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quinta-feira, outubro 16, 2025

COP-30 em Belém: 162 países se unem por Amazônia, Cerrado e Justiça Climática!

 Dinalva Heloiza


A cidade de Belém (PA) se prepara para receber, em novembro, do dia 10 ao dia 21, de 2025, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que contará com a presença de 162 países — superando o quórum mínimo exigido e reforçando a importância global do evento na luta contra as mudanças climáticas.

Na pré-COP, que acontece na próxima semana, 72 delegações já confirmaram presença. Este encontro preparatório será essencial para alinhar estratégias diplomáticas e consolidar consensos sobre financiamento climático, redução de emissões de gases de efeito estufa e outras políticas ambientais críticas.

O Brasil e o mundo esperam que a COP-30 marque um novo ciclo de compromissos internacionais pela proteção da Amazônia, pelo fortalecimento do Cerrado e pela promoção da justiça climática, em um contexto de aquecimento global recorde.



Luma Kamaiurá, analista de Conservação do WWF-Brasil,
destaca a relevância do Cerrado para o equilíbrio climático do país:

“Sabemos que a Amazônia será o principal tema, mas queremos aproveitar a COP-30 para ecoar o Cerrado para o mundo, como o berço das águas. Sem Cerrado não há clima, não há água, não há nada. Nosso objetivo é incluir essas pautas nos documentos oficiais e nas NDCs, garantindo a proteção das Terras Indígenas e de povos tradicionais que preservam este bioma.”

Enquanto isso, organizações ambientalistas em Brasília (DF) já articulam protestos pelo fim dos combustíveis fósseis, alertando para a necessidade de compromissos climáticos mais ambiciosos. O Observatório do Clima ressalta que a falta de financiamento internacional adequado e a ascensão do negacionismo climático tornam essencial a pressão política e diplomática para que a COP-30 avance com decisões concretas.

José Antônio Moroni, do INESC, enfatiza que a sociedade civil deve atuar para garantir que as resoluções da COP-30 realmente beneficiem populações e ecossistemas. Segundo ele, práticas como o mercado de carbono e mecanismos de compensação muitas vezes transformam o esforço climático em oportunidades de negócio, enquanto impactos reais se acumulam: secas, enchentes, deslizamentos e destruição de modos de vida.

A COP-30 surge como um momento decisivo para o futuro climático do planeta, reunindo países, sociedade civil e organizações ambientais para definir rumos concretos na proteção da Amazônia, do Cerrado e da biodiversidade brasileira, pilares essenciais da vida no Brasil e no mundo.

 

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