As 7 Maravilhas da Natureza eleitas pela New7Wonders

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A América do Sul ganhou com a Floresta Amazônica e a Foz do Iguaçú

terça-feira, novembro 22, 2011

ONU

UNESCO lamenta morte de mediadora do AfroReggae em Vigário Geral

O Representante Interino da UNESCO no Brasil, Lucien Muñoz, expressou em nota sua profunda consternação com a morte da funcionária do AfroReggae, Tânia Cristina Moreira, de 44 anos, que foi assassinada após ter sido sequestrada, no dia 10/11, em Vigário Geral, no Rio de Janeiro. Mãe de dois filhos, Tânia foi retirada de dentro de sua casa por dois homens armados.

“A UNESCO se solidariza com a família, com o Grupo Cultural AfroReggae e os colegas de Tânia Moreira, que trabalhava como mediadora para reduzir conflitos armados entre as facções e promover a paz em Vigário Geral. Esperamos que o crime seja esclarecido o mais breve possível e reiteramos o apoio da Organização ao importante trabalho desenvolvido pelo nosso parceiro AfroReggae no Brasil e no mundo em prol de uma cultura de paz”, afirmou Lucien Munoz.


Fonte: ONUBrasil

ONU

Brasileira é premiada na Suécia por trabalho com refugiados e migrantes.


Dinalva Heloiza

Brasileira Aline Cordeiro, em seu trabalho com refugiados

Após mudar-se para a Suécia, há sete anos, a brasileira Aline Cordeiro Andersson percebeu que migrantes e refugiados tinham muitos pontos em comum, entre eles o fato se serem recém-chegados a um novo país com idioma diferente e a necessidade de adaptação a uma cultura distinta.

Sensibilizada com o tema, passou a estudar questões migratórias, e, em caráter voluntário, realizou uma série de entrevistas com migrantes e refugiados vivendo na região da cidade Örnsköldsvik, no norte do país. Com base nestes estudos e na sua pesquisa, constatou que os migrantes e refugiados podem ser mais bem integrados e vistos como um recurso – e não um problema – para a comunidade que os recebe.

Da teoria para a prática, Aline se uniu à associação IKF (‘Internationella Kvinnoförening’ – ou Associação Internacional de Mulheres), também em caráter voluntário. Ela participa em diferentes atividades com migrantes e refugiados, especialmente mulheres, visando facilitar a integração destas pessoas no país. Seu trabalhou chamou a atenção das autoridades locais, e Aline acabou recebendo o prêmio anual de cultura oferecido pela prefeitura de Örnsköldsvik.
Casada e mãe de dois filhos, esta brasileira do Rio de Janeiro faz atualmente um curso de pós-graduação em Sociologia do Direito e pretende se especializar no tema migrações. A seguir, em entrevista ao ACNUR, ela conta um pouco da sua história.

Por que você se envolveu com questões relacionadas à migração e ao refúgio?

Quando me mudei para a Suécia, percebi que muitas coisas que passamos como migrantes se assemelham ao que os refugiados passam: a distância do país de origem, a necessidade de recomeçar a vida do zero, aprender uma língua e uma cultura completamente diferentes da sua, a luta para se restabelecer. E, muitas vezes, a discriminação. Por isso, comecei a estudar sobre migrações, encontros culturais, xenofobia e mudança de identidade.

Você já desenvolvia trabalhos humanitários no Brasil?

Tudo começou em casa. Fui criada por minha avó, e sempre a via recebendo pessoas que não tinham condições financeiras. Ela abriu seus braços para seis filhos de outras pessoas, mesmo sendo pobre e sozinha.

Como e quando começou seu trabalho com a causa dos refugiados e migrantes?

Na cidade de Örnsköldsvik, me movimentei em defesa desta causa, movida pela vontade ajudar essas pessoas. Passei então a entrevistar os refugiados e distribuir enquetes, querendo saber como eles se sentem e se a integração na sociedade está funcionando. Comecei a me preocupar com o isolamento social das crianças estrangeiras, migrantes e refugiadas, pois são as que mais sofrem com essa separação entre estrangeiros e nacionais. Há sempre certa intolerância com migrantes e refugiados, e essa é uma barreira muito grande para eles.

