As 7 Maravilhas da Natureza eleitas pela New7Wonders

As 7 Maravilhas da Natureza eleitas pela New7Wonders
A América do Sul ganhou com a Floresta Amazônica e a Foz do Iguaçú

terça-feira, dezembro 06, 2011

Goiás

Governador Marconi Perillo anuncia, “ainda em 2011 o estado atinge R$ 102 bilhões em PIB”.

Dinalva Heloiza
Governador Marconi Perillo, ao lado da presidenta global da companhia Anglo American, Cynthia Carroll, ladeados por diretores, prefeito municipal, secretários de estado, representantes de entidades de classe, deputados federais e estaduais.

A meta de R$ 100 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB), anteriormente prevista a ser alcançada pelo governo do estado em 2012, supera todas as expectativas, e é alcançada ainda em 2011.

A previsão do governo é chegar ao final do mês de dezembro com R$ 102 bilhões de PIB. O anúncio foi feito hoje no final da manhã, pelo próprio governador Marconi Perillo, durante solenidade de inauguração da planta industrial da multinacional Anglo American, em sua Unidade de Negócios de  Níquel, no município de Barro Alto, 220 quilômetros da capital.

Um total de U$ 1,9 bilhão, foram investidos na construção da nova unidade, que terá capacidade de produzir 41 mil toneladas nos primeiros anos de operação.

A antecipação do PIB de R$ 100 bilhões foi comemorada pelo governador que fez um agradecimento à presidente global da companhia Anglo American, Cynthia Carroll, pelos investimentos feitos em Goiás. “Graças a este empreendimento teremos que refazer nossas projeções para o PIB, o que significa que não precisaremos mais esperar o próximo ano. 

Chegaremos ao final de dezembro com R$ 102 bilhões e nossas projeções para 2012 já são de R$ 115 bilhões”, destacou o governador Marconi Perillo.

A chegada da mineradora inglesa Anglo American a Barro Alto foi fruto de extensas negociações com o apoio e incentivos fiscais oferecidos pelo Governo do Estado. O município goiano disputava com uma cidade do Pará a preferência pela instalação. A unidade gera hoje 800 empregos diretos.

Além dos investimentos na extração de minério e geração de emprego, o governador anunciou ainda R$ 35 milhões em recursos doados pela mineradora ao Governo de Goiás destinados à criação de Parques e áreas de conservação ambiental.

O prefeito de Barro Alto, Antônio Luciano Batista de Lucena, destacou o crescimento econômico do município com a chegada da mineradora e ressaltou a importância da participação do Governo do Estado na decisão de garantir estes investimentos na região.  Presente no Brasil desde 1973, além de Barro Alto, a Anglo American está presente em mais três municípios goianos: Niquelândia, com exploração de níquel; Ouvidor e Catalão com Fosfato.

O presidente da Anglo American Níquel, Walter De Simoni, avalia Barro Alto como um caso de sucesso, “com indicadores de destaque tanto na produção como em segurança. A previsão é de que a empresa alcance a plena produção até o final de 2012, alcançando a produção mundial de 66 mil toneladas/ano.

Logo após a solenidade de inauguração da unidade mineradora, o governador Marconi Perillo, acompanhado dos executivos da empresa fizeram uma visita à área de produção para acompanhar a corrida do metal.  Estavam presentes também os secretários de estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Leonardo Vilela, e da Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, além de deputados federais  e  estaduais.

fonte: Governo de Goiás Marconi e Mídias Soiciais. 

domingo, dezembro 04, 2011

Goiás

Especial – Segurança Pública


“A população precisa apoiar a Polícia Militar e o bandido deve temê-la. A segurança tem um preço e a sociedade precisa estar disposta a pagá-lo. O Entorno tem que ser assumido e não deve ser motivo de vergonha para Goiás, um Estado importante que precisa aprender a fazer com que suas questões locais se tornem nacionais, a exemplo do que acontece com o Rio de Janeiro”. Estas são algumas das opiniões do coronel Edson Costa Araújo, novo comandante-Geral da PM goiana. Pela segunda vez à frente da corporação, ele não teme a fama de mau e assume que é linha dura.

Confiram matéria publicada no site de notícias GoiásAgora.Por Luciana Brites.

” À frente do Comando-Geral da PM goiana pela segunda vez, o coronel Edson Costa Araújo assume que é linha dura e não teme a fama de mau. “Para os bandidos”, frisa. Com opiniões firmes e frases de efeito, ele assume o desafio de devolver a sensação de segurança aos goianos, motivar a tropa e conquistar a adesão da população, entre outros desafios.

Otimista, ele acredita que assume o Comando da PM em um momento muito favorável, no qual a população começa a analisar o papel que lhe cabe na promoção da Segurança Pública. Ele entende que os cidadãos passam a compreender que a polícia não é onipresente nem tem o dom da adivinhação e precisa do apoio da população para prevenir crimes contra a vida e o patrimônio, principalmente. 

Este entendimento vai significar, segundo o coronel, exigência de leis mais rígidas, “que mantenham os bandidos na cadeia” e disposição para abrir mão de um pouco de liberdade, em troca de segurança.


“Há um preço a se pagar. Todas as cidades que conseguiram diminuir os índices de criminalidade abriram mão de um pouco de liberdade, lidaram com algum desconforto, em troca de um bem maior. Não há como fugir disso”, sentencia, enquanto discorre sobre as vantagens de um controle social mais forte, com limitação do horário de venda de bebida alcoolica, bloqueios e revistas constantes e adoção, inclusive, de medidas impopulares.


Muito além do preto

Uma, que não chega a ser impopular mas, certamente é controversa, é a volta dos “homens de preto”. Em agosto, a Rotam chegou às ruas com uniforme cáqui e uma nova filosofia de trabalho, mais humanista. No que depender do coronel Edson, a tropa de elite da Polícia Militar vai voltar às origens, com roupa preta e tolerância zero com a bandidagem. “A Rotam preocupa o criminoso e é assim que tem que ser, com uma doutrina de policiamento tático diferenciado”.


