou do governo e do congresso nacional a inclusão de uma meta brasileira, com os percentuais para a redução das emissões de gases do efeito estufa até 2020, no Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que seria aprovado e sancionado pelo presidente da república antes da realização da Conferência de Clima (COP15), realizada em dezembro de 2009 em Copenhague.
Enquanto Ministra do Meio Ambiente, período (2003/2008) Marina, enfrentou conflitos constantes com outros ministros do governo, que focados em interesses econômicos se contrapunham aos objetivos de preservação ambiental.
Em 2007, Marina defendeu a ideia de que o Brasil havia de aprender a impor seus limites, buscando o desenvolvimento sustentável, sem acabar com a biodiversidade e com a vida. "A discussão entre conservação do meio ambiente e desenvolvimento para mim é um falso dilema. Ainda que na prática tenha que ser superada, não é possível advogar pelo desenvolvimento sem promover a conservação ambiental. As duas questões fazem parte da mesma equação", declarou ela.
Durante sua administração no Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva, foi impedida de cumprir algumas de suas metas formais, a exemplo de sua luta histórica contra os transgênicos, contra a usina nuclear de Angra III, além da não aprovação de uma Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), de caráter ambientalista.
Entretanto, algumas medidas adotadas pelo então governo federal, nos últimos anos foram de sua autoria ou contou com sua participação e articulação política.
Marina Silva também denunciou pressões de alguns governadores, para rever as medidas de combate ao desmatamento na Amazônia.
Em 13 de maio de 2008, cinco dias após o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), cuja administração foi atribuída a Roberto Mangabeira Unger, Marina Silva entregou sua carta de demissão ao então presidente, em razão da falta de sustentação à política ambiental, e voltou ao exercício do seu mandato no Senado Federal.
Em agosto de 2009, Marina Silva, anunciou sua desfiliação do PT, afirmando que não se tratava mais de fazer embate dentro de um partido, mas sim, o embate em favor do desenvolvimento sustentável”.
 Certo é que desde 1997, Marina já propunha essa forma de desenvolvimento.

Candidatura à Presidência

Em 2007, um movimento apartidário de cidadãos, denominado "Movimento Marina Silva Presidente", iniciou a defesa pública de sua candidatura à presidência da República.
A repercussão internacional deste movimento fez com que o Partido Verde Europeu influenciasse o Partido Verde do Brasil a convidá-la para afiliar-se em seus quadros.  Assim, desde agosto de 2009, Marina foi cogitada a ser candidata à presidência da República pelo Partido Verde (PV).
Ao final do primeiro turno das eleições presidenciais de 2010, em 3 de outubro, Marina Silva obteve 19.636.359 votos, o que correspondeu a 19,33 % dos votos válidos, ocupando assim, o terceiro lugar na disputa.
Marina se tornou a candidata mais votada da história na legenda, tornando-se destaque internacional em aliados do PV pelo mundo, principalmente na América do Sul e Europa.
Marina foi lembrada pela Federação dos Partidos Verdes das Américas (FPVA) pela força que conquistou, segundo o co-presidente da FPVA, o mexicano Leonardo Álvarez, ela se tornou um ícone da legenda, tornando-se uma referência juntamente com Antanas Mockus, da Colômbia, que transformou o PV na segunda força eleitoral daquele país.

É de Marina Silva, o estudo que aponta a necessidade em se ampliar os pilares do desenvolvimento sustentável.

Em 31 de outubro de 2011, durante uma palestra no EXAME Fórum, em São Paulo, diante de uma plateia de empresários e especialistas, Marina afirma que o conceito amplo de sustentabilidade envolve sete dimensões – e não apenas as quatro descritas pela ONU. Além da sustentabilidade econômica, social, ambiental e cultural, Marina incluiu a ética, a política e a estética.
E descreve os mesmos:

Sustentabilidade econômica - "Transformar as vantagens comparativas em vantagens competitivas. Precisamos ser capazes de transformar os recursos naturais e os bens e serviços que produzimos em melhoria da qualidade de vida das pessoas, em saúde, educação, entretenimento, vida digna e plena para as pessoas. Enfim, um mundo melhor de viver."

Sustentabilidade social - "Equilibrar os princípios de equidade, buscando fazer com que a vida de todas as pessoas possa ser digna de ser vivida."

Sustentabilidade ambiental - "Utilizar os recursos de tal forma que as necessidades de vida digna e plena possam ser satisfeitas sem comprometer a vida digna e plena daqueles que ainda não nasceram."