Fale sobre seu trabalho atual.

Sou secretária da associação IKF (‘Internationella Kvinnoförening’ – ou Associação Internacional de Mulheres), que presta assistência e atividades para integração de refugiados recém-chegados à Suécia. São pessoas sem referências ou contatos, e a associação é um ponto de encontro que pode ajudá-los na integração por meio do aprendizado da língua e de atividades como costura e culinária. Ser um refugiado não é fácil, pois além de sair de um ambiente de lutas e perseguições, é preciso se adaptar a uma nova situação. Defendemos investimentos públicos em um centro cultural étnico para que a população conheça sobre outras culturas para reduzir a fobia a estrangeiros. Temos reuniões com políticos da cidade para discutir novas ideias. Também escrevo para jornais e revistas.

É um trabalho de equipe?

Trabalho com amigas da Suécia, e formamos uma espécie de “conselho” da associação. Toda semana nos juntamos para receber refugiados e fazer atividades, círculos de estudo e passeios. Muitas vezes, levo meus filhos comigo para que possa aprender a se comunicar com pessoas de todo o mundo. O interesse por outras culturas por parte dos nacionais favorece a integração de refugiados. Muitas pessoas dizem que não deveria engajar nesta causa, pois não sou uma refugiada. Mas não dou ouvidos. Minhas amigas suecas que participam deste trabalho voluntário também deveriam ser premiadas.

Como foi receber um prêmio pelo seu trabalho?

Fiquei muito feliz ao receber o prêmio da Cultura oferecido pela prefeitura de Örnsköldsvik no ano passado. Esse prêmio foi resultado de um trabalho que fiz durante um ano, pesquisando sobre os refugiados, sua situação psicológica e social, escrevendo para a prefeitura e para os políticos, lutando contra a discriminação. Sinto-me muito honrada, especialmente pelo fato de ter nascido em outro país, assim como os refugiados com quem trabalho.

(Por Mariana Muniz e Isabela Maia, de Brasília, para o ACNUR)

Brasil

Capitais brasileiras recebem Ciclo de Debates “Direitos Humanos, Justiça e Memória”

Dinalva Heloiza

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, realiza o Ciclo de Debates “Direitos Humanos, Justiça e Memória” em quatro capitais brasileiras.

A abertura aconteceu na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), segunda-feira (21). As demais cidades que vão receber o ciclo serão São Paulo, no próximo dia 12 de dezembro; Porto Alegre, em 27 de janeiro de 2012; e Brasília, em 5 de março de 2012.

O ciclo de debates contará com a participação de destacadas personalidades do campo dos Direitos Humanos, intelectuais, políticos e jornalistas de diversos países da América Latina e da Europa. Entre os convidados estão Adolfo Pérez Esquivel (Prêmio Nobel da Paz, Argentina), Rigoberta Menchú (Prêmio Nobel da Paz, Guatemala), Estela Carlotto (Presidente das Avós da Praça de Maio, Argentina), Marilena Chaui (Brasil), Ignacio Ramonet (França), Boaventura de Sousa Santos (Portugal) e Maria do Rosário Nunes (Brasil).

O ciclo de debates faz parte da campanha “Os Povos são Sua Memória”, destinada a promover ações que contribuam com um amplo debate sobre Direitos Humanos, justiça social e memória histórica no Brasil. A iniciativa tem o apoio da Petrobrás e o patrocínio da Direção Geral Adjunta do Setor de Ciências Sociais e Humanas da UNESCO. (Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Secretaria de Direitos Humanos).

Fonte: SDH/PR e ONUBrasil

ONU

Conferência em Tóquio elogia crescimento verde na Ásia e pede ação de indústrias verdes.



A aplicação de técnicas e práticas de conservação ambiental para beneficiar negócios, criação de novos empregos, comunicação e os consumidores é tema da Conferência de Indústria Verde, que ocorreu em Tóquio. Entre os dias 16 e 18 de novembro, 500 participantes de países principalmente da Ásia e da região do Pacífico estiveram na capital japonesa para discutir economia sustentável.

Durante a abertura da conferência, os participantes e o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, enfatizaram que a Rio+20 será uma oportunidade para alcançar um novo comprometimento com os conceitos de Economia e Indústria Verdes. Eles lembraram ainda a necessidade de a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e seus parceiros propor soluções no setor e definir atividades e objetivos, sem deixar de integrar as partes interessadas no processo.

“Apesar dos múltiplos benefícios, a Indústria Verde não foi amplamente implementada. Estou convencido de que políticas do governo e parcerias público-privadas podem servir como um incentivador da Indústria Verde. Essas parcerias e políticas são vitais para fazer a transferência de suporte técnico, utilizar técnicas de conservação energética, ambiental e de recursos, além do desenvolvimento de pesquisa e tecnologia. A colaboração entre empresários, acadêmicos, provedores de tecnologia, instituições financeiras e sociedade civil é fundamental se quisermos ver um crescimento sustentável”, defendeu o Diretor-Geral da UNIDO, Kandeh K. Yumkella.

Entre suas atividades, a Conferência oferece a oportunidade de unir as necessidades de tecnologia ambiental em países em desenvolvimento com a oferta internacional em tecnologia e práticas ambientais. O evento é organizado pelo Governo japonês através do Ministério da Economia, Comércio e Indústria e pelo Ministério das Relações Exteriores, em parceria com a UNIDO.

Fonte: OnuBrasil

ONU

FAO: Aquacultura tem potencial para combater a pobreza e insegurança alimentar.


Dinalva Heloiza


Mais de 50% dos peixes consumidos no mundo virão da Aquicultura, o que torna este um método crucial para reduzir a pobreza e combater a insegurança alimentar, apontou em (10/11) um relatório das Nações Unidas.

“Com a estagnação da produção mundial de peixes e o aumento da população, a aquacultura tem grande potencial para aumentar a produção e a captura de mais peixes no futuro, indo de encontro com o aumento da sua própria demanda”, afirmou o documento Aquacultura Mundial em 2010.

Países em desenvolvimento como Brasil, China e México lideraram o alto crescimento dos valores das importações da pesca no mundo em 2010, aponta o relatório. O fortalecimento das moedas nacionais em relação ao dólar e o rápido crescimento econômico dessas nações impulsionaram a compra de produtos pesqueiros e o aumento dos preços destas commodities.

O relatório, elaborado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), afirma que a aquacultura tem desempenhado um papel importante na redução da pobreza em muitas partes do mundo.

No entanto, o documento ressalta que sua prática não cresceu de maneira uniforme em todo o planeta e que os governos devem aumentar seus esforços para ajudar os pequenos produtores e mais, incentivar sua prática globalmente.

Fonte: ONUBrasil

ONU

Às vésperas da Rio+20, países aceleram planos de transição para uma Economia Verde


Dinalva Heloiza



O PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, lançou em (16/11), em Pequim, o relatório final ‘Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza’.

Países de todos os cantos do mundo estão desenvolvendo estratégias de Economia Verde e atividades para estimular o crescimento econômico e a geração de empregos, a proteção ambiental e a igualdade social.

O novo relatório da ONU demonstra que governos e empresas estão tomando medidas para acelerar uma mudança global para um futuro verde de baixo carbono, com eficiência de recursos e inclusão social.
Em comunicado divulgado, no marco do lançamento do relatório ‘Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza’, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou que o estudo “desafia o mito de que economia e meio ambiente não se relacionam. Com políticas públicas inteligentes, os governos podem fazer crescer suas economias, gerar emprego decente e acelerar o progresso social de forma a manter a pegada ecológica da humanidade dentro da capacidade do planeta”.

O relatório, que é resultado de um esforço global de pesquisa de três anos envolvendo centenas de especialistas, foi submetido a uma consulta pública de três meses antes de ser divulgado em sua versão final.