“A Polícia Militar tem que ter um braço forte, assumidamente repressor, sem medo do debate vazio”, explica. Debate vazio é a expressão usada para designar a polêmica sobre a volta do uniforme preto. “A cor preta tem um efeito psicológico, um papel importante na identificação da tropa, no reconhecimento do trabalho que ela faz”. 

Para Edson Araújo, o uniforme preto é uma embalagem diferenciada para uma doutrina mais rígida, de proteção obsessiva ao cidadão e caça incessante ao bandido. Ele assegura, porém, que o cidadão de bem não precisa temer a Rotam, mas deve respeitá-la e apoiá-la.

“As exceções não podem ser encaradas como regra. Se tivemos desvios, eles foram corrigidos. Não podemos aceitar a generalização nem abraçar um discurso inconsistente, porém com poder suficiente para abalar uma instituição séria e merecedora de respeito como é a Polícia Militar”, desabafa e reconhece que a tropa vive, sim, um momento de desmotivação.

A disposição para o trabalho e o orgulho em vestir a farda da corporação serão revigorados com disciplina e reconhecimento. A PM vai desempenhar o papel que lhe cabe mas a sociedade também terá que fazer a parte dela. “Queremos a presunção de inocência do policial. Somos inteiramente a favor da fiscalização, do controle interno e não nos incomodamos com os olhares da sociedade, mas a exceção não precisa ser tomada como regra”, diz, referindo-se, sem rodeios, à Operação 6º Mandamento da Polícia Federal, que colocou na cadeia policiais supostamente envolvidos com grupos de extermínio.

Polícia Comunitária

Se a Rotam volta às origens, o Policiamento Comunitário – consagrado em iniciativas como as reuniões comunitárias e as visitas solidárias – continua. “Queremos a polícia próxima do cidadão, queremos a parceria. Precisamos de colaboração mas precisamos de tranquilidade para fazer cumprir a lei”.



Rigidez da lei

Lei que precisa ser mudada e, no que depender de Edson Araújo, será mais rígida com os criminosos, sem exceção. As experiências adquiridas na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), onde esteve após deixar o comando em 2008, e no Gabinete de Gestão da Segurança do Entorno do DF, deram ao comandante uma compreensão mais ampla dos obstáculos que precisam ser superados para dar ao País leis mais rígidas contra os criminosos e distribuição mais justa de recursos entre os estados.


“Aprendi muito com o Ricardo Balestreri e a Regina Miki, do Senasp. Participei do planejamento da Conferência Nacional de Segurança Pública em 2008, da ida da Força Nacional para o Entorno e conheci em profundidade a realidade do Entorno, do Ministério, dos gabinetes…”, enumera.

Entorno

Se mudar as leis é um sonho, o PAC do Entorno será uma realidade em breve, pelo menos no que depender do comandante. Ele admite que quando comandou a PM pela primeira vez, não teve a dimensão dos problemas. 

“A Região Metropolitana de Goiânia exige muito, a gente se envolve demais e o Entorno do DF acaba não recebendo a devida atenção”, diz no mea culpa. A passagem por Brasília e arredores mudou esta compreensão. “Não é possível ser feliz no Distrito Federal enquanto o Entorno for do jeito que é. 

Nós não podemos ter vergonha do Entorno, não podemos colocá-lo debaixo do tapete. Temos que assumi-lo, inclusive admitindo que precisamos de ajuda e fazendo ver que o problema não é só nosso”, diz.

Goiás, segundo Edson Araújo, tem muito a aprender com o Rio de Janeiro. O estado litorâneo consegue fazer com que suas demandas extrapolem o regional e alcancem status de problema nacional. “O Rio de Janeiro catalisa interesses. Eles não colocam a favela debaixo do tapete. Eles assumem a favela. Tudo quanto é autoridade, celebridade, formador de opinião, visita a favela, conhece a favela”. 

Goiás precisa chegar neste estágio, acredita o comandante. Antes, porém, precisa fortalecer o Entorno com políticas públicas voltadas para os problemas sociais e de infraestrutura que afligem a região. 

Para isso, conta com a imprensa, tanto de Goiás quanto do DF. A relação com a mídia é de “morde e assopra”, reconhece. Ele frisa, porém que os veículos de comunicação são imprescindíveis para o êxito de qualquer ação da PM, seja em Goiânia, no interior do Estado ou no Entorno do DF.

De imediato, mais viaturas, rondas, bloqueios, blitzen, reforço da campanha do desarmamento e incentivo para que os policiais façam horas-extras. A remuneração, inclusive, subiu de R$ 15 para R$ 18 a hora, em período da meia-noite às 6 horas da manhã.

Concurso

Com déficit estimado de 4 mil profissionais, a Polícia Militar irá selecionar novos servidores no próximo ano. O edital, porém, deve frustrar as expectativas dos maiores de 30 anos que sonham ingressar na corporação como praças. Edson Costa sabe que a limitação pode gerar desgastes mas que vai enfrentar o problema com informação. 

“A carreira militar tem algumas peculiaridades que outras profissões não tem. O que é possível em uma instituição não é viável em outra. A atividade exige muito do policial. Exige muito fisicamente. A resposta precisa ser imediata e nem todos ficam no operacional, ou seja, na rua, até a aposentadoria”, esclarece.

Compromisso

O latrocínio é a maior preocupação da PM hoje. “A vítima de homicídio, geralmente, tem desavença, envolvimento com drogas, histórico de crimes… Na maioria dos casos, não todos, a vítima contribui para o desfecho. 

A vítima de latrocínio não. É um cidadão de bem, que é caçado na porta do banco, no estacionamento, na rua. É alguém que não fez nada para merecer tamanho desrespeito e acaba perdendo a vida pelas mãos de um bandido. Não vamos mais tolerar isso”, garante.

Para coibir não só os latrocínios, mas os crimes em geral, como os homicídios, roubos de veículos e tráfico de drogas, a Polícia Militar vai entrar numa fase “totalmente operacional”, com arrastões, bloqueios, Operação Saturação diária e em pontos diversos das cidades mais violentas, apreensão de armas e recaptura de foragidos. “O cidadão vai perceber a polícia nas ruas. Vamos cobrar. E a criminalidade vai diminuir “, garante”.
GoiásAgora.Por Luciana Brites.

