O RDH Regional não terá ranking e focará nas políticas públicas de segunda geração.
do *PNUD
Em novo modelo do Relatório, cada país terá a chance de analisar seus problemas
e melhorar as políticas públicas de acordo com as dificuldades nacionais. Foto World Bank
Com a ideia de que país desenvolvido é aquele que amplia a liberdade de escolha das pessoas quanto ao rumo de suas vidas, o primeiro RDH lançou, em 1990, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Houve, então, uma mudança de pensamento de que país desenvolvido era país rico para uma ideia central de que desenvolvimento humano é liberdade de escolha”, explica a coordenadora do RDH nacional do PNUD, Andrea Bolzon.
do *PNUD
Em novo modelo do Relatório, cada país terá a chance de analisar seus problemas
e melhorar as políticas públicas de acordo com as dificuldades nacionais. Foto World Bank
Com a ideia de que país desenvolvido é aquele que amplia a liberdade de escolha das pessoas quanto ao rumo de suas vidas, o primeiro RDH lançou, em 1990, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Houve, então, uma mudança de pensamento de que país desenvolvido era país rico para uma ideia central de que desenvolvimento humano é liberdade de escolha”, explica a coordenadora do RDH nacional do PNUD, Andrea Bolzon.
Após 25 anos dessa mudança, e dando sequência a ela, percebeu-se que “o IDH passou a ser um índice agregado não mais sensível a mudanças em múltiplas dimensões”, o que demanda a construção de uma abordagem complementar, afirma o economista sênior do escritório do PNUD para América Latina e Caribe, George Gray.
O ECONOMISTA SÊNIOR DO ESCRITÓRIO DO PNUD PARA AMÉRICA
LATINA E CARIBE EM VISITA AO BRASIL. FOTO: TIAGO ZENERO/PNUD BRASIL
Com isso em vista, a equipe do relatório de desenvolvimento humano regional da América Latina e Caribe iniciou um processo participativo de elaboração do informe. “Nos demos conta de que este é um instrumento de política pública e deve focar nas prioridades dos governos de cada região e da sociedade civil”, complementa Gray.
O ECONOMISTA SÊNIOR DO ESCRITÓRIO DO PNUD PARA AMÉRICA
LATINA E CARIBE EM VISITA AO BRASIL. FOTO: TIAGO ZENERO/PNUD BRASIL
Com isso em vista, a equipe do relatório de desenvolvimento humano regional da América Latina e Caribe iniciou um processo participativo de elaboração do informe. “Nos demos conta de que este é um instrumento de política pública e deve focar nas prioridades dos governos de cada região e da sociedade civil”, complementa Gray.
Assim, a equipe está visitando diversos países da região para conversar com os governos e instituições nacionais. Eles pretendem coletar dados e determinar fatores específicos de cada país que influenciam no desenvolvimento humano de cada nação.
O Relatório regional, que será lançado em março de 2016, não trará rankings ou dados comparáveis entre os países da América Latina e do Caribe. “Essa é a força do relatório”, pontua Gray. Dessa forma, cada país terá a chance de analisar seus problemas e melhorar as políticas públicas de acordo com as dificuldades nacionais.
Para fazer isso, eles analisam os dados em painel nos países onde isso é possível (Chile, México e Peru) e constroem painéis sintéticos para os demais países, para auxiliar no entendimento sobre os determinantes de transição da pobreza. As perguntas que se tenta responder são: quais ativos se relacionam diretamente com a saída da pobreza rumo ao grupo de vulnerabilidade à pobreza? O que determina, ao contrário, a saída do grupo de vulnerabilidade à pobreza rumo à pobreza? Com que se relaciona a saída do patamar de classe média rumo ao grupo de vulneráveis à pobreza ou mesmo de pobres?
A hipótese central desse novo relatório, portanto, é de que “os determinantes e a dinâmica de saída da pobreza são distintos dos da dinâmica de recaída à pobreza”, explica Gray.
Na situação brasileira, por exemplo, houve duas décadas de grande transformação social com programas de transferência de renda, porém, essas iniciativas chegaram a um platô já identificado nacionalmente. “Isso não é uma crítica ao passado, mas significa que mais do mesmo não vai mais funcionar”, completa Gray. Daí a necessidade de discutir quais serão as políticas de segunda geração capazes de assegurar os ganhos obtidos nos últimos anos, além de atingir o percentual da população que ainda se encontra em situação de pobreza.
Na América Latina, 220 milhões de pessoas saíram da pobreza e atualmente estão em faixa de vulnerabilidade à pobreza. O relatório visa focar nesse extrato da sociedade e iniciar um diálogo sobre políticas públicas para que cada governo esteja preparado para lidar com essa situação.
Nos próximos meses, a equipe do PNUD trabalhará com as informações coletadas para ter dados concretos, dizer o que se reflete no bem-estar de uma sociedade além dos indicadores de renda e do PIB per capita. Eles realizarão, portanto, um diálogo sobre o progresso multidimensional tendo como pano de fundo a agenda pós-2015 e sua aterrissagem por meio da operacionalização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
*PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - é a rede de desenvolvimento global da Organização das Nações Unidas.
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