Especial – Segurança Pública
“A população precisa apoiar a Polícia Militar e o bandido deve temê-la. A segurança tem um preço e a sociedade precisa estar disposta a pagá-lo. O Entorno tem que ser assumido e não deve ser motivo de vergonha para Goiás, um Estado importante que precisa aprender a fazer com que suas questões locais se tornem nacionais, a exemplo do que acontece com o Rio de Janeiro”. Estas são algumas das opiniões do coronel Edson Costa Araújo, novo comandante-Geral da PM goiana. Pela segunda vez à frente da corporação, ele não teme a fama de mau e assume que é linha dura.
Confiram matéria publicada no site de notícias GoiásAgora.Por Luciana Brites.
” À frente do Comando-Geral da PM goiana pela segunda vez, o coronel Edson Costa Araújo assume que é linha dura e não teme a fama de mau. “Para os bandidos”, frisa. Com opiniões firmes e frases de efeito, ele assume o desafio de devolver a sensação de segurança aos goianos, motivar a tropa e conquistar a adesão da população, entre outros desafios.
Otimista, ele acredita que assume o Comando da PM em um momento muito favorável, no qual a população começa a analisar o papel que lhe cabe na promoção da Segurança Pública. Ele entende que os cidadãos passam a compreender que a polícia não é onipresente nem tem o dom da adivinhação e precisa do apoio da população para prevenir crimes contra a vida e o patrimônio, principalmente.
Uma, que não chega a ser impopular mas, certamente é controversa, é a volta dos “homens de preto”. Em agosto, a Rotam chegou às ruas com uniforme cáqui e uma nova filosofia de trabalho, mais humanista. No que depender do coronel Edson, a tropa de elite da Polícia Militar vai voltar às origens, com roupa preta e tolerância zero com a bandidagem. “A Rotam preocupa o criminoso e é assim que tem que ser, com uma doutrina de policiamento tático diferenciado”.
“A Polícia Militar tem que ter um braço forte, assumidamente repressor, sem medo do debate vazio”, explica. Debate vazio é a expressão usada para designar a polêmica sobre a volta do uniforme preto. “A cor preta tem um efeito psicológico, um papel importante na identificação da tropa, no reconhecimento do trabalho que ela faz”.
Se a Rotam volta às origens, o Policiamento Comunitário – consagrado em iniciativas como as reuniões comunitárias e as visitas solidárias – continua. “Queremos a polícia próxima do cidadão, queremos a parceria. Precisamos de colaboração mas precisamos de tranquilidade para fazer cumprir a lei”.
Rigidez da lei
Lei que precisa ser mudada e, no que depender de Edson Araújo, será mais rígida com os criminosos, sem exceção. As experiências adquiridas na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), onde esteve após deixar o comando em 2008, e no Gabinete de Gestão da Segurança do Entorno do DF, deram ao comandante uma compreensão mais ampla dos obstáculos que precisam ser superados para dar ao País leis mais rígidas contra os criminosos e distribuição mais justa de recursos entre os estados.
“Aprendi muito com o Ricardo Balestreri e a Regina Miki, do Senasp. Participei do planejamento da Conferência Nacional de Segurança Pública em 2008, da ida da Força Nacional para o Entorno e conheci em profundidade a realidade do Entorno, do Ministério, dos gabinetes…”, enumera.
Entorno
Se mudar as leis é um sonho, o PAC do Entorno será uma realidade em breve, pelo menos no que depender do comandante. Ele admite que quando comandou a PM pela primeira vez, não teve a dimensão dos problemas.
“A população precisa apoiar a Polícia Militar e o bandido deve temê-la. A segurança tem um preço e a sociedade precisa estar disposta a pagá-lo. O Entorno tem que ser assumido e não deve ser motivo de vergonha para Goiás, um Estado importante que precisa aprender a fazer com que suas questões locais se tornem nacionais, a exemplo do que acontece com o Rio de Janeiro”. Estas são algumas das opiniões do coronel Edson Costa Araújo, novo comandante-Geral da PM goiana. Pela segunda vez à frente da corporação, ele não teme a fama de mau e assume que é linha dura.
Confiram matéria publicada no site de notícias GoiásAgora.Por Luciana Brites.
” À frente do Comando-Geral da PM goiana pela segunda vez, o coronel Edson Costa Araújo assume que é linha dura e não teme a fama de mau. “Para os bandidos”, frisa. Com opiniões firmes e frases de efeito, ele assume o desafio de devolver a sensação de segurança aos goianos, motivar a tropa e conquistar a adesão da população, entre outros desafios.
Otimista, ele acredita que assume o Comando da PM em um momento muito favorável, no qual a população começa a analisar o papel que lhe cabe na promoção da Segurança Pública. Ele entende que os cidadãos passam a compreender que a polícia não é onipresente nem tem o dom da adivinhação e precisa do apoio da população para prevenir crimes contra a vida e o patrimônio, principalmente.