Sustentabilidade cultural - "Se nós não formos capazes de ter um modelo de desenvolvimento que preserve a diversidade, temos um problema. Não há inovação na mesmice, só há inovação na diversidade. Sem ela, entramos em erosão cultural."

Sustentabilidade ética - "Nós somos seres que nos importamos uns com os outros, com os que estão aqui e com os que virão no futuro. Isso se chama laço social ou aliança intergeracional. Isso não se resolve na técnica, isso se resolve na ética. Se eu não me importo com os que ainda vão nascer, eu vou destruir os recursos de milhares e milhares de anos pelo lucro de apenas algumas décadas. Isso é um fim da espécie humana."

Sustentabilidade política - "Tem a ver com o que estamos fazendo aqui. As pessoas estão reunidas, debatendo, tentando criar uma maioria, um espaço de convergência para que todos nós possamos nos movimentar numa outra direção. Se os recursos naturais são finitos, nós temos que trabalhar no sentido de que cada vez se produza mais com um menor volume de recursos naturais. Não tem um salvador da pátria.
Não será a Marina, não será a Dilma, não será o Obama. Seremos nós, que temos que assumir isso como um valor. Nós geralmente queremos terceirizar os problemas. A gente gosta de se enganar. A gente quer que alguém prometa que vai resolver o problema da corrupção.
Lamento, mas a corrupção não é um problema da Dilma, do Serra, do Lula, do Fernando Henrique, do Itamar, nem do Collor. A corrupção é um problema nosso. Isso é a sustentabilidade política. Enquanto a corrupção for um problema da Dilma, teremos corrupção. Quando virar um problema nosso, pode ter certeza de que haverá uma qualidade para as instituições brasileiras."

Sustentabilidade estética - "Algumas coisas têm valor simbólico e não puramente econômico. O Pão de Açúcar (no Rio de Janeiro) pode não ter nenhuma liquidez, mas nenhum de nós vai deixar destruir o Pão de Açúcar para virar brita. Isso é sustentabilidade estética."  

Prêmios
 Em 1996, Marina Silva recebeu o Prêmio Goldman do Meio Ambiente pela América Latina e Caribe, nos Estados Unidos.
Onze anos depois, em 2007, por meio da Medida Provisória 366, ocupando o cargo de Ministra do Meio Ambiente, Marina desmembrou o Ibama e repassou a gestão das unidades de conservação da natureza federais para o Instituto Chico Mendes.
Em 2008 recebeu o Eco & Peace Global Award, entregue durante a ECO 2008 - Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Cultura da Paz, realizada em Brasília.
Em 1 de abril de 2009, recebeu o prêmio norueguês Sofia, de 100 mil dólares, por sua luta em defesa da floresta amazônica. O motivo maior da homenagem recebida por Marina Silva, segundo a Fundação Sofia, foi a redução do desmatamento alcançado para o segundo nível mais baixo em vinte anos.
Em 10 de outubro de 2009, recebeu o prêmio Mudanças Climáticas, oferecido pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco.
Foi considerada pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Também em 2009, foi considerada um dos 100 maiores protagonistas do ano pelo jornal espanhol El País.
Em março de 2011, o perfil no twitter de Marina, ganhou o prêmio Shorty Awards, considerado pelo jornal estadunidense “The New York Times” como o "Oscar dos twitters".  
 Fontes: exame/wiki

Parabéns, guerreira Marina Silva. Desejo que não somente este dia, mas que todos os seus dias sejam de alegria e que se realize a plena composição do desenvolvimento sustentável, como objetivo principal ao Brasil, e que principalmente seja conduzido às vossas mãos o direito em implantá-lo.  
E na sequencia deste novo ano que se inicia pra voce, Marina Silva, que o amor, a paz, a saúde, o desenvolvimento sustentável, e  a educação, continuem a ser uma constante em todas as suas conquistas. E de todos nós brasileiras e brasileiros.
Que brote à sociedade brasileira, a dignidade, a ética e o desejo de uma honrosa cidadania.
Parabéns, felicidades, plena saúde, e um grande abraço!

sexta-feira, janeiro 25, 2013

Artigo de Marina Silva - Publicado originalmente em Folha de São Paulo


Professora crise


Discute-se a atitude do governo brasileiro em relação ao Fórum Econômico de Davos. Alguns acham errado afastar-se do "clube dos ricos", onde se reúnem países e instituições com grande poder, num momento em que a crise na Europa afeta o mundo inteiro. Outros dizem que seria perda de tempo marcar presença num fórum já tão esvaziado.

