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segunda-feira, novembro 10, 2025

Belém abre as portas da Amazônia para o mundo com a COP30: um marco histórico pelo clima e pela união dos povos

Por Dinalva Heloiza


Chegou o grande dia. O Brasil escreve hoje um novo capítulo na história das Conferências do Clima da ONU com o início oficial da COP30, realizada pela primeira vez no coração pulsante da Floresta Amazônica, em Belém do Pará. Durante as próximas duas semanas, governos, lideranças empresariais, comunidades indígenas e representantes da sociedade civil se reúnem para debater ações concretas ao enfrentamento da crise climática global.

A cerimônia de abertura foi marcada por discursos que ressaltaram o espírito de cooperação e a urgência por resultados efetivos. Mukhtar Babayev, presidente da COP29, iniciou o evento transmitindo a presidência ao embaixador André Corrêa do Lago, que agora lidera oficialmente a COP30.

“Esta transição entre presidências é especial, porque concluímos o livro de regras de Paris e entramos no primeiro ciclo completo de implementação do Acordo”, afirmou Babayev, destacando a nova fase de compromisso global com o clima.


Em seu primeiro pronunciamento como presidente da COP30, André Corrêa do Lago reforçou o protagonismo do Brasil e o papel estratégico de governadores e prefeitos na agenda ambiental, defendendo o chamado federalismo climático — que propõe ações conjuntas e coordenadas entre todas as esferas de governo.

“Os entes subnacionais têm um papel essencial na implementação das decisões das COPs. A presença de governadores, parlamentares e tribunais mostra que o Brasil está unido em torno da agenda climática”, declarou Corrêa do Lago, ao lado de lideranças políticas e científicas de todo o mundo.

O Secretário Executivo da Convenção sobre Mudanças Climáticas, Simon Still, também reforçou a necessidade de acelerar o ritmo global de redução das emissões de gases de efeito estufa.

“Os compromissos nacionais não estão sendo suficientes. Precisamos agir com mais rapidez e inovação para evitar perdas econômicas e humanitárias irreversíveis”, alertou.

Brasil no centro do debate

O ponto alto da cerimônia foi o discurso do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que celebrou a realização da COP30 em território amazônico e agradeceu ao povo paraense por sua contribuição e hospitalidade.

“Aceitamos o desafio de fazer a COP no estado da Amazônia para provar que, com vontade política e disposição, nada é impossível”, afirmou Lula, sob aplausos.

O presidente relembrou ainda a Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro a ECO92, e destacou que a COP30 representa um retorno simbólico da Convenção do Clima ao seu berço.

“Hoje, a Convenção retorna à sua terra natal para recuperar o entusiasmo e o engajamento que embalaram seu nascimento”, disse.

A cerimônia teve encerramento emocionante com manifestações culturais indígenas e apresentações de Fafá de Belém e Margareth Menezes, celebrando a força da arte e da diversidade brasileira como expressão viva da Amazônia.

Um chamado à ação global

Mais do que um evento político global, a COP30 em Belém simboliza a esperança de um novo pacto climático, no qual a floresta, seus povos e suas vozes ocupam o centro do debate. O desafio é imenso, mas o Brasil — com sua biodiversidade e capacidade de liderança — reafirma ao mundo que o futuro do planeta também se decide aqui, entre os rios, as árvores e os corações da Amazônia.

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