Goiás

Goiás cria Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção

A Controladoria Geral do Estado (CGE) anunciou quinta-feira a criação do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, instituído pelo governador Marconi Perillo pelo Decreto nº 7.499, de 30 de novembro deste ano. Com a criação do conselho, o Estado de Goiás conta com mais um mecanismo para promover a transparência da receita e dos gastos públicos. O anúncio foi feito na tarde de ontem pelo secretário-chefe da pasta, José Carlos Siqueira, na abertura da 1ª Conferência Estadual sobre Transparência e Controle Social, que acontece até hoje no Centro de Treinamento da Emater, em Goiânia.

O Conselho terá como objetivos contribuir para a formulação das diretrizes da política de transparência da gestão de recursos públicos; sugerir projetos e ações prioritários da política de transparência da gestão de recursos públicos e de combate à corrupção; adotar procedimentos que promovam o aperfeiçoamento e a integração das ações de incremento da transparência no âmbito da administração pública estadual; realizar estudos e estabelecer estratégias que fundamentem propostas legislativas e administrativas para maximizar a transparência da gestão pública; elaborar normas sobre forma e conteúdo dos relatórios disponibilizados no site da transparência; fiscalizar e assegurar o cumprimento, pelos órgãos do Estado, dos requisitos de transparência fiscal exigidos na legislação específica.

Composição

O colegiado será presidido pelo secretário-chefe da CGE, com secretaria executiva a ser exercida pela Superintendência de Prevenção à Corrupção e Informações Estratégicas da pasta. Outros 14 órgãos e entidades compõem o Conselho com um representante cada: Segplan, Sefaz, Casa Civil, Procuradoria Geral, o conselho dos servidores públicos de Goiás, Fórum Goiano de Combate à Corrupção, Associação Goiana de Imprensa, Fórum Empresarial, Fórum de Trabalhadores, Fórum das Universidades Privadas, UFG, UEG, MP e TCE.

Fonte: Marconi e Equipe Mídias Sociais

#florestafazadiferença

Ato em 30/11, Reúne 1,5 mil no Planalto; Votação é adiada para 06/12

Dinalva Heloiza

Havia diversidade entre os cerca de 1,5 mil manifestantes reunidos na terça-feira, em frente ao Palácio do Planalto em Brasília. Ambientalistas, crianças, artistas, políticos, universitários, todos faziam um apelo à presidente Dilma. Eles querem que ela cumpra sua promessa de campanha para impedir que o novo Código Florestal possa significar o aumento do desmatamento no País.

Organizada pelo Comitê em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, a manifestação teve dois momentos. Num primeiro, digamos, ato, integrantes das cerca de 200 organizações que integram o Comitê se reuniram logo cedo em frente ao Senado. Eles empunhavam faixas e protestavam contra o novo código.

Enquanto isso, um grupo de cerca de 600 crianças vestidas de verde chegava em ônibus em frente ao Palácio do Planalto. Elas seguravam uma faixa com os dizeres: “Dilma, salve as nossas florestas e proteja o nosso futuro” e cantaram ao lado de Sandra Peres, da dupla Palavra Cantada. No final da performance, as crianças lançaram seus balões no céu de Brasília.

Nesse momento, os manifestantes do Congresso se uniram às crianças. Com tambores, apitos, faixas, todos tinham o mesmo objetivo: lutar por uma legislação ambiental que proteja as florestas.

Depois do ato, representantes do Comitê entregaram cerca de 1,5 milhão de assinaturas ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. As assinaturas foram recolhidas por meio de abaixo-assinados do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável e da petição online da AVAAZ.

Ao receber os membros do Comitê, o ministro afirmou que “a presidente tem um estilo próprio, que é o de não faltar com a palavra”. Gilberto se referia à promessa de campanha de Dilma, de que vetaria artigos do código que pudessem anistiar desmatadores, reduzir áreas protegidas em propriedades privadas e ampliar o desmatamento.
Marina Silva participou da reunião. Para a ex-ministra, o País avançou em muitos pontos em matéria ambiental e não pode viver esse retrocesso, que é a aprovação de um código pior que o vigente. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) saiu da reunião com a expectativa de que a presidente não irá aceitar o aumento do desmatamento.

Entre os presentes no ato, também estavam os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Marinor Brito (PSOL-PA), o ator Victor Fasano e a cantora Vanessa da Mata.

Os membros do Comitê seriam recebidos pelo presidente do Senado, José Sarney, no final da tarde de hoje para a entrega das assinaturas.

Obstrução. O senador Randolfe Rodrigues conseguiu obstruir a votação de um requerimento de urgência que faria com que o código fosse votado na quarta-feira. A votação foi adiada para semana que vem.

Fonte:#florestafazadierença

WWF

Ações imediatas são necessárias para preservar as florestas do planeta


Dinalva Heloiza

Durban, África do Sul – É possível reduzir o desmatamento a perto de zero até 2020. No entanto, se não forem tomadas medidas concretas ao longo da próxima década, poderemos chegar a 2030 com o dobro das áreas já destruídas.

Segundo o último capítulo do Relatório Florestas Vivas (Living Forests Report), produzido pela Rede WWF, existe um grande risco de perdermos cerca de 56 milhões de hectares de florestas até 2020. O capítulo do Relatório, intitulado "Florestas e Clima", indica que, caso os países atrasem a adoção de medidas necessárias para a redução do desmatamento, o mundo poderá perder mais de 124.7 milhões de hectares até 2030.

Essas florestas são vitais para o bem-estar de pessoas e da vida selvagem, e também para o clima porque o desmatamento é uma fonte importante de gases de efeito estufa, que agravam o aquecimento global. Atualmente, estima-se que até 20% da emissão total de carbono vêm do desmatamento e da degradação florestal – mais do que o total de emissões do setor de transportes.