Do outro lado da cena mundial, o Fórum Social Temático em Porto Alegre também sofreu baixas, ignorado pelo MST, sem a presença da CUT e da Abong, pressionado por disputas partidárias que envolvem instituições de todos os níveis, governamentais ou não. A oposição social ao mundo capitalista também vive a sua crise.

Dizer que a crise é global, de toda a civilização, já é comum. Mas ainda persiste, em muita gente, a ilusão de estar blindado, de que só os outros são afetados. O passo seguinte é aproveitar a crise "alheia" para fortalecer sua posição e obter vantagem na disputa do poder. Quem não age assim é considerado bobo, que perde as oportunidades e deixa "passar o cavalo selado".

Essa atitude atrasa o Brasil em seu desenvolvimento e na liderança que pode exercer no mundo, na transição civilizatória que já se iniciou. Propaganda e antipropaganda é o que mais fazem governos e oposições. Simulação de resultados e maquiagem de números é um constante espetáculo de antiplanejamento, do qual ninguém tem exclusividade, pois cada um comete os mesmos erros em sua esfera de poder.

Como sair disso?

As soluções não se restringem ao âmbito institucional. Toda a sociedade precisa mudar: comportamento, produção, consumo, valores. Mas os governos devem fazer ao menos um esforço.

Nesta semana, anunciou-se em São Paulo um acordo entre o prefeito Haddad e o governador Alckmin para ações conjuntas. Não tardaram análises mostrando interesses políticos por trás do acordo.

Quero expressar meu desejo sincero de um entendimento real que traga benefícios aos moradores da maior cidade brasileira. Às vezes, é preciso um "cessar-fogo" na política para destravar a ação econômica e social. Quanto mais tréguas houver, mesmo restritas e regionais, maior chance teremos de superar a polarização que o embate rebaixado na política impõe ao país.

Muitos de nós sonhamos, em 2012, que ao menos um pequeno avanço acontecesse no plano internacional, por ocasião da Rio+20. Não foi possível, o retrocesso da política interna aprofundou o da política externa.

Crises são sempre difíceis e dolorosas, mas também trazem ensinamentos que, às vezes, podem mudar os rumos e a qualidade da história. E, nesse momento, ela parece apelar a todos nós: aproveitem, aprendam. E não demorem.
MARINA SILVA escreve às sextas-feiras.
Marina Silva
Marina Silva, ex-senadora, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata ao Planalto em 2010. Escreve às sextas na versão impressa da Página A2.
    Originalmente de Folha de São Paulo

quinta-feira, janeiro 10, 2013

FAO anuncia queda de 7% nos preços dos alimentos em 2012


Os preços dos alimentos caíram em média 7% no mundo em 2012, segundo o índice apresentado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) nesta quinta-feira em Roma.
"O índice teve em 2012 uma média de 212 pontos, ou seja, 7,0 % a menos do que em 2011", afirma a organização, que em dezembro indicou que os preços dos alimentos haviam caído pelo terceiro mês consecutivo.
Segundo a FAO, a queda em dezembro, com um índice de 209 pontos, foi impulsionada pelas quedas nos preços internacionais dos principais cereais, óleos e gorduras.
"O menor índice foi registrado em junho de 2012, com 200 pontos", segundo a FAO.
As maiores quedas foram registradas no açúcar (17,1 %), nos produtos lácteos (14,5 %) e nos óleos (10,7 %). As quedas foram mais modestas entre os cereais (2,4 %) e a carne (1,1 %), ressalta a agência da ONU, com sede em Roma.
"O resultado marca uma reversão da situação em comparação a julho, quando os aumentos dos preços provocaram temores de uma nova crise alimentar", admitiu Jomo Sundaram, diretor-geral adjunto da FAO e chefe do Departamento de Desenvolvimento Econômico e Social.
"A coordenação internacional, particularmente através do Sistema de Informação sobre Mercados Agrícolas (AMIS, por sua sigla em inglês), e a diminuição da demanda em uma economia estagnada, ajudaram a fazer com que o aumento dos preços fosse de curta duração e acalmasse os mercados, de modo que os preços em 2012 terminaram abaixo dos níveis do ano anterior", explica.
Depois de subir entre julho e setembro de 2012, "devido às incertezas em torno da escassez da produção e o abastecimento", os preços de exportação dos cereais caíram devido a uma menor demanda por grãos para ração e uso industrial, ressalta a FAO.
O organismo estima que em dezembro os preços do milho caíram fortemente graças aos estoques abundantes para exportação na América do Sul, que aliviaram a pressão dos mercados.
O preço do arroz também caiu em dezembro, com a expectativa de boas colheitas, mas os valores do trigo variou pouco, já que o comércio permaneceu retraído.
Óleos e gorduras continuaram em baixa, de acordo com a agência, que registrou o quarto mês consecutivo de declínio e o menor nível desde setembro de 2010.
"O principal motivo foi a acumulação contínua de grandes estoques de óleo de palma em todo o mundo", diz.
Os preços da carne também baixaram, mas pouco, e os preços de todas as categorias permaneceram perto de seus níveis de novembro, com exceção da carne de porco, que caiu 2,0 % (três pontos).
Os preços dos laticínios ficaram estabilizados após um aumento em meados do ano.
"O mercado de lácteos continua bem equilibrado, mas é cada vez mais suscetível a mudanças nas provisões relacionadas com as condições de pasto e a disponibilidade e acessibilidade de alimentos", ressalta.
O índice da FAO dos preços do açúcar tiveram uma média de 274 pontos em dezembro, um pouco abaixo do registro de novembro e o menor valor desde agosto de 2010, e 17,1 % a menos em relação ao ano anterior.
"As expectativas de um terceiro aumento consecutivo na produção mundial para a exportação e a abundância de estoques na temporada de comercialização 2012/13, em especial no Brasil, mantiveram os preços internacionais em baixa durante grande parte do segundo semestre de 2012", segundo a FAO.
Publicado originalmente na AFP