Este entendimento vai significar, segundo o coronel, exigência de leis mais rígidas, “que mantenham os bandidos na cadeia” e disposição para abrir mão de um pouco de liberdade, em troca de segurança.
“Há um preço a se pagar. Todas as cidades que conseguiram diminuir os índices de criminalidade abriram mão de um pouco de liberdade, lidaram com algum desconforto, em troca de um bem maior. Não há como fugir disso”, sentencia, enquanto discorre sobre as vantagens de um controle social mais forte, com limitação do horário de venda de bebida alcoolica, bloqueios e revistas constantes e adoção, inclusive, de medidas impopulares.
Muito além do preto
“Há um preço a se pagar. Todas as cidades que conseguiram diminuir os índices de criminalidade abriram mão de um pouco de liberdade, lidaram com algum desconforto, em troca de um bem maior. Não há como fugir disso”, sentencia, enquanto discorre sobre as vantagens de um controle social mais forte, com limitação do horário de venda de bebida alcoolica, bloqueios e revistas constantes e adoção, inclusive, de medidas impopulares.
Muito além do preto
Uma, que não chega a ser impopular mas, certamente é controversa, é a volta dos “homens de preto”. Em agosto, a Rotam chegou às ruas com uniforme cáqui e uma nova filosofia de trabalho, mais humanista. No que depender do coronel Edson, a tropa de elite da Polícia Militar vai voltar às origens, com roupa preta e tolerância zero com a bandidagem. “A Rotam preocupa o criminoso e é assim que tem que ser, com uma doutrina de policiamento tático diferenciado”.
“A Polícia Militar tem que ter um braço forte, assumidamente repressor, sem medo do debate vazio”, explica. Debate vazio é a expressão usada para designar a polêmica sobre a volta do uniforme preto. “A cor preta tem um efeito psicológico, um papel importante na identificação da tropa, no reconhecimento do trabalho que ela faz”.
Para Edson Araújo, o uniforme preto é uma embalagem diferenciada para uma doutrina mais rígida, de proteção obsessiva ao cidadão e caça incessante ao bandido. Ele assegura, porém, que o cidadão de bem não precisa temer a Rotam, mas deve respeitá-la e apoiá-la.
“As exceções não podem ser encaradas como regra. Se tivemos desvios, eles foram corrigidos. Não podemos aceitar a generalização nem abraçar um discurso inconsistente, porém com poder suficiente para abalar uma instituição séria e merecedora de respeito como é a Polícia Militar”, desabafa e reconhece que a tropa vive, sim, um momento de desmotivação.
A disposição para o trabalho e o orgulho em vestir a farda da corporação serão revigorados com disciplina e reconhecimento. A PM vai desempenhar o papel que lhe cabe mas a sociedade também terá que fazer a parte dela. “Queremos a presunção de inocência do policial. Somos inteiramente a favor da fiscalização, do controle interno e não nos incomodamos com os olhares da sociedade, mas a exceção não precisa ser tomada como regra”, diz, referindo-se, sem rodeios, à Operação 6º Mandamento da Polícia Federal, que colocou na cadeia policiais supostamente envolvidos com grupos de extermínio.
Polícia Comunitária
“As exceções não podem ser encaradas como regra. Se tivemos desvios, eles foram corrigidos. Não podemos aceitar a generalização nem abraçar um discurso inconsistente, porém com poder suficiente para abalar uma instituição séria e merecedora de respeito como é a Polícia Militar”, desabafa e reconhece que a tropa vive, sim, um momento de desmotivação.
A disposição para o trabalho e o orgulho em vestir a farda da corporação serão revigorados com disciplina e reconhecimento. A PM vai desempenhar o papel que lhe cabe mas a sociedade também terá que fazer a parte dela. “Queremos a presunção de inocência do policial. Somos inteiramente a favor da fiscalização, do controle interno e não nos incomodamos com os olhares da sociedade, mas a exceção não precisa ser tomada como regra”, diz, referindo-se, sem rodeios, à Operação 6º Mandamento da Polícia Federal, que colocou na cadeia policiais supostamente envolvidos com grupos de extermínio.
Polícia Comunitária
Se a Rotam volta às origens, o Policiamento Comunitário – consagrado em iniciativas como as reuniões comunitárias e as visitas solidárias – continua. “Queremos a polícia próxima do cidadão, queremos a parceria. Precisamos de colaboração mas precisamos de tranquilidade para fazer cumprir a lei”.
Rigidez da lei
Lei que precisa ser mudada e, no que depender de Edson Araújo, será mais rígida com os criminosos, sem exceção. As experiências adquiridas na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), onde esteve após deixar o comando em 2008, e no Gabinete de Gestão da Segurança do Entorno do DF, deram ao comandante uma compreensão mais ampla dos obstáculos que precisam ser superados para dar ao País leis mais rígidas contra os criminosos e distribuição mais justa de recursos entre os