O relatório da Rede WWF afirma que a redução do desmatamento a quase zero significaria praticamente eliminar uma das principais fontes de gases de efeito estufa, mas retardar essa redução até 2030 representaria um risco de emissões de dezenas de bilhões de toneladas carbono na atmosfera, sem incluir as perdas com a degradação florestal ou o carbono retido nos solos.

"Nossas florestas estão desaparecendo enquanto nós debatemos sobre como salvá-las", afirmou Bruce Carbale, líder da Iniciativa Floresta e Clima da Rede WWF. "Essa perda continuada de florestas terá consequências severas para o clima global, para a natureza e para os meios de vida de bilhões de pessoas. A mensagem é clara: precisamos agir agora para proteger as florestas do mundo de uma vez por todas ou vamos perdê-las para sempre".

WWFBrasil

WWF

Brasil recebe “prêmio” Fóssil do Dia em Durban pelo Código Florestal


Dinalva Heloiza

A proposta de reforma do Código Florestal brasileiro deu ao Brasil, na COP 17, que está acontecendo em Durban (África do Sul), um prêmio que nenhum país gostaria de receber: o Fóssil do Dia.

A nada honrosa premiação é concedida pela ONG Climate Action Network - CAN (Rede de Ação pelo Clima) a países que emperram as negociações durante as Convenções de Mudanças Climáticas ( COPs). Mas no caso do Brasil, a premiação não está relacionada à atuação do País nas negociações em Durban e sim ao projeto de lei que altera o Código Florestal.

A Climate Action Network decidiu dar o primeiro lugar ao Brasil depois de uma afirmação do Ministério do Meio Ambiente de que a nova lei iria ajudar o Brasil a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a cumprir as metas de redução estabelecidas pelo país.

De acordo com a ONG, se for aprovada, a nova lei do Código Florestal que está tramitando no Congresso, será um desastre para as florestas brasileiras, para o clima, para as populações indígenas do país, para a preservação da biodiversidade e os importantes serviços ambientais que elas prestam.

“Quando o Ministério do Meio Ambiente anunciou esta semana que a lei irá ajudar o Brasil a alcançar as metas de redução de emissões, a CAN não viu outra alternativa a não ser dar ao Brasil nosso mais notório prêmio – o Fóssil do Dia”, diz a nota publicada no site do CAN.

Ainda, segundo a ONG, a ministra do Meio Ambiente aparentemente adiou a sua viagem a Durban devido às negociações do Código Florestal no Congresso. “Nós calorosamente damos as boas vindas à ministra e pedimos que ela venha a Durban, receba o prêmio e explique ao mundo como é possível reduzir as emissões de gases de efeito estufa cortando árvores”, conclui a nota.

O atual texto, aprovado na Comissão de Meio Ambiente do Senado, e que será votado em plenário em breve, anistia crimes ambientais cometidos até julho de 2008 e reduz as áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal. A votação no Senado está prevista para a próxima terça-feira, dia 6. Depois, a proposta ainda precisa voltar para a Câmara dos Deputados, para nova votação.

Para o WWF-Brasil, é vergonhoso para o país receber essa premiação, ainda mais quando se prepara para sediar a Rio+20. “Essa ‘premiação’ é mais um alerta. Esperamos que ela ajude o Brasil a repensar o caminho que está trilhando na condução da reforma do Código Florestal e que o Congresso brasileiro não aprove a proposta do jeito que está, de maneira apressada, sem as discussões necessárias, para que a sociedade brasileira entenda os impactos desta lei para os recursos naturais do Brasil”, diz Regina Cavini, Superintendente de Comunicação e Engajamento do WWF-Brasil .

O segundo lugar da “premiação” ficou com a Nova Zelândia e o terceiro com o Canadá.

A Climate Action Network – CAN (Rede de Ação pelo Clima) é uma rede mundial que agrupa em torno de 500 organizações que trabalham promovendo ações individuais e de governança para limitar mudanças climáticas causadas pela ação humana a níveis ecologicamente sustentáveis.
Fonte WWF Brasil

Greenpeace

30 motivos para preservar as florestas do Brasil


Dinalva Heloiza


-O Brasil abriga 20% de todas as espécies do planeta.
-O mundo perde 27.000 espécies por ano.
-A Amazônia ocupa metade do Brasil e abriga 2/3 de todo o remanescente florestal brasileiro atual.
-O Brasil detém 12% das reservas hídricas do planeta.
-Já perdemos cerca de 20% da Amazônia, o limite estabelecido pela lei.
-Na mata atlântica, bioma de mais longa ocupação no Brasil, 93% já foi perdido.
-Mesmo quase totalmente desmatado, ainda tem gente que ataca a mata atlântica: a taxa média de desmatamento de 2002 a 2008 foi equivalente a 45 mil campos de futebol por ano.
-Perdemos 48% do cerrado.
-Perdemos 45% da caatinga.
-Entre 2002 e 2008, a área destruída no cerrado foi equivalente a 1,4 milhão de campos de futebol por ano. Na caatinga, a 300 mil campos.
-Perdemos 53% dos pampas.
-Entre 2002 a 2008 é equivalente a 4 mil campos de futebol por ano nos pampas.
-Perdemos 15% do Pantanal.
-Por ano, perde-se 713 km2 de Pantanal.
-Se mantivermos as taxas de desmatamento registradas até 2008 em todos os biomas, perderemos o equivalente a três Estados de São Paulo até 2030.
-O Brasil é o 4º maior emissor de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global, principalmente porque desmatamos muito.
-61% das nossas emissões vêm do desmatamento e queima de florestas nativas.
-A expansão pecuária na Amazônia é, sozinha, responsável por 5% das emissões de gases-estufa em todo o mundo.
-Mudanças climáticas impactam diretamente as cidades brasileiras. Catástrofes como os que vimos no Rio no início do ano serão comuns. Preservar as florestas ajuda a regular o clima e proteger as populações.
-Mudanças climáticas impactam diretamente a agricultura. A Embrapa, por exemplo, prevê desertificação do sertão nordestino e impacto nas principais commodities brasileiras, como soja e café; os mais pobres sofrem mais.
-Saltamos de uma taxa de 27 mil km2 de desmatamento na Amazônia em 2004 para menos de 7 mil em 2010. É possível zerar essa conta!
-Empresas que comercializam soja no Brasil são comprometidas, desde 2006, a não comprar de quem desmata na Amazônia. A produção não foi afetada e o mercado pede por produtos desvinculados da destruição da floresta.
-Os maiores frigoríficos brasileiros anunciaram em 2009 que não compram de quem desmata na Amazônia. O mercado não quer mais desmatamento.
-O Brasil pode dobrar sua área agrícola sem desmatar, ocupando áreas de pasto ou abandonadas.
-60% da vegetação nativa do Brasil está contida nas reservas legais – instrumento de preservação do Código Florestal que os ruralistas tentam acabar.
-A pecuária ocupa cerca de 200 milhões de hectares, quase ¼ de todo o Brasil. Boi ocupa mais espaço que gente. E isso porque a produtividade da pecuária no Brasil é muito baixa: 1 boi por hectare. Dá para triplicar o rebanho sem desmatar.
-Um terço de todo o rebanho bovino brasileiro está na Amazônia, onde 80% da área desmatada é ocupada com bois. Ali há 22,4 milhões de hectares de pastagens abandonadas e degradadas, ou uma Grã-Bretanha, que poderiam ser reaproveitadas. Só não são porque derrubar é mais barato.
-Mais de 70% das espécies agrícolas cultivadas dependem de polinizadores, que por sua vez dependem da natureza em equilíbrio. A FAO calcula que esse serviço prestado pelos insetos é equivalente a € 150 bilhões (R$ 345 bilhões), ou 10% produto agrícola mundial.
-O Código Florestal surgiu em 1934 e foi renovado em 1965, por técnicos e engenheiros ligados ao Ministério da Agricultura. É uma lei nacional, feita para proteger os recursos naturais em benefício de todos. Ele precisa ser fortalecido em sua missão.
-Num cenário de desmatamento zero, a agricultura familiar teria tratamento diferenciado. Isso porque, a despeito de ocupar apenas 25% da área agrícola brasileira, é o real responsável por produzir a comida (70% do feijão, 58% do leite e metade do milho brasileiro vem da agricultura familiar) e por gerar emprego no campo (74% da mão de obra).
  
Fontes: MMA, IBGE, FAO, SOS Mata Atlântica, Embrapa
Greenpeace

sábado, dezembro 03, 2011

Direito e Imprensa

Reputação: Advogados devem saber lidar com a Imprensa


Dinalva Heloiza


Final de semana, quando estou em casa aproveito prá dar uma boa olhada em artigos de outros colegas, postagens de amigos, entrevistas recentes e antigas, dentre outras.´Sempre é possível encontrar relevantes temas e assuntos, que possam somar e agregar valores ao desenvolvimento humano, principalmente no contexto da ética em informação, ou informação com ética. 


Acredito que seja de interesse de todos e principalmente, relativos a minha profissão - Jornalista e Imprensa, e mais ainda relacionados a Justiça, uma das áreas  mais apaixonantes, tenho certeza que se eu não fosse jornalista com certeza seria jurista, a essas duas profissões, eu dedico o meu mais profundo respeito, aos bons e éticos, claro.


E foi numa dessas incursões hoje, que me deparei com um comentário da colega Jornalista Danyla Martins, ao artigo comentando do advogado Marco Túlio Elias Alves que discorre sobre a importância de aliar os exercícios da advocacia juntamente com a imprensa.


Pela relevancia do conteúdo, transcrevo aqui comentário da Jornalista ao Artigo comentado pelo  Advogado Marco Túlio.


                                                             Marco Túlio Elias Alves  


Advocacia e Imprensa: exercícios aliados


Reportando à matéria publicada na última terça-feira (29/11) no site Estratégia na Advocacia “Reputação: Advogados devem saber lidar com a imprensa”, o advogado Marco Túlio Elias Alves discorre sobre a importância de aliar os exercícios da advocacia juntamente com a imprensa.

Mencionando que a OAB tem em sua história a luta pelo direito de informar e sempre zelou por este ideal, o advogado afirma que esta postura faz parte dos alicerces do Estado Democrático. 


“Nesse jogo democrático, todos devem estar bem cientes: o advogado na sua parcialidade e o jornalista na sua imparcialidade.”, pontua. Ainda citando o jurista e político Calamandrei, Marco Túlio ressalta que a parcialidade do advogado garante a imparcialidade do juiz. “Essa imparcialidade deve também mover os atos do próprio jornalista em seu papel de informar.”, salienta.

A partir de história em que vários julgamentos importantes foram influenciados pelos holofotes o advogado frisa que a situação nos faz refletir que a imprensa também pode ser bem aproveitada no papel de informar a versão da defesa, buscando influenciar o senso comum acerca da sua parcialidade. 


“O advogado, dessa forma, deve buscar manter bom relacionamento com a imprensa, de modo a usar o painel com moderação, mesmo sendo parcial, para não cair de descrédito. Nada é pior que um advogado sem reputação ou credibilidade.”, afirma.


Danyla Martins


Marco Túlio Elias Alves é advogado e professor (OAB/GO 25629) – Membro da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-GO, triênio 2010/2012. Sócio fundador de Marco Túlio Alves - Escritório de Advocacia. http://www.mtalves.adv.br

Transcrevo aqui o artigo comentado.

Postado originalmente em:  site Estratégia na Advocacia 


“Reputação: Advogados devem saber lidar com a imprensa”,

Atuar no caldeirão de um tribunal do júri já é um grande desafio para advogados e promotores. Mas, quando o caso atrai a atenção da imprensa, o impacto sobre os advogados, promotores, juízes, clientes e testemunhas pode ser profundo. 


Por isso, é preciso aprender a lidar com a imprensa de forma proativa, evitar a declaração "sem comentários" e procurar torná-la uma aliada. A imprensa é bem-vinda nos tribunais porque ela torna o sistema judiciário aberto.

Essas são algumas das conclusões de três advogados, famosos nos Estados Unidos por representar celebridades e por atuar em casos que atraem grande atenção da imprensa, e de uma juíza, que participaram de uma mesa redonda na semana passada. 