O estudo confirma que um investimento de 2% do PIB global em 10 setores-chave da economia é o necessário para iniciar uma mudança da atual economia marrom, poluente e ineficiente, para uma economia verde.
Como resultado, um número crescente de países está investindo em iniciativas para acelerar essa transição. A China, por exemplo, é o país que mais investe em energia renovável. Outros países, como Barbados, Camboja, Indonésia, República da Coreia e África do Sul, já têm planos nacionais de Economia Verde que refletem as recomendações do Relatório. Além disso, países como a Armênia, Azerbaijão, Egito, Quênia, Jordânia, Malásia, México, Nepal, Senegal e Ucrânia estão se concentrando no ‘esverdeamento’ de setores prioritários, como agricultura, energias renováveis, turismo e tecnologias limpas.

No âmbito dos negócios, o PNUMA estabeleceu parcerias com 285 dos principais investidores do mundo — representando US$ 20 trilhões de ativos —, que pediram aos governos que mobilizem a ação sobre a mudança climática, incluindo investimentos em indústrias emergentes como as energias renováveis e edificações verdes. Apelos semelhantes foram realizados pela Câmara de Comércio Internacional, que representa centenas de milhares de empresas em mais de 130 países.

“A Convenção da ONU sobre Mudança do Clima em Durban, que acontece essa semana, e a Conferência Rio+20 são grandes oportunidades para acelerar e ampliar a Economia Verde. Ações de Cooperação abrangem desde a Iniciativa de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) até as compras verdes para mudar os esforços nacionais no campo da sustentabilidade. Ademais, um novo indicador de riqueza vai além do PIB e internaliza os custos da poluição e degradação ao trazer o verdadeiro valor da natureza, com base em cálculos que nos levam a um caminho de sucesso e economicamente sustentável”, disse Achim Steiner, Diretor-Executivo do PNUMA.

Mesmo sabendo que as questões de financiamento e negócios ainda serão abordadas mais profundamente, o relatório mostra que investir o equivalente a 2% do PIB mundial em agricultura, energia, construção, água, florestas, pesca, indústria, resíduos, turismo e transporte não só deslocam a economia global para uma trajetória de crescimento mais sustentável, mas também mantêm ou aumentam o crescimento ao longo do tempo em comparação com o cenário habitual de negócios.

O relatório traz recomendações de políticas em cada um dos 10 setores-chave, bem como sobre o financiamento e as condições de habilitação.

Geração de Empregos – O Relatório Economia Verde sugere que “empregos novos e emprego decente” serão catalisados ao longo do tempo nesses setores-chave. No Brasil, a OIT recentemente ajudou a apoiar a construção de 500 mil novas casas com sistemas de aquecimento solar, resultando em 30 mil novos empregos.

Fonte: ONUBrasil e PNUD

quinta-feira, novembro 10, 2011

Marina Silva

Marina Silva participa de reunião do Conselho Internacional da Harris School em Santiago, Chile.

Nesta quinta-feira (10), Marina Silva participou em Santiago, Chile, do 14º Encontro do Conselho Internacional do Reitor da Harris School, renomada escola de estudos em políticas públicas da Univer­sidade de Chicago (http://harrisschool.uchicago.edu/).

O conselho reúne um extenso e experiente grupo de profissionais provenientes de vários países, de diferentes áreas e com atuação nos setores público e privado.

Entre os temas deste encontro, que acontece a cada dois anos, estão questões de meio ambiente, comércio internacional, políticas urbanas e energéticas.

Marina foi convidada a falar sobre os desafios do desenvolvimento sustentável. O encontro aconteceu no Hotel Grand Hyatt Santiago.

Mais informações: http://harrisschool.uchicago.edu/boards/dic/meetings/2011-10/

Fonte: www.minhamarina.org.br

Desenvolvimento Sustentável.

Em clima de truculência comissões aprovam desmonte do Código Florestal

Confira abaixo nota do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável sobre a aprovação, nesta terça-feira (7), do texto-base do novo Código Florestal na CRA e CCT do Senado.


Numa tumultuada sessão, as comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Ciência e Tecnologia (CCT) aprovaram o texto base do senador Luiz Henrique (PMDB/SC) para o novo Código Florestal.

Na avaliação dos integrantes do Comitê Brasil em Defesa das Florestas o projeto aprovado, mesmo com as eventuais modificações que poderão ocorrer, não resolve os principais problemas do texto aprovado na Câmara dos Deputados.

