Dinalva Heloiza
Há menos de um ano, Dubai foi o epicentro da discussão global sobre as mudanças climáticas durante a COP28, a conferência da ONU sobre o clima. Durante 14 dias intensos, líderes de todo o mundo se reuniram na cidade para debater medidas urgentes visando combater a crise climática. Enquanto a comunidade internacional buscava soluções e firmava acordos frágeis para mitigar os impactos das mudanças climáticas, a OPEP defendia veementemente a permanência dos combustíveis fósseis.
No entanto, menos de um ano se passou desde então, e Dubai, uma das cidades mais modernas e vibrantes do mundo, agora enfrenta uma realidade alarmante: inundações. Situada no meio do deserto, Dubai sempre foi vista como uma cidade que desafiou as adversidades climáticas, construindo arranha-céus, ilhas artificiais e uma infraestrutura imponente.
E mais recente a cidade lançou a iniciativa de provocar chuvas artificiais, utilizando drones e gerando uma condensação das nuvens facilitando a criação de chuvas, o que pode ter implicações bem amplas, em cenário local, regional e global. e observado pela inundação que a cidade está passando. As recentes inundações demonstram que nem mesmo uma das
cidades mais desenvolvidas está imune aos efeitos devastadores das mudanças
climáticas, e especialmente pelas técnicas artificias de chuva, o que tem implicações imprevisíveis.
Embora essa iniciativa esteja ocorrendo em Dubai, as mudanças climáticas não respeitam fronteiras. A manipulação do clima em uma área específica pode afetar o clima em regiões vizinhas, e mesmo no local manipulado.
Essa rápida mudança de eventos é um lembrete contundente de que a emergência climática não é uma preocupação distante ou futura - é uma realidade imediata que já está impactando comunidades em todo o mundo. O que testemunhamos em Dubai é apenas um exemplo do que está por vir se não agirmos com urgência, ética e determinação. Não adianta só provocar as chuvas, para que se pudesse controlar os níveis de chuva, é necessário controlar os níveis de emissão do dióxido de carbono.
Outro aspecto é que a manipulação do clima em uma área específica, pode afetar o clima em regiões vizinhas. O aumento das chuvas em Dubai, pode levar a secas em outras áreas, pois o ciclo natural da água é interconectado.
As inundações em Dubai são um sinal de alerta para líderes globais e para todos nós. Elas destacam a necessidade premente de ações concretas e decisivas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, investir em energias renováveis e promover práticas sustentáveis em todos os setores da sociedade. Além disso, enfatizam a importância de reconhecer e enfrentar a desigualdade climática, pois são as comunidades mais vulneráveis que mais sofrem com os impactos das mudanças climáticas.
A tecnologia de carregar nuvens com drones, pode ter consequências imprevistas como as que estamos assistindo, para o ecossistema local. Mudanças na quantidade e distribuição da chuva pode afetar habitats, plantas e animais. A introdução de descargas elétricas nas nuvens pode perturbar os padrões naturais de precipitação e ainda afetar a biodiversidade.
A manipulação do clima pode impactar alterações ainda mais severas em uma escala global, é hora desta ciência local, se retratar, e parar com experimentos que podem afetar ainda mais a humanidade num todo.
O tempo para uma ação coordenada é
agora. Não podemos mais adiar medidas significativas em combate a crise
climática. O que está acontecendo em Dubai, vale especialmente aos negacionistas
do clima, e aos ditos especialistas climáticos que utilizam a ciência para provocar sabe-se-lá o que mais?.
E deve não somente servir como um
chamado à ação para todos nós, mas reativar através de um esforço global
coordenado e determinado a proteção do nosso planeta, nossa casa em comum, e a
garantia de um futuro sustentável para as gerações atuais e futuras.
Esse é o legado que devemos
exercer e deixar vivo às próximas gerações!
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