O evento foi promovido pela American Bar Association (ABA – a ordem dos advogados dos EUA), por meio de uma conferência pela internet que teve audiência de mais de 3 mil advogados e promotores registrados.

Veja algumas recomendações dos integrantes da mesa redonda:

"Normalmente, a declaração ‘sem comentários’ à imprensa não é uma opção. A razão é a de que alguém vai falar com a imprensa. E a imprensa vai depender, em uma grande medida, da interpretação ou, pior, da tendenciosidade das fontes de informação que conseguir entrevistar. 


Assim, se você se recusa a conceder entrevistas, não vai aproveitar a oportunidade para contestar o que seus oponentes estão dizendo e dar a sua versão da história. Nesse caso, você fica na situação de um advogado em um tribunal do júri em que apenas o outro lado pode falar". 


Você tem de estabelecer algumas regras sobre sua postura diante da imprensa. A primeira é a de que você precisa sempre se assegurar de que está atuando em favor dos interesses de seu cliente e com o consentimento de seu cliente. A segunda obrigação ética é ser preciso nas informações. 


Falar com a imprensa não é a mesma coisa que falar no tribunal. Mas, quando você fala com a imprensa sobre um caso, você observa alguns dos mesmos atributos". (David Boies, presidente da Boies, Schiller & Flexner, defensor de jogadores da NBA (National Basketball Association) e da NFL (National Football League); ele também atuou, na Suprema Corte dos EUA, no caso "Bush vs. Gore", que decidiu as eleições presidenciais de 2000)

"A principal responsabilidade e maior preocupação dos juízes são as de que a atenção para com a impressa e o interesse do público nos procedimentos não prejudiquem o julgamento justo. 


A atenção da imprensa ao que se passa nos tribunais é uma coisa boa, porque ajuda o público a entender o sistema judiciário. 


A imprensa pode cumprir uma função educacional importante e espera-se que a cobertura seja feita de uma maneira que o público dê crédito ao sistema judiciário. Apesar de todas as suas falhas e defeitos, o Judiciário ainda é um sistema único, extraordinário. Por isso, é melhor disponibilizar a melhor informação à imprensa". (Barbara Lynn, juíza distrital dos EUA, em Dallas, Texas)

"Você tem de tratar a imprensa como uma possível aliada. Sei que os advogados prestam um grande serviço, quando falam com os jornalistas e explicam o processo para o benefício do público, em vez de se calar e esperar que a imprensa noticie alguma coisa para, então, reclamar que a imprensa deu informações erradas". 


O advento de novas tecnologias parece colocar a imprensa em conflito com os tribunais, mas, na verdade, ela promove o estabelecimento de um sistema Judiciário aberto. Isso é o que os "fundadores" dos Estados Unidos queriam e é o que colocaram na Constituição. 


A cobertura da imprensa oferece uma oportunidade única para que os cidadãos vejam todo o sistema em ação, em vez de limitar essa faculdade a um pequeno número de pessoas que conseguem lugar no tribunal do júri.  

O advogado e o cliente não devem tentar embelezar as declarações, nem torná-las astuciosas. Assegure-se de que tenham credibilidade. 


Tanto jurados, como jornalistas, têm um faro para perceber quando uma pessoa está representando um personagem falso ou quando não é sincera. É melhor ter um cliente inábil do que um que pareça artificial". (Jonathan Turley, professor da Universidade George Washington, advogado que representa clientes notórios na área das liberdades civis e comentarista jurídico de noticiários)


"Eu aconselho os clientes a evitar os holofotes, a menos que seja necessário refutar informações dadas pelo outro lado, que podem causar danos sérios a ele. Se o cliente insiste em se comunicar com a imprensa, sugiro que, junto com o advogado, faça uma declaração por escrito ou qualquer outro documento que assegure que as suas palavras não sejam usadas fora do contexto, para distribuição aos jornalistas. 

Quando concordo em conceder uma entrevista à imprensa, primeiramente discuto com os jornalistas algumas regras básicas, como o que podemos falar e o que não podemos. Se não posso fazer um comentário, não digo ‘sem comentários’. Em vez disso, escolho o que quero responder ou explico ao repórter porque não posso responder a pergunta. 


Em casos em que a matéria tem uma natureza privada ou envolve crianças, essa pode ser a situação.  Se o cliente só tem a ganhar com entrevistas à imprensa, dar declarações curtas, amáveis e diretas ao ponto é o melhor procedimento. Quanto mais ele falar, mais munição vai dar a outra parte, para ser usada contra ele mesmo, tal como em qualquer boa inquirição cruzada no tribunal. 

Prepare antecipadamente as entrevistas com o cliente. Diga-lhe: ‘isso é tudo o que você vai dizer, nada mais do que isso. O advogado tem de aconselhar o cliente até como ele deve ser vestir para uma entrevista. Você deve praticar, praticar, praticar para falar com a imprensa, da mesma forma que pratica para atuar no julgamento. Mas, ao conceder uma entrevista à imprensa, você vai atuar para um público muito maior do que o do tribunal e não é a mesma coisa que falar para o juiz e para os jurados". (Randall Kessler, advogado de Atlanta, Geórgia, que frequentemente defende estrelas do esporte e do entretenimento, e comentarista jurídico de noticiários)

Os advogados Kessler, Boies e Turley concordaram que os advogados podem usar serviços de assessoria de imprensa ou escrever blogs para explicar seus casos, em vez de serem contatados diretamente pelos jornalistas, em determinadas situações.

Outra recomendação: sair vencedor no tribunal do júri é o objetivo maior dos advogados, mas alguns clientes também querem fazer sucesso na imprensa, diz Boies. Para ele, é importante que os advogados reconheçam isso para manter um bom relacionamento com seus clientes.

"Há alguns clientes para os quais o veredicto da opinião pública é tão importante quanto o veredicto do tribunal. E você tem de ser sensível a isso, sempre levando em conta que não é um assessor de imprensa, mas um advogado. E o que você pode fazer de melhor para seu cliente é ganhar o caso no tribunal. E lhe dar alguns conselhos sobre como lidar com as inquirições públicas", diz.


