O RDH faz um chamado para repensar o modelo latino-americano de
progresso para um conceito multidimensional, em concordância com a Agenda 2030
para o Desenvolvimento Sustentável e que possa transcender o uso de renda per
capita, o ritmo do crescimento econômico e o Produto Interno Bruto (PIB) como
critérios privilegiados para medir o nível de desenvolvimento. Só o crescimento
econômico não é suficiente. Nada que diminua os direitos das pessoas e das
comunidades ou que ameace a sustentabilidade ambiental pode ser considerado
progresso, destaca o relatório.
A principal ameaça ao progresso
na região é a recaída de milhões de famílias na pobreza, ainda que a
desaceleração econômica não seja a única responsável por tal retrocesso,
segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) para América Latina e
Caribe do PNUD, lançado em Junho, junto a mais de 75 legisladores da região na
sede do Parlamento Latino-americano e Caribenho (Parlatino) na Cidade do
Panamá. O relatório sustenta recomendações para que a região impeça retrocessos
e continue avançando nos aspectos social, econômico e ambiental, com políticas
públicas de nova geração, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS).