As 7 Maravilhas da Natureza eleitas pela New7Wonders

As 7 Maravilhas da Natureza eleitas pela New7Wonders
A América do Sul ganhou com a Floresta Amazônica e a Foz do Iguaçú

terça-feira, novembro 22, 2011

ONU

Conferência em Tóquio elogia crescimento verde na Ásia e pede ação de indústrias verdes.



A aplicação de técnicas e práticas de conservação ambiental para beneficiar negócios, criação de novos empregos, comunicação e os consumidores é tema da Conferência de Indústria Verde, que ocorreu em Tóquio. Entre os dias 16 e 18 de novembro, 500 participantes de países principalmente da Ásia e da região do Pacífico estiveram na capital japonesa para discutir economia sustentável.

Durante a abertura da conferência, os participantes e o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, enfatizaram que a Rio+20 será uma oportunidade para alcançar um novo comprometimento com os conceitos de Economia e Indústria Verdes. Eles lembraram ainda a necessidade de a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e seus parceiros propor soluções no setor e definir atividades e objetivos, sem deixar de integrar as partes interessadas no processo.

“Apesar dos múltiplos benefícios, a Indústria Verde não foi amplamente implementada. Estou convencido de que políticas do governo e parcerias público-privadas podem servir como um incentivador da Indústria Verde. Essas parcerias e políticas são vitais para fazer a transferência de suporte técnico, utilizar técnicas de conservação energética, ambiental e de recursos, além do desenvolvimento de pesquisa e tecnologia. A colaboração entre empresários, acadêmicos, provedores de tecnologia, instituições financeiras e sociedade civil é fundamental se quisermos ver um crescimento sustentável”, defendeu o Diretor-Geral da UNIDO, Kandeh K. Yumkella.

Entre suas atividades, a Conferência oferece a oportunidade de unir as necessidades de tecnologia ambiental em países em desenvolvimento com a oferta internacional em tecnologia e práticas ambientais. O evento é organizado pelo Governo japonês através do Ministério da Economia, Comércio e Indústria e pelo Ministério das Relações Exteriores, em parceria com a UNIDO.

Fonte: OnuBrasil

ONU

FAO: Aquacultura tem potencial para combater a pobreza e insegurança alimentar.


Dinalva Heloiza


Mais de 50% dos peixes consumidos no mundo virão da Aquicultura, o que torna este um método crucial para reduzir a pobreza e combater a insegurança alimentar, apontou em (10/11) um relatório das Nações Unidas.

“Com a estagnação da produção mundial de peixes e o aumento da população, a aquacultura tem grande potencial para aumentar a produção e a captura de mais peixes no futuro, indo de encontro com o aumento da sua própria demanda”, afirmou o documento Aquacultura Mundial em 2010.

Países em desenvolvimento como Brasil, China e México lideraram o alto crescimento dos valores das importações da pesca no mundo em 2010, aponta o relatório. O fortalecimento das moedas nacionais em relação ao dólar e o rápido crescimento econômico dessas nações impulsionaram a compra de produtos pesqueiros e o aumento dos preços destas commodities.

O relatório, elaborado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), afirma que a aquacultura tem desempenhado um papel importante na redução da pobreza em muitas partes do mundo.

No entanto, o documento ressalta que sua prática não cresceu de maneira uniforme em todo o planeta e que os governos devem aumentar seus esforços para ajudar os pequenos produtores e mais, incentivar sua prática globalmente.

Fonte: ONUBrasil

ONU

Às vésperas da Rio+20, países aceleram planos de transição para uma Economia Verde


Dinalva Heloiza



O PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, lançou em (16/11), em Pequim, o relatório final ‘Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza’.

Países de todos os cantos do mundo estão desenvolvendo estratégias de Economia Verde e atividades para estimular o crescimento econômico e a geração de empregos, a proteção ambiental e a igualdade social.

O novo relatório da ONU demonstra que governos e empresas estão tomando medidas para acelerar uma mudança global para um futuro verde de baixo carbono, com eficiência de recursos e inclusão social.
Em comunicado divulgado, no marco do lançamento do relatório ‘Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza’, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou que o estudo “desafia o mito de que economia e meio ambiente não se relacionam. Com políticas públicas inteligentes, os governos podem fazer crescer suas economias, gerar emprego decente e acelerar o progresso social de forma a manter a pegada ecológica da humanidade dentro da capacidade do planeta”.

O relatório, que é resultado de um esforço global de pesquisa de três anos envolvendo centenas de especialistas, foi submetido a uma consulta pública de três meses antes de ser divulgado em sua versão final.

O estudo confirma que um investimento de 2% do PIB global em 10 setores-chave da economia é o necessário para iniciar uma mudança da atual economia marrom, poluente e ineficiente, para uma economia verde.
Como resultado, um número crescente de países está investindo em iniciativas para acelerar essa transição. A China, por exemplo, é o país que mais investe em energia renovável. Outros países, como Barbados, Camboja, Indonésia, República da Coreia e África do Sul, já têm planos nacionais de Economia Verde que refletem as recomendações do Relatório. Além disso, países como a Armênia, Azerbaijão, Egito, Quênia, Jordânia, Malásia, México, Nepal, Senegal e Ucrânia estão se concentrando no ‘esverdeamento’ de setores prioritários, como agricultura, energias renováveis, turismo e tecnologias limpas.

No âmbito dos negócios, o PNUMA estabeleceu parcerias com 285 dos principais investidores do mundo — representando US$ 20 trilhões de ativos —, que pediram aos governos que mobilizem a ação sobre a mudança climática, incluindo investimentos em indústrias emergentes como as energias renováveis e edificações verdes. Apelos semelhantes foram realizados pela Câmara de Comércio Internacional, que representa centenas de milhares de empresas em mais de 130 países.

“A Convenção da ONU sobre Mudança do Clima em Durban, que acontece essa semana, e a Conferência Rio+20 são grandes oportunidades para acelerar e ampliar a Economia Verde. Ações de Cooperação abrangem desde a Iniciativa de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) até as compras verdes para mudar os esforços nacionais no campo da sustentabilidade. Ademais, um novo indicador de riqueza vai além do PIB e internaliza os custos da poluição e degradação ao trazer o verdadeiro valor da natureza, com base em cálculos que nos levam a um caminho de sucesso e economicamente sustentável”, disse Achim Steiner, Diretor-Executivo do PNUMA.

Mesmo sabendo que as questões de financiamento e negócios ainda serão abordadas mais profundamente, o relatório mostra que investir o equivalente a 2% do PIB mundial em agricultura, energia, construção, água, florestas, pesca, indústria, resíduos, turismo e transporte não só deslocam a economia global para uma trajetória de crescimento mais sustentável, mas também mantêm ou aumentam o crescimento ao longo do tempo em comparação com o cenário habitual de negócios.

O relatório traz recomendações de políticas em cada um dos 10 setores-chave, bem como sobre o financiamento e as condições de habilitação.

Geração de Empregos – O Relatório Economia Verde sugere que “empregos novos e emprego decente” serão catalisados ao longo do tempo nesses setores-chave. No Brasil, a OIT recentemente ajudou a apoiar a construção de 500 mil novas casas com sistemas de aquecimento solar, resultando em 30 mil novos empregos.

Fonte: ONUBrasil e PNUD

quinta-feira, novembro 10, 2011

Marina Silva

Marina Silva participa de reunião do Conselho Internacional da Harris School em Santiago, Chile.

Nesta quinta-feira (10), Marina Silva participou em Santiago, Chile, do 14º Encontro do Conselho Internacional do Reitor da Harris School, renomada escola de estudos em políticas públicas da Univer­sidade de Chicago (http://harrisschool.uchicago.edu/).

O conselho reúne um extenso e experiente grupo de profissionais provenientes de vários países, de diferentes áreas e com atuação nos setores público e privado.

Entre os temas deste encontro, que acontece a cada dois anos, estão questões de meio ambiente, comércio internacional, políticas urbanas e energéticas.

Marina foi convidada a falar sobre os desafios do desenvolvimento sustentável. O encontro aconteceu no Hotel Grand Hyatt Santiago.

Mais informações: http://harrisschool.uchicago.edu/boards/dic/meetings/2011-10/

Fonte: www.minhamarina.org.br

Desenvolvimento Sustentável.

Em clima de truculência comissões aprovam desmonte do Código Florestal

Confira abaixo nota do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável sobre a aprovação, nesta terça-feira (7), do texto-base do novo Código Florestal na CRA e CCT do Senado.


Numa tumultuada sessão, as comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Ciência e Tecnologia (CCT) aprovaram o texto base do senador Luiz Henrique (PMDB/SC) para o novo Código Florestal.

Na avaliação dos integrantes do Comitê Brasil em Defesa das Florestas o projeto aprovado, mesmo com as eventuais modificações que poderão ocorrer, não resolve os principais problemas do texto aprovado na Câmara dos Deputados.

Continua a abertura para anistiar todos os desmatamentos ilegais feitos até três anos atrás, a falta de regras diferenciadas para os pequenos agricultores, a ausência de regras claras para evitar novos desmatamentos em beiras de rio e nascentes, pastagens em encostas, dentre vários outros que haviam sido elencados pelo comitê. E, dependendo das emendas que serão aprovadas, pode piorar ainda mais.

A truculência da polícia do senado, que violentamente acabou com a manifestação pacífica de estudantes contrários à aprovação do projeto, foi outra marca do triste episódio desta tarde. Os membros do comitê manifestam seu repúdio à violência praticada contra os manifestantes e exigem apuração e punição dos responsáveis.

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável conclama a sociedade brasileira a, mantido o texto atual, iniciar uma ampla campanha pelo veto da Presidenta da República, Dilma Rousseff para evitar um dos maiores retrocessos na legislação ambiental brasileira em toda sua história.

Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável

quarta-feira, novembro 09, 2011

Desenvolvimento Sustentável.

Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável. Código Florestal



Só uma emenda foi votada na manhã de hoje, no Senado Federal; todas as outras tiveram análise do mérito postergada para a Comissão do Meio Ambiente.

Dinalva Heloiza

09/11/2011

Com a maioria dos destaques retirados, terminou às 12h15 a sessão conjunta para votação das alterações do Código Florestal nas comissões de Reforma Agrária e Agricultura e Ciência e Tecnologia. Das 20 emendas analisadas, apenas uma foi aprovada pelos senadores - de autoria da senadora Ana Amelia, do PP-RS, sobre regularização ambiental.

O restante das emendas deve ter seu mérito analisado na Comissão do Meio Ambiente do Senado, cujo relator é o senador Jorge Viana, do PT-AC.

Emendas dos senadores Rodrigo Rollemberg, do PSB-DF, e Antônio Carlos Valladares, do PSB-SE, sobre proteção de Área de Preservação Permanente em margem de rio e sobre regularização ambiental, chegaram a ser consideradas incorporadas ao texto. Depois, com a votação contrária de diversos senadores, foram retiradas da pauta, contrariando o próprio parecer favorável do relator Luiz Henrique, do PMDB-RS.

Violência, não. Na abertura da sessão, o senador Eduardo Braga, presidente da CCT, lamentou a violência de ontem, quando seguranças do Senado atacaram um dos manifestantes com uma arma de choque - o próprio Senado divulgou mais tarde nota repudiando o ato e afirmando que irá afastar o policial.

O senador Reditário Cassol, do PP-RO, foi na contramão dos colegas. Achou uma "paiaçada" o que os estudantes fizeram. "Esse estudante nem nunca sequer usou uma enxada, nunca plantou muda de árvore", afirmou.

Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável.

terça-feira, novembro 08, 2011

Desenvolvimento Sustentável.

Queremos um Código Florestal justo, moderno e eficiente para:


Dinalva Heloiza

a) incentivar e apoiar a recuperação das áreas desmatadas, ao invés de reduzir sua proteção;

b) reconhecer e premiar quem cumpre a lei;

c) dar condições de adequação para quem quer cumprir a lei;

d) punir quem sempre lucrou com o crime ambiental;

c) dar tratamento diferenciado para os agricultores familiares e populações tradicionais em relação aos grandes produtores;

d) criar condições para acabar com o desmatamento no país.

Contexto atual do Código:

Após dois anos de debates, a Câmara dos Deputados aprovou, no final de maio, um projeto que modifica profundamente o Código Florestal, enfraquecendo a proteção às florestas.

O texto aprovado está muito distante do que a sociedade brasileira espera de uma lei florestal para o século XXI e ignora completamente as recomendações feitas pelos cientistas da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC e da Academia Brasileira de Ciência – ABC.

Se aprovado pelo Senado da forma como está, resultará em grande retrocesso à legislação ambiental brasileira ao diminuir a proteção às florestas, enfraquecer o combate ao desmatamento, descaracterizar a função socioambiental da propriedade e incentivar a cultura da impunidade anistiando multas e crimes ambientais.

Veja o que aconteceu hoje, no Senado Federal

Em Clima de truculência Comissão aprova desmonte do Código Florestal

Numa tumultuada sessão, as comissões de agricultura e de ciência e tecnologia aprovaram o texto base do senador Luiz Henrique para o novo Código Florestal.

Na avaliação dos integrantes do Comitê Brasil em Defesa das Florestas o projeto aprovado, mesmo com as eventuais modificações que poderão ocorrer, não resolve os principais problemas do texto aprovado na Câmara dos Deputados.

Continua a abertura para anistiar todos os desmatamentos ilegais feitos até três anos atrás, a falta de regras diferenciadas para os pequenos agricultores, a ausência de regras claras para evitar novos desmatamentos em beiras de rio e nascentes, pastagens em encostas, dentre vários outros que haviam sido elencados pelo comitê. E, dependendo das emendas que serão aprovadas, pode piorar ainda mais.

A truculência da polícia do Senado, que violentamente acabou com a manifestação pacífica de estudantes contrários à aprovação do projeto, foi outra marca do triste episódio desta tarde. Os membros do comitê manifestam seu repúdio à violência praticada contra os manifestantes e exigem apuração e punição dos responsáveis.

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável conclama a sociedade brasileira a, mantido o texto atual, iniciar uma ampla campanha pelo veto da Presidenta da República, Dilma Rousseff para evitar um dos maiores retrocessos na legislação ambiental brasileira em toda sua história.

Brasília – DF, 08 de novembro de 2011

Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável

Senadores adiam votação de destaques para Quarta-Feira.

Texto aprovado; Senadora Katia Abreu, defende rapidez no trâmite, enquanto Senadora Marinor Brito, tem requerimento de adiamento rejeitado.

08/11/2011

Durante toda a manhã, o site www.florestafazadiferenca.org.br transmitiu a votação das duas comissões do Senado - Comissão de Agricultura e Reforma Agrária e Comissão de Ciência e Tecnologia - do projeto de lei que altera o Código Florestal. Os senadores decidiram analisar os destaques propostos e emendas apenas na quarta-feira, 9, mas aprovaram o relatório de autoria do senador Luiz Henrique, do PMDB-SC.

Ao todo foram 12 votos favoráveis e um contrário na CCT e 15 favoráveis na CRA.

A senadora Marinor Brito, do PSOL-PA, reclamou da pressa da votação e fez requerimento regimental de maior prazo, com pedido de vistas, alegando que houve mudança no projeto. "Esse texto não é o mesmo do que o dia 25 de outubro", afirmou. Seu requerimento foi rejeitado pelos senadores.

A senadora Katia Abreu, do PSD-TO, falou quase ininterruptamente durante 15 minutos a favor da aprovação do código. Ela usou o argumento dos pequenos produtores rurais que podem ser prejudicados com a não aprovação do código e lembrou que, na Europa, diferentemente do Brasil, não há árvores às margens de rios como o Sena, em Paris. Kátia Abreu criticou a militância de alguns artistas, como Christiane Torloni, que é contrária à aprovação do Código Florestal - a atriz falou no programa Domingão do Faustão, da TV Globo, no último domingo, sobre o assunto.

Direto de um estúdio na Vila Madalena, em São Paulo, a cobertura do Floresta Faz a Diferença teve a presença da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, de Tasso Azevedo e de Bazileu Margarido, do Instituto Democracia e Sustentabilidade.

Os jornalistas Herodoto Barbeiro, Andrea Vialli e Carolina Stanisci atuaram como âncoras. 

Em link direto de Brasília, no Senado, Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental, entrevistou senadores e jovens universitários e militantes que protestavam por ter tido sua entrada proibida. Eles gritavam palavras de ordem como "desliga a motosserra" e usavam nariz de palhaço.

"Hoje para mim foi um dia muito triste, pois eu sabia que isso iria acontecer", resumiu Marina Silva.

Vamos continuar a vigília nessa quarta –feira.

Fonte: Comite Brasil em Desfesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável

Desenvolvimento Sustentável.

Manifesto em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável

Dinalva Heloiza

Além da votação que está ocorrendo no Senado Federal, a favor de um novo texto ruralista, ao Código Florestal, o que denigre a cidadania brasileira, outra votação acontece em cenário global, mas esta, em benefício do Brasil e de toda a sociedade brasileira. 

Esta votação que termina em 11/11/2011, é considerada a maior eleição interativa que vem acontecendo desde 2007, a favor das "7 Maravilhas Oficiais da Natureza". Onde o Brasil, poderá vir a ser declarado em cenário mundial, o maior roteiro turístico em belezas naturais do mundo, concorrendo entre 28 finalistas, onde de destacam, a Floresta Amazônica e as Cataratas do Iguaçu. 

Essa é a hora em que a população brasileira necessita manifestar-se e exigir o respeito político aos direitos humanos em cidadania brasileira, onde estão em jogo, o bem estar e uma melhor qualidade de vida, preservando as normas éticas do desenvolvimento sustentável, e a preservação dos recursos naturais que engrandecem a civilização nacional aos olhos de todo o mundo, o que também depende de cada indivíduo, inserirmos o Brasil, em um contexto global de desenvolvimento sustentável e junto ao maior roteiro turístico do mundo, o das 7 Maravilhas Oficiais da Natureza.

Hoje e amanhã estamos em vigilia pela hastag #florestafazadiferenca na rede social Twitter. Através do site http://www.florestafazadiferenca.com.br do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, é possivel a manifestação de todos para que possamos mudar essa postura retrógrada e maniqueísta. O site apresenta durante os dias de hoje e amanhã, uma série de participações, entrevistas, e debates, ao vivo, a favor de um Código Florestal que não retroceda em desenvolvimento sustentável e que não favoreça aos ruralistas e desmatadores, em detrimento da cidadania brasileira. 

E ainda até o dia 11/11/2011 você poderá acessar o site www.new7wondersofnature.org.com  da New 7 Wonders, uma organização suíça, presidida por Bernard Shaw, que promove esta Campanha em cenário global, possibilitando que a população global, eleja até esta data as “7 Maravilhas Oficiais da Natureza”. 

O Brasil concorre com dois cenários, a “Floresta Amazônica e as Cataratas do Iguaçu”, ao acessar o site, o eleitor (internauta), poderá escolher as 7 Maravilhas de sua preferencia, com direito a votar em 7 cenários que disputam essa final, o internauta pode votar além dos dois cenários pertencentes ao Brasil, em outros cinco em todo o mundo. O que permite ao Brasil, se inserir em um roteiro global em turismo, agregando assim uma fonte inestimável em recursos socioeconomicos, e ainda, iniciar um novo modelo em desenvolvimento sustentável, com destaque ao desenvolvimento humano e a preservação de nosso patrimônio natural. 

Abaixo veja o manifesto assinado por diversas entidades da sociedade civil em defesa de um Código Florestal ético e sustentável, que não agride o desenvolvimento necessário a cidadania brasileira. Participe com a gente. Essa é a hora da sociedade brasileira, mostrar ao mundo que somos uma civilização atenta ao nosso desenvolvimento sustentável, o que implica em atitudes racionais. 

Manifesto


Por que tanta polêmica em torno da manutenção do que resta das nossas florestas? Será possível que ambientalistas, cientistas, religiosos, empresários, representantes de comunidades, movimentos sociais e tantos cidadãos e cidadãs manifestem sua indignação diante do texto do Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados, apenas por um suposto radicalismo ou desejo de conflito sem cabimento? Será justo afirmar que os defensores das florestas não levam em conta as pessoas e suas necessidades de produzir e consumir alimentos? Do que se trata, afinal? O que importa para todos os brasileiros?

Importa, em primeiro lugar, esclarecer a grande confusão sob a qual se criam tantas desinformações: não está se fazendo a defesa pura e simples das florestas. Elas são parte dos sonhos de um país com mais saúde, menos injustiça, no qual a qualidade de vida de todos seja um critério levado em conta. 

Um Brasil no qual os mais pobres não sejam relegados a lugares destruídos, perigosos e insalubres. No qual a natureza seja respeitada para que continue sendo a nossa principal fonte de vida e não a mensageira de nossas doenças e de catástrofes.


A Constituição Brasileira afirma com enorme clareza esses ideais, no seu artigo 225, quando estabelece que o meio ambiente saudável e equilibrado é um direito da coletividade e todos – Poder Público e sociedade – têm o dever de defendê-lo para seu próprio usufruto e para as futuras gerações.

Esse é o princípio fundamental sob ataque agora no Congresso Nacional, com a aprovação do projeto de lei que altera o Código Florestal. 23 anos após a vigência de nossa Constituição quer-se abrir mão de suas conquistas e provocar enorme retrocesso.

Há décadas se fala que o destino do Brasil é ser potência mundial. E muitos ainda não perceberam que o grande trunfo do Brasil para chegar a ser potência é a sua condição ambiental diferenciada, nesses tempos em que o aquecimento global leva a previsões sombrias e em que o acesso à água transforma-se numa necessidade mais estratégica do que a posse de petróleo.


Água depende de florestas. Temos o direito de destruí-las ainda mais? A qualidade do solo, para produzir alimentos, depende das florestas. Elas também são fundamentais para o equilíbrio climático, objetivo de todas as nações do planeta. Sua retirada irresponsável está ainda no centro das causas de desastres ocorridos em áreas de risco, que tantas mortes têm causado, no Brasil e no mundo.

Tudo o que aqui foi dito pode ser resumido numa frase: vamos usar, sim, nossos recursos naturais, mas de maneira sustentável. Ou seja, com o conhecimento, os cuidados e as técnicas que evitam sua destruição pura e simples. É mais do que hora de o País atualizar sua visão de desenvolvimento para incorporar essa atitude e essa visão sustentável em todas as suas dimensões.
Tal como a Constituição reconhece a manutenção das florestas como parte do projeto nacional de desenvolvimento, cabe ao poder público e nós, cidadãos brasileiros, garantir que isso aconteça. Devemos aproveitar a discussão do Código Florestal para avançar na construção do desenvolvimento sustentável. 

Para isso, é de extrema importância que o Senado e o governo federal ouçam a sociedade brasileira e jamais esqueçam que seus mandatos contêm, na origem, compromisso democrático inalienável de respeitar e dialogar com a sociedade para construir nossos caminhos.


O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, criado pelas instituições abaixo assinadas, convoca a sociedade brasileira a se unir a esse desafio, contribuindo para a promoção do debate e a apresentação de propostas, de modo que o Senado tenha a seu alcance elementos para aprovar uma lei à altura do Brasil.

Caso sua instituição queira aderir ao Manifesto, entre em contato no e-mail comiteflorestas@gmail.com
Lista das instituições que assinam o manifesto até 25/10/2011:

350.org

22º BA - GRUPO ESCOTEIRO CINCO VÁRZEAS - Piritiba/BA

A PET Nossa de Cada Dia

A Rocha Brasil

ABI - Associação Brasileira de Imprensa

ABONG - Associação Brasileira das ONGs

ABRAMPA – Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente

ACMUN - Associação Cultural de Mulheres Negras/RS

ADA - Agência de Desenvolvimento Ambiental/PR

Afroreggae

Agência Ambiental Pick-upau

AGROPALMA

AJUFE

AMALUMIAR

AMB Pará - Articulação de Mulheres Brasileiras

AmbienTeia UFC

AMNB - Articulação de Mulheres Negras Brasileiras

AMPJ - Associação Movimento Paulo Jackson

APEDeMA-RS - Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente

Apremavi

ASA - Articulação no Semi-Árido Brasileiro

ASCAE - Associação Cultural Arte e Ecologia

Associação Alternativa Terrazul

Associação APAS de Agroextrativismo de Castelo dos Sonhos-PA

Associação Caatinga

Associação Cultural Cena Urbana

Associação Cultural da Comunidade do Morro do Querosene

Associação de Participação Popular de Mateus Leme (APP-ML)

Associação dos Geógrafos Brasileiros

Associação dos Moradores da Lagoinha e Adjacências – Lagoinha Viva!

Associação dos Proprietários de RPPN do Ceará – Associação Asa Branca

Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico

Associação Paraibana dos Amigos da Natureza – APAN

Associação Wotchmaücü do Povo Tikuna

Beraca Sabará Quimicos e Ingredientes S/A

Bio-Bras (Mogi das Cruzes-SP)

CACAI - Centro de Apoio a Criança e ao Adolescente de Iguaba

CARE Brasil

CCOB - Conselho Comunitário da Orla da Baía.

CEA - Centro de Estudos Ambientais

CELS - Coletivo de Educadores Livres e Solidários

CENPEC

Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural (CENTRU -MA)

Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul/Ba - CEPEDES

Centro de Harmonização Interior

CI - Conservação Internacional do Brasil

CIR - Conselho Indígena de Roraima

CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

CNS - Conselho Nacional das Populações Extrativistas

COAPIMA - Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão

COIAB - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira

Coletivo Alternativa - Biologia UERJ

Coletivo Curupira

Coletivo Socioambiental de Bragança Paulista.

Comissão Pró Índio do Acre

Comitê Intertribal da Rio+20

CONIC - Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil

CTA - Centro dos Trabalhadores da Amazônia

CUT - Central Única dos Trabalhadores

Ecocanes Instituição Ambiental- Canavieiras/BA.

Essência Vital

FASE - Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional

FBOMS – Fórum Brasileiro de ONGS e Movimentos Sociais

FETRAF - Federação de Trabalhadores na Agricultura Familiar

FMAP - Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense

Fórum Carajás

Fórum das ONG´s Ambientais do Estado do Tocantins

Forum de ex-Ministros de Meio Ambiente

Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal

Fórum Mundaças Climáticas e Justiça Social (FMCJS)

Fórum Nacional de Reforma Urbana – FNRU


Fpolis/SC

FSC Brasil - Conselho Brasileiro de Manejo Florestal

FULANAS - Mulheres Negras da Amazônia Brasileira

FUNBIO - Fundo Brasileiro para a Biodiversidade

Fundação Grupo Boticário

Fundação SOS MATA ATLÂNTICA

Fundação Tide Setubal

FURPA - Fundação Rio Parnaíba

FVA - Fundação Vitória Amazônica

Greenpeace Brasil

GTA - Grupo de Trabalho Amazônico

IBASE

ICV - Instituto Centro de Vida

IDESAM - Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas

IDS - Instituto Democracia e Sustentabiliade

IEAM - Instituto Encontro das Águas da Amazônia

IES Brasil - Instituto de Educação Socioambiental Brasileiro

IGOND - Instituto Gondwana

Imaflora

IMENA - Instituto de Mulheres Negras do Amapá

INEGRA - Instituto Negra do Ceará

INESC - Instituto de Estudos Socioeconômicos

INPEcs - Instituto Nacional de Planejamento Educacional e Consultoria Social

Instituto Carijós Pró-Conservação da Natureza

Instituto Curicaca

Instituto Ecoar para Cidadania

Instituto Espinhaço - Biodiversidade, Cultura e Desenvolvimento Sócio Ambiental

Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social

Instituto O Direito por um País Verde

Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS)

Instituto Refloresta

Instituto Transformance: Cultura e Educação (ITCE)

IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia

ISA - Instituto Socioambiental

ISPN - Instituto Sociedade População e Natureza

ITEC - Instituto de Desenvolvimento de Tecnologias Sustentáveis e Educação Ambiental

ITP - Instituto Terra Brasilis

ITPA - Terra de Preservação Ambiental

Jornal Oecoambiental

MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens

MAMA - Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia

MEP-PA Movimento Evangélico Progressista

MIB - Movimento Inovação Brasil

MMC - Movimento de Mulheres Camponesas

MOPSAB – Movimento Popular de Saúde Ambiental de Barueri

MOPSAM Movimento Popular de Saúde Ambiental de Santo Amaro

Movimento Amazônia para Sempre

Movimento Ambientalista Grande Sertão Veredas – MAISVERDE

Movimento Planeta Verde

Movimento SOS Florestas

MPA - Movimento dos Pequenos Agricultores

MST - Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra

MUDH - Movimento Humanos Direitos

Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (nej/rs)

OAB - Ordem dos Advogados do Brasil

OMT – Organização Sócio Ambiental Mira Terra

Ong Ação Verde - Associação Cultural Ambientalista

ONG Água é Vida

ONG Arara

ONG MIRA SERRA

ONG Redecriar

Organização Bio-Bras

PACS - Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul

Papel Social Comunicação

Portal Muda de Ideia

Reciclázaro

Rede Brasileira de Arteducadores (ABRA)

Rede das Mulheres de Terreiro de Pernambuco

Rede Jubileu Sul – Brasil

REJU - Rede Ecumênica da Juventude

REJUMA - Rede de Juventude Pelo Meio Ambiente

Reliplam-Brasil (Rede Latino-Americana de Plantas Medicinais, Aromáticas e Nutracêuticas)

Reserva Particular do Patrimônio Natural TUN

RMA - Rede de Ongs da Mata Atlântica

RMERA - Rede de Mulheres Empreendedoras Rurais da Amazônia

SINPAF - Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário

SINTTRAF - Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar

Slowmovie - Frida Trends

Sociedade Brasileira de Espeleologia

SOS Clima Terra

SPVS - Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental

STTR LRV - Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Lucas do Rio Verde


Terra Mãe

Terrachamando

UEB – União dos Escoteiros do Brasil

Uiala Mukaji - Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco

União Planetária

Via Campesina

VII SEMBIO-UFBA

Vitae Civilis

WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal

WWF Brasil

quarta-feira, novembro 02, 2011

Desenvolvimento Sustentável.

Marina Silva aponta os 7 pilares para se ter uma verdadeira  sustentabilidade.

Marina Silva, durante o EXAME Fórum de Sustentabilidade, em São Paulo.

São Paulo – “O desenvolvimento sustentável não é uma maneira de fazer, é uma maneira de ser.” A afirmação foi feita pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que participou nesta segunda-feira do EXAME Fórum de Sustentabilidade, em São Paulo.

 “O ser sustentável do século XXI não diz respeito apenas ao fazer. O ser sustentável do século XXI diz respeito a uma visão de futuro, a um ideal de vida a ser vivenciado agora e no futuro. É uma maneira de ser.”

Em palestra a uma plateia de empresários e especialistas, Marina disse que o conceito amplo de sustentabilidade envolve sete dimensões – e não apenas as quatro descritas pela ONU. 

Além da sustentabilidade econômica, social, ambiental e cultural, Marina incluiu a ética, a política e a estética (veja as definições abaixo e na próxima página).

Candidata a presidente da República no ano passado, Marina Silva destacou que o mundo vive uma grave crise econômica gerada por uma crise de valores. “Dos sete bilhões de habitantes do planeta, 2,5 bilhões vivem com menos de dois dólares por dia. A crise econômica foi produzida por falta de valores, e não por falta de operadores no mercado financeiro. 

Os títulos triplo A era podres e alguém disse que eles era mega-power-seguros.”

Isso gerou, segundo ela, revolta nas pessoas em vários países. "A crise de valores pode nos colocar diante de uma coisa muito dramática porque os problemas não são técnicos, são éticos." Marina afirmou ainda que há problemas na política – citou a corrupção no Brasil –, além de uma crise ambiental “grave e severa”. São diversas crises ao mesmo tempo.

Veja as definições dos sete pilares da sustentabilidade feitas por Marina Silva

Sustentabilidade econômica "Transformar as vantagens comparativas em vantagens competitivas. Precisamos ser capazes de transformar os recursos naturais e os bens e serviços que produzimos em melhoria da qualidade de vida das pessoas, em saúde, educação, entretenimento, vida digna e plena para as pessoas. Enfim, um mundo melhor de viver."

Sustentabilidade social "Equilibrar os princípios de equidade, buscando fazer com que a vida de todas as pessoas possa ser digna de ser vivida."

Sustentabilidade ambiental "Utilizar os recursos de tal forma que as necessidades de vida digna e plena possam ser satisfeitas sem comprometer a vida digna e plena daqueles que ainda não nasceram."

Sustentabilidade cultural "Se nós não formos capazes de ter um modelo de desenvolvimento que preserve a diversidade, temos um problema. Não há inovação na mesmice, só há inovação na diversidade. Sem ela, entramos em erosão cultural."

Sustentabilidade ética "Nós somos seres que nos importamos uns com os outros, com os que estão aqui e com os que virão no futuro. Isso se chama laço social ou aliança intergeracional. Isso não se resolve na técnica, isso se resolve na ética. Se eu não me importo com os que ainda vão nascer, eu vou destruir os recursos de milhares e milhares de anos pelo lucro de apenas algumas décadas. Isso é um fim da espécie humana."

Sustentabilidade política "Tem a ver com o que estamos fazendo aqui. As pessoas estão reunidas, debatendo, tentando criar uma maioria, um espaço de convergência para que todos nós possamos nos movimentar numa outra direção. Se os recursos naturais são finitos, nós temos que trabalhar no sentido de que cada vez se produza mais com um menor volume de recursos naturais. Não tem um salvador da pátria. Não será a Marina, não será a Dilma, não será o Obama. Seremos nós, que temos que assumir isso como um valor. Nós geralmente queremos terceirizar os problemas. A gente gosta de se enganar. A gente quer que alguém prometa que vai resolver o problema da corrupção.

Lamento, mas a corrupção não é um problema da Dilma, do Serra, do Lula, do Fernando Henrique, do Itamar, nem do Collor. A corrupção é um problema nosso. Isso é a sustentabilidade política. Enquanto a corrupção for um problema da Dilma, teremos corrupção. Quando virar um problema nosso, pode ter certeza de que haverá uma qualidade para as instituições brasileiras."

Sustentabilidade estética "Algumas coisas têm valor simbólico e não puramente econômico. O Pão de Açúcar (no Rio de Janeiro) pode não ter nenhuma liquidez, mas nenhum de nós vai deixar destruir o Pão de Açúcar para virar brita. Isso é sustentabilidade estética."

Publicada originalmente em Exame.com

ONU

Brasil tem pequeno avanço em desenvolvimento humano e sobe uma posição no ranking do IDH 2011


O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil avançou de 0,715 em 2010 para 0,718 em 2011, e fez o país subir uma posição no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) deste ano. Com isso, o Brasil saiu da 85ª para a 84ª posição, permanecendo no grupo dos países de alto desenvolvimento humano. O documento foi lançado esta quarta-feira (02/10) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Copenhague, na Dinamarca.

O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 apresenta valores e classificações do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para um número recorde de 187 países e territórios reconhecidos pela ONU. Um aumento significativo em relação aos 169 países incluídos no Índice de 2010, quando os indicadores-chave de muitos dos novos países analisados este ano ainda estavam indisponíveis.

No ranking global do IDH 2010, o Brasil obteve a classificação 73, entre os 169 países. No entanto, é enganoso comparar valores e classificações do RDH 2011 com os de relatórios publicados anteriormente. Isto porque, além da inclusão de 18 novos países e territórios (veja a lista ao final), os dados e métodos sofreram ajustes e algumas mudanças.

Intitulado “Sustentabilidade e equidade: Um futuro melhor para todos”, o Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 mostra que o Brasil faz parte do seleto grupo de apenas 36 dos 187 países que subiram no ranking entre 2010 e 2011, seguindo os dados recalculados para a nova base deste ano. Os outros 151 permanceram na mesma posição ou caíram. No caso brasileiro, esta evolução do IDH do ano passado para este ano contou com um impulso maior da dimensão saúde – medida pela expectativa de vida –, responsável por 40% da alta. As outras duas dimensões que compõem o IDH, educação e renda, responderam, cada uma, por cerca de 30% desta evolução.

Evolução do Brasil nas séries históricas

A série histórica do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para o Brasil revela uma retrospectiva positiva também a médio e a longo prazos. Entre 1980 e 2011, o valor do IDH subiu 31%, saltando de 0,549 para 0,718. Este desempenho foi puxado pelo aumento na expectativa de vida no país (11 anos no período), pela melhora na média de anos de escolaridade (4,6 anos a mais) e pelo crescimento também da renda nacional bruta (RNB) per capita (quase 40% entre 1980 e 2011).

Por causa dos ajustes de dados, das adaptações metodológicas e da inclusão de 18 países no ranking deste ano, as medias anuais de crescimento do IDH só podem ser calculadas com os dados que estão disponíveis na Tabela 2 “Tendências do Desenvolvimento Humano” do Relatório, que traz as séries históricas recalculadas para todos os 187 países. Ela tem como base indicadores, metodologia e dados em séries temporais consistentes e, por isso, mostra as alterações reais dos valores e classificações no decorrer do tempo, refletindo o progresso verdadeiro feito pelos países.

Em uma análise de médio prazo, considerando a evolução de posições do ranking de 2006 a 2011, o Brasil está entre os 24 países com melhor desempenho, ou seja, aqueles que subiram 3 ou mais posições.

Taxa média de crescimento do IDH brasileiro
Com base nos dados da Tabela 2 “Tendências do Desenvolvimento Humano”, verifica-se que a taxa média de crescimento do IDH do Brasil foi de 0,87%, entre 1980 a 2011. Um desempenho superior ao da América Latina (0,73%) e ao dos países de alto desenvolvimento (0,61%), quartil do qual o Brasil faz parte no ranking do IDH 2011.

Avanço semelhante pode ser visto para o Brasil entre 1990 e 2011, quando a taxa de média de crescimento do IDH foi de 0,86%, enquanto a da América Latina foi de 0,76% e a dos países de alto desenvolvimento, de 0,64%.

Num período mais curto de 2000 a 2011, o desempenho foi o seguinte: Brasil avançou 0,69%, América Latina, 0,66%, e os países de alto desenvolvimento, 0,70%.

É importante notar que a taxa de crescimento para países de desenvolvimento humano muito elevado de 2000 a 2011 foi de 0,33%, ou seja, quanto mais desenvolvido o país se torna, menor é sua taxa de crescimento do IDH. Este fenômeno é também conhecido como concavidade de taxas de crescimento.

O IDH é uma medida resumida para avaliar o progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: uma vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e um padrão decente de vida. Como no Relatório de Desenvolvimento Humano de 2010, uma vida longa e saudável é medida pela expectativa de vida; o acesso ao conhecimento é medido por: i) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e ii) a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que uma criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança; e o padrão de vida é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em PPP$ 2005 constante.

A fim de garantir o máximo possível de comparabilidade entre países, o IDH se baseia principalmente em dados internacionais da Divisão de População da ONU, do Instituto de Estatística da UNESCO e do Banco Mundial. Como afirma a introdução, os valores e classificações do IDH no relatório deste ano não são comparáveis aos dos relatórios passados (inclusive ao IDH 2010) por causa de diversas revisões feitas nos indicadores componentes pelas agências encarregadas. Para permitir a avaliação do progresso nos IDHs, o relatório de 2011 inclui IDHs recalculados de 1980 a 2011.

Indicadores complementares de desenvolvimento humano

Além do IDH calculado para 187 países, o Relatório 2011 traz também três outros indicadores complementares introduzidos em 2010. São eles o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD) para 134 países, o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) para 146 países e o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) para 109 países.

Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD)

O IDH é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. Como todas as médias, o IDH mascara a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano entre a população no nível de país. O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em consideração a desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor médio de cada dimensão de acordo com seu nível de desigualdade.

Com a introdução do IDHAD, o IDH tradicional pode ser visto como um índice de desenvolvimento humano “potencial” e o IDHAD como um índice do desenvolvimento humano “real”. A “perda” no desenvolvimento humano potencial devido à desigualdade é dada pela diferença entre o IDH e o IDHAD e pode ser expressa por um percentual.

O IDH do Brasil para 2011 é 0,718. No entanto, quando é descontada a desigualdade do valor, o IDH cai para 0,519, uma perda de 27,7% devido à desigualdade na distribuição dos índices de dimensão. O IDHAD, que vem complementar a leitura feita pelo IDH, mostra que o cidadão brasileiro médio teria quase 30% de risco de não conseguir alcançar o desenvolvimento humano potencial que o país tem para lhe oferecer em função dos obstáculos que as desigualdades podem lhe impor.

Nesta área, o Brasil se insere em um contexto semelhante ao da América Latina, onde a desigualdade – em especial de renda – faz parte de um passivo histórico que ainda representa um grande obstáculo para o desenvolvimento humano. Mas o relatório elogia os esforços e avanços da região na tentativa de reduzir estes números, e faz menção às conquistas de Argentina, Brasil, Honduras, México e Peru. O Relatório atribui os avanços, em parte, à melhor cobertura na educação básica e aos programas de transferência de renda.

Índice de Desigualdade de Gênero (IDG)

O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) reflete desigualdades com base no gênero em três dimensões – saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica. A saúde reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade materna e de fertilidade entre as adolescentes; a autonomia é medida pela proporção de assentos parlamentares ocupados por cada gênero e a obtenção de educação secundária ou superior por cada gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de participação no mercado de trabalho para cada gênero.

O IDG substitui os anteriores Índice de Desenvolvimento relacionado ao Gênero e Índice de Autonomia de Gênero. Ele mostra a perda no desenvolvimento humano devido à desigualdade entre as conquistas femininas e masculinas nas três dimensões do IDG.

O Brasil tem um valor de IDG de 0,449, que o coloca na posição 80 dentre 146 países no índice de 2011. No Brasil, 9,6% dos assentos parlamentares são ocupados por mulheres e 48,8% das mulheres adultas têm alcançado um nível de educação secundário ou superior, em comparação com 46,3% de suas contrapartes masculinas. Para cada 100.000 nascidos vivos, 58 mulheres morrem de causas relacionadas à gravidez; e a taxa de fertilidade entre as adolescentes é de 75,6 nascimentos por 1000 nascidos vivos. A participação feminina no mercado de trabalho é de 60,1%, em comparação com 81,9% para os homens.

Índice de Pobreza Multidimensional (IPM)

O IDH 2010 introduziu o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que identifica privações múltiplas em educação, saúde e padrão de vida nos mesmos domicílios. As dimensões de educação e saúde se baseiam em dois indicadores cada, enquanto a dimensão do padrão de vida se baseia em seis indicadores. Todos os indicadores necessários para elaborar o IPM para um domicílio são obtidos pela mesma pesquisa domiciliar.

Os indicadores são ponderados e os níveis de privação são computados para cada domicílio na pesquisa. Um corte de 33,3%, que equivale a um terço dos indicadores ponderados, é usado para distinguir entre os pobres e os não pobres. Se o nível de privação domiciliar for 33,3% ou maior, esse domicílio (e todos nele) é multidimensionalmente pobre. Os domicílios com um nível de privação maior que ou igual a 20%, mas menor que 33,3%, são vulneráveis ou estão em risco de se tornarem multidimensionalmente pobres.

Os dados da pesquisa para a estimativa do IPM do Brasil se referem a 2006. No Brasil, 2,7% da população sofrem de múltiplas privações, enquanto outros 7,0% estão vulneráveis a múltiplas privações. A amplitude da privação (intensidade) no Brasil, que é o percentual médio de privação vivenciado pelas pessoas na pobreza multidimensional, é de 39,3%. O IPM, que á a parcela da população multidimensionalmente pobre, ajustado pela intensidade das privações, é de 0,011.

O IPM é um indicador complementar de acompanhamento do desenvolvimento humano e tem como objetivo acompanhar a pobreza que vai além da pobreza de renda, medida pelo percentual da população que vive abaixo de PPP US$1,25 por dia. Ela mostra que a pobreza de renda relata apenas uma parte da história. No caso do Brasil, a contagem de pobreza multidimensional é 1,1 ponto percentual menor que a pobreza de renda. Isso implica que indivíduos que vivem abaixo da linha da pobreza de renda talvez tenham acesso a recursos de não renda.

Entenda o IDH

O IDH varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano) e mede as realizações em três dimensões básicas do desenvolvimento humano – uma vida longa e saudável, o conhecimento e um padrão de vida digno. As três variáveis analisadas, dessa forma, são relacionadas à saúde, educação e renda.

Desde o ano passado o Relatório de Desenvolvimento Humano deixou de classificar o nível de desenvolvimento de acordo com valores fixos e passou a utilizar uma classificação relativa.

A lista de países é dividida em quatro partes semelhantes. Os 25% com maior IDH são os de desenvolvimento humano muito alto, o quartil seguinte representa os de alto desenvolvimento (do qual o Brasil faz parte), o terceiro grupo é o de médio e os 25% piores, os de baixo desenvolvimento humano.

18 países incluídos este ano

Palau, Cuba, Seychelles, Antígua e Barbuda, Granada, Líbano, São Cristóvão e Névis, Dominica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Omã, Samoa, Territórios Palestinos Ocupados, Kiribati, Vanuatu, Iraque, Butão, Eritreia.

Desenvolvimento Humano nos BRICS

Veja comparações do desenvolvimento humano do Brasil com o dos outros países do grupo chamado BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), economias em desenvolvimento que se destacam pelas semelhanças no ritmo de crescimento e pela influência geopolítica que exercem atualmente na arena internacional.

Fonte: ONUBrasil

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