Fonte: Blog do Advogado e site Estratégia na Advocacia “Reputação: Advogados devem saber lidar com a imprensa”,

Instituto Unieco Brasil e Juventude

Dinalva Heloiza


Vozes de adolescentes e jovens, se elevam por uma nova orientação, educação sexual!

O Brasil na última década apresentou um total de 48 milhões de habitantes entre 15 e 29 anos, dos quais 34 milhões se inseriam na faixa entre 15 e 24 anos. E o mais assustador, é que justamente nesta faixa etária, é onde se encontrava a parte da população brasileira atingida pelos piores índices de desemprego, de evasão escolar, de falta de formação profissional, mortes por homicídio, segundo grupo com índices elevados em violência sexual, envolvimento com drogas e criminalidade.

Hoje o Brasil possui uma população em torno de 190 milhões de pessoas, dos quais 60 milhões têm menos de 18 anos de idade, o que equivale a quase um terço de toda a população de crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe. São dezenas de milhões de pessoas que possuem direitos e deveres e necessitam de condições para se desenvolverem com plenitude todo o seu potencial.

Contudo, as crianças são especialmente vulneráveis às violações de direitos, à pobreza e à iniquidade no País. Por exemplo, 29% da população vive em famílias pobres, mas, entre as crianças, esse número chega a 45,6%. As crianças negras, por exemplo, têm quase 70% mais chance de viver na pobreza do que as brancas; o mesmo pode ser observado para as crianças que vivem em áreas rurais. Na região do Semiárido, onde vivem 13 milhões de crianças, mais de 70% das crianças e dos adolescentes são classificados como pobres. Essas iniquidades são o maior obstáculo para o alcance dos ODMs -Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), ou 8 Jeitos de Mudar o Mundo, por parte do País.

Causas da Violência

Nunca um período demonstrou com tanta frequência, abusos e tentativas de violência sexual contra adolescentes, crianças e jovens, quanto o apresentado nos últimos anos, em todo o Brasil. Iniciar um diálogo aberto com esses jovens, é com certeza, a forma mais correta ao enfrentamento desse grave problema, o que possibilita aos mesmos identificar situações de risco, e conhecer aspectos ainda não identificáveis que envolvem situações e riscos.

Acentuadas desigualdades – de ordem social e econômica – bem como as questões culturais associadas às disparidades regionais, à relação de poder entre adultos e crianças (adultocentrismo) e à relação de poder entre brancos, negros e indígenas constituem aspectos explicativos e, em alguns casos, determinantes para a ocorrência desse fenômeno.

Outros fatores que podem também influenciar a ocorrência de violência sexual, embora não a justifiquem, são: violência doméstica, situações de vulnerabilidade na família ou na comunidade, consumo abusivo de drogas e abandono escolar.

Observe que tais situações podem ocorrer em famílias de todas as classes sociais, o que demonstra que a pobreza não constitui a única causa dessa forma de violência cometida contra crianças e adolescentes.

Como enfrentar essas causas?

Alguns estudos apontam pela Garantia dos Direitos Humanos Sexuais e a Orientação Sexual de Crianças e Adolescentes, através da promoção aberta do diálogo, debates e vivências, com a participação efetiva de adolescentes e jovens, ao enfrentamento desta questão, que dissemina crianças, adolescentes e jovens em todo o mundo.

No final de outubro de 2011, ocorreu em São José dos Pinhais, PR, através de uma iniciativa do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, a Oficina de Articulação da Juventude da Região Sul para o Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, em parceria com redes estaduais de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes da Região Sul; o Cecria – Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes; a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República e a Ciranda – Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência, o que redundou em uma carta aberta desses jovens.

A carta contém uma série de reinvindicações, dentre elas:

“...queremos ressaltar que é necessário o envolvimento de todos os setores da sociedade na defesa dos direitos a orientação e preservação da sexualidade de crianças e adolescentes para que consigamos de fato enfrentar as diversas formas de violência sexual que atingem meninas e meninos na nossa região e fora dela”

“Adolescentes e jovens têm um papel de destaque nessa luta, que não é fácil, pois a sexualidade ainda é vista como um tabu, o que resulta num dos principais fatores que facilitam a violência sexual: a falta de informação. Em muitas famílias, não há diálogo sobre o tema e na escola ele geralmente também é invisível. É preciso reconhecer que crianças e adolescentes têm direitos a uma orientação sexual e que isso deva ser discutido abertamente e dentro do contexto dos direitos humanos”.

“Adolescentes e jovens devem atuar na defesa dos direitos humanos sexuais e orientações as meninas e meninos para gerar a ruptura de uma cultura que naturaliza as violações desses direitos. Estamos falando de uma cultura machista, na qual também são muito fortes o racismo e a homofobia. Estamos falando de uma cultura adultocêntrica, que submete a criança e o adolescente ao poder do adulto, negando seus desejos e anulando suas capacidades de opinião e expressão”.

“Tudo isso, somado à falta de qualidade na educação e de reais investimentos em arte, lazer e cultura, facilita as situações de violência sexual e o não cumprimento do que está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Temos muitas fragilidades na responsabilização dos autores de violência sexual. Muitas vezes, ainda, os meios de comunicação são contraditórios, pois ao mesmo tempo em que problematizam as violências também às incitam, expondo as crianças e adolescentes a conteúdos que influenciam e reforçam o consumismo, a discriminação e o preconceito”.

“A participação de adolescentes e jovens é imprescindível para a ruptura desse cenário. Precisamos disseminar o máximo de informações sobre os direitos humanos às orientações sexuais de crianças e adolescentes, e suas violações, em todos os espaços em que estivermos, inclusive na internet, para contribuir com a prevenção. Precisamos sensibilizar para mobilizar, denunciar através dos canais existentes, envolver-se com a causa, participar efetivamente de movimentos, discussões e acima de tudo verbalizar sobre o assunto sem preconceitos ou rótulos”.