Continua a abertura para anistiar todos os desmatamentos ilegais feitos até três anos atrás, a falta de regras diferenciadas para os pequenos agricultores, a ausência de regras claras para evitar novos desmatamentos em beiras de rio e nascentes, pastagens em encostas, dentre vários outros que haviam sido elencados pelo comitê. E, dependendo das emendas que serão aprovadas, pode piorar ainda mais.

A truculência da polícia do senado, que violentamente acabou com a manifestação pacífica de estudantes contrários à aprovação do projeto, foi outra marca do triste episódio desta tarde. Os membros do comitê manifestam seu repúdio à violência praticada contra os manifestantes e exigem apuração e punição dos responsáveis.

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável conclama a sociedade brasileira a, mantido o texto atual, iniciar uma ampla campanha pelo veto da Presidenta da República, Dilma Rousseff para evitar um dos maiores retrocessos na legislação ambiental brasileira em toda sua história.

Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável

quarta-feira, novembro 09, 2011

Desenvolvimento Sustentável.

Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável. Código Florestal



Só uma emenda foi votada na manhã de hoje, no Senado Federal; todas as outras tiveram análise do mérito postergada para a Comissão do Meio Ambiente.

Dinalva Heloiza

09/11/2011

Com a maioria dos destaques retirados, terminou às 12h15 a sessão conjunta para votação das alterações do Código Florestal nas comissões de Reforma Agrária e Agricultura e Ciência e Tecnologia. Das 20 emendas analisadas, apenas uma foi aprovada pelos senadores - de autoria da senadora Ana Amelia, do PP-RS, sobre regularização ambiental.

O restante das emendas deve ter seu mérito analisado na Comissão do Meio Ambiente do Senado, cujo relator é o senador Jorge Viana, do PT-AC.

Emendas dos senadores Rodrigo Rollemberg, do PSB-DF, e Antônio Carlos Valladares, do PSB-SE, sobre proteção de Área de Preservação Permanente em margem de rio e sobre regularização ambiental, chegaram a ser consideradas incorporadas ao texto. Depois, com a votação contrária de diversos senadores, foram retiradas da pauta, contrariando o próprio parecer favorável do relator Luiz Henrique, do PMDB-RS.

Violência, não. Na abertura da sessão, o senador Eduardo Braga, presidente da CCT, lamentou a violência de ontem, quando seguranças do Senado atacaram um dos manifestantes com uma arma de choque - o próprio Senado divulgou mais tarde nota repudiando o ato e afirmando que irá afastar o policial.

O senador Reditário Cassol, do PP-RO, foi na contramão dos colegas. Achou uma "paiaçada" o que os estudantes fizeram. "Esse estudante nem nunca sequer usou uma enxada, nunca plantou muda de árvore", afirmou.

Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável.

terça-feira, novembro 08, 2011

Desenvolvimento Sustentável.

Queremos um Código Florestal justo, moderno e eficiente para:


Dinalva Heloiza

a) incentivar e apoiar a recuperação das áreas desmatadas, ao invés de reduzir sua proteção;

b) reconhecer e premiar quem cumpre a lei;

c) dar condições de adequação para quem quer cumprir a lei;

d) punir quem sempre lucrou com o crime ambiental;

c) dar tratamento diferenciado para os agricultores familiares e populações tradicionais em relação aos grandes produtores;

d) criar condições para acabar com o desmatamento no país.

Contexto atual do Código:

Após dois anos de debates, a Câmara dos Deputados aprovou, no final de maio, um projeto que modifica profundamente o Código Florestal, enfraquecendo a proteção às florestas.

O texto aprovado está muito distante do que a sociedade brasileira espera de uma lei florestal para o século XXI e ignora completamente as recomendações feitas pelos cientistas da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC e da Academia Brasileira de Ciência – ABC.

Se aprovado pelo Senado da forma como está, resultará em grande retrocesso à legislação ambiental brasileira ao diminuir a proteção às florestas, enfraquecer o combate ao desmatamento, descaracterizar a função socioambiental da propriedade e incentivar a cultura da impunidade anistiando multas e crimes ambientais.

Veja o que aconteceu hoje, no Senado Federal

Em Clima de truculência Comissão aprova desmonte do Código Florestal

Numa tumultuada sessão, as comissões de agricultura e de ciência e tecnologia aprovaram o texto base do senador Luiz Henrique para o novo Código Florestal.

Na avaliação dos integrantes do Comitê Brasil em Defesa das Florestas o projeto aprovado, mesmo com as eventuais modificações que poderão ocorrer, não resolve os principais problemas do texto aprovado na Câmara dos Deputados.

Continua a abertura para anistiar todos os desmatamentos ilegais feitos até três anos atrás, a falta de regras diferenciadas para os pequenos agricultores, a ausência de regras claras para evitar novos desmatamentos em beiras de rio e nascentes, pastagens em encostas, dentre vários outros que haviam sido elencados pelo comitê. E, dependendo das emendas que serão aprovadas, pode piorar ainda mais.

A truculência da polícia do Senado, que violentamente acabou com a manifestação pacífica de estudantes contrários à aprovação do projeto, foi outra marca do triste episódio desta tarde. Os membros do comitê manifestam seu repúdio à violência praticada contra os manifestantes e exigem apuração e punição dos responsáveis.

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável conclama a sociedade brasileira a, mantido o texto atual, iniciar uma ampla campanha pelo veto da Presidenta da República, Dilma Rousseff para evitar um dos maiores retrocessos na legislação ambiental brasileira em toda sua história.

Brasília – DF, 08 de novembro de 2011

Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável

Senadores adiam votação de destaques para Quarta-Feira.

Texto aprovado; Senadora Katia Abreu, defende rapidez no trâmite, enquanto Senadora Marinor Brito, tem requerimento de adiamento rejeitado.

08/11/2011

Durante toda a manhã, o site www.florestafazadiferenca.org.br transmitiu a votação das duas comissões do Senado - Comissão de Agricultura e Reforma Agrária e Comissão de Ciência e Tecnologia - do projeto de lei que altera o Código Florestal. Os senadores decidiram analisar os destaques propostos e emendas apenas na quarta-feira, 9, mas aprovaram o relatório de autoria do senador Luiz Henrique, do PMDB-SC.

Ao todo foram 12 votos favoráveis e um contrário na CCT e 15 favoráveis na CRA.

A senadora Marinor Brito, do PSOL-PA, reclamou da pressa da votação e fez requerimento regimental de maior prazo, com pedido de vistas, alegando que houve mudança no projeto. "Esse texto não é o mesmo do que o dia 25 de outubro", afirmou. Seu requerimento foi rejeitado pelos senadores.

A senadora Katia Abreu, do PSD-TO, falou quase ininterruptamente durante 15 minutos a favor da aprovação do código. Ela usou o argumento dos pequenos produtores rurais que podem ser prejudicados com a não aprovação do código e lembrou que, na Europa, diferentemente do Brasil, não há árvores às margens de rios como o Sena, em Paris. Kátia Abreu criticou a militância de alguns artistas, como Christiane Torloni, que é contrária à aprovação do Código Florestal - a atriz falou no programa Domingão do Faustão, da TV Globo, no último domingo, sobre o assunto.

Direto de um estúdio na Vila Madalena, em São Paulo, a cobertura do Floresta Faz a Diferença teve a presença da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, de Tasso Azevedo e de Bazileu Margarido, do Instituto Democracia e Sustentabilidade.

Os jornalistas Herodoto Barbeiro, Andrea Vialli e Carolina Stanisci atuaram como âncoras. 

Em link direto de Brasília, no Senado, Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental, entrevistou senadores e jovens universitários e militantes que protestavam por ter tido sua entrada proibida. Eles gritavam palavras de ordem como "desliga a motosserra" e usavam nariz de palhaço.

"Hoje para mim foi um dia muito triste, pois eu sabia que isso iria acontecer", resumiu Marina Silva.

Vamos continuar a vigília nessa quarta –feira.

Fonte: Comite Brasil em Desfesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável

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