sexta-feira, janeiro 04, 2013

OIM - Organização Internacional para as Migrações, aponta que o Brasil é fonte e destino de tráfico humano!


Dinalva Heloiza

Em nota à imprensa, o Centro de Informação da Organização das Nações Unidas, UNIC Rio, informou hoje os últimos dados sobre o Relatório da Organização Internacional para as Migrações(OIM), onde o Brasil é apontado, como um dos grandes centros de fontes e destino do tráfico de pessoas. 



Leia os principais dados do Relatório:
Fontes
Brasil, Bulgária, China, Índia e Nigéria, são países apontados como fornecedores de vítimas de tráfico humano. Estes dados são do relatório da Organização Internacional para as Migrações(OIM), parceira da Organização das Nações Unidas que analisou tendências de tráfico de pessoas através de informações colhidas em mais de 150 pontos de operação.

Destino
Os principais países apontado receptores, são: Federação Russa, o Haiti, o Iêmen, a Tailândia e o Cazaquistão. Em menor escala, em relação à Argentina, o Brasil é também tido como ponto de destino de pessoas traficadas de países como a Bolívia e o Paraguai.
 Na Europa, Portugal é um dos pontos de destino ao lado da Alemanha, Itália e Espanha. Todos recebem um número significativo de pessoas traficadas do Cone Sul e particularmente dos países andinos.
Pessoas originárias de Angola e Moçambique estão na lista dos refugiados africanos, caribenhos e asiáticos que se movimentam para a Europa ou transitam pela América do Sul a caminho dos Estados Unidos e Canadá.

Exploração
Em junho, a agência deve publicar a segunda parte do estudo, para o combate ao tráfico e assistência a migrantes vulneráveis, com dados de 2011. O documento indica que metade dos casos de tráfico humano registrados durante o período, envolveu vítimas de exploração de trabalho.

O estudo relata que 27% dos casos de tráfico acompanhados em 2011 são de exploração sexual. O tráfico de trabalho é uma “característica de setores econômicos, particularmente, os que exigem trabalho manual, como a agricultura, construção, trabalho doméstico, pesca e mineração.”

Solicitações
De acordo com a OIM, mais de 3 mil vítimas de exploração do trabalho foram assistidas durante o período, o que representou 53% das solicitações das vítimas de tráfico humano. A agência indica que desde 2010, o tráfico de trabalho já tinha ultrapassado a exploração sexual como o principal tipo de tráfico atendido pela OIM.

Pedidos
Na maioria dos casos, a exploração é disfarçada como trabalho legal e contratual e ocorre em condições degradantes ao contrário das promessas feitas aos trabalhadores. O relatório destaca o aumento de pedidos de assistência de homens vítimas de tráfico de 1,65 mil casos em 2008 para pouco mais de 2 mil em 2011.

Combinação
As vítimas de tráfico do sexo feminino estiveram no mesmo nível dos homens, apesar delas representarem a maioria a receber assistência. As mulheres representam 62% dos casos atendidos pela OIM, incluindo casos de exploração sexual, exploração do trabalho e a combinação das duas formas. Durante 2011, a OIM registrou, entretanto, uma redução de 7% dos casos assistidos, em comparação a 2010. A OIM atribui a queda a fatores externos, e não a uma “queda real” em casos de tráfico de pessoas.

Fonte: UNIC Rio

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