“Há necessidade de usar as redes sociais de forma consciente para mobilizar mais crianças, adolescentes e jovens a se juntarem a nós, realizar rodas de conversas, debates e bate-papos nas escolas e instituições, sensibilizar a sociedade e pressionar o poder público para a implementação de políticas públicas. Mas, para que isso seja efetivo, é preciso também que se ampliem os espaços de participação política de crianças, adolescentes e jovens e se garanta que esses espaços sejam efetivos, e não figurativos ou simbólicos”.

“Vale ressaltar que as violações de direitos no contexto de grandes obras e eventos, especialmente a Copa do Mundo de 2014, não são nem serão admitidas por nós.”

“Adolescentes e jovens têm garra e energia para a luta pela garantia dos direitos humanos sexuais de meninas e meninos, e desta luta não abriremos mão!”

Saudações,

Adolescentes e jovens representantes de entidades, redes e movimentos sociais.

Assinado.

Fonte: Instituto Unieco Brasil e Juventude - Site em Construção

Perfil Facebook: https://www.facebook.com/pages/Unieco-Brasil-Juventude/308042189219941

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Goiás

USP lança MBA presencial em Goiás


Dinalva Heloiza

Discurso do governador Marconi Perillo no lançamento do MBA da USP

O governador Marconi Perillo participou hoje do lançamento, em Goiânia, do MBA em Gestão Finanças, Risco e Ambiente Econômico para o Setor Sucroenergético da Universidade de São Paulo (USP). É o primeiro ministrado além da fronteira paulista. A solenidade, que contou com diversas autoridades, aconteceu durante almoço no Palácio das Esmeraldas.

Durante o evento, Marconi ressaltou a satisfação de celebrar mais um convênio com a USP. “A primeira parceria começou lá atrás com a ideia da Fundação. Depois com o suporte intelectual de conteúdo na viabilização do Bolsa Futuro e agora este programa de MBA do Etanol”. Este MBA tem o apoio, em Goiás, da Associação Comercial e Industrial do Estado (Acieg), do Instituto Proeconomia e do Sindicato da Indústria da Fabricação de Etanol de Goiás (Sifaeg).

De acordo com o governador hoje estreia um novo tempo do setor sucroenergético em Goiás. “O setor do etanol em Goiás cresceu muito. Está previsto junto ao estado, a implantação da maior usina supraenergética do Brasil. Os sistemas de produção evoluíram muito do ponto de vista de agregação tecnológica a mesma, especialmente os cuidados ambientais. É um setor que gera inúmeros empregos no Estado”.

Marconi lembrou que há 13 anos Goiás contava com 11 usinas e no ano que vem chegará a 38 usinas, tendo já 20 projetos em implantação, 16 deles em instalação e mais 4 em expansão. “O setor sucroenergético deve representar para nós mais de 8 bilhões de reais em investimentos até 2014, o que é 32% de todo investimento privado programado para Goiás nesse período.

Esperamos aumentar isso e certamente este MBA da USP será um fator relevante para crescermos ainda mais e com qualidade”.

Marconi ainda falou que este MBA tem total apoio do governo, porque se enquadra na política de Goiás de fortalecer e qualificar a mão de obra do Estado. “O MBA/USP Etanol é o topo de qualificação de mão de obra nesse setor. Temos hoje 46 mil pessoas inscritas em algum curso de qualificação profissionalizante. As empresas pensando em melhorar sua produção precisam de mão de obra qualificada em todos os setores. No sucroenergético chegamos a um estágio próximo a 80% de mecanização da colheita”.

Marconi Perillo, vice-reitor da USP, Hélio Nogueira e Presidente da Fieg, Pedro Alves, ao fundo Diretor da CNI - Paulo Afonso Ferreira. 

Para o vice-reitor da USP, Hélio Nogueira da Cruz, a força do setor de etanol de Goiás é o grande responsável pela área temática desse MBA no estado. “São Paulo também se mantem forte nessa direção, o que permite agregarmos maior conhecimento desenvolvido, é onde essa parceria faz todo o sentido. É um programa que deverá beneficiar tanto Goiás, quanto São Paulo”.

Para o presidente-executivo do Sindicato da Indústria da Fabricação de Etanol de Goiás, André Luiz Rocha, esta parceria é um passo importante, o qual o setor investe e com o qual qualifica cada ainda mais seus profissionais. “Tivemos o apoio da Sectec e essa iniciativa abre a possibilidade de outros segmentos receberem também outros MBA’s com a USP”.

O governador Marconi Perillo, agradeceu ao secretário de Ciência e Tecnologia, Mauro Faiad, por todo o empenho na iniciativa de aproximar Goiás e USP. O governador agradeceu ainda pela celebração dessa parceria entre Goiás e USP. “A USP dá uma demonstração ao País da sua preocupação com a redução dos desequilíbrios regionais, das distâncias regionais e sociais.

Isso é algo que precisa ser notado”, conclui o governador.

Saiba mais sobre o MBA do Etanol

O MBA em Gestão, Finanças, Risco e Ambiente Econômico para o setor Sucroenergético, também conhecido como MBA do Etanol, tem como objetivo básico, capacitar os participantes a uma melhor análise, compreensão e avaliação das oportunidades e o ambiente de negócios, preparando-os para atuar em um contexto de constantes transformações.

As inscrições terão início a partir do dia 12 deste mês e o curso começará no início do ano que vem. O curso será ministrado na Associação Comercial e Industrial do Estado (Acieg). É voltado para profissionais de nível superior, como economistas, administradores, engenheiros, advogados e contadores. A seleção dos candidatos será feita por meio de análise de currículo e entrevista com os coordenadores. O corpo docente é formado por uma equipe de professores da USP de São Paulo e Ribeirão Preto.

A carga horária do MBA do Etanol é de 408 horas-aula, desenvolvidas em salas de aula, e mais um número equivalente de horas destinadas ao desenvolvimento de atividades, exercícios e pesquisas voltadas para a consolidação dos conteúdos ministrados em sala de aula. Além das aulas, os alunos deverão frequentar as palestras, seminários e atividades previstas pela coordenação do curso.

Fonte: Sectec e Goiás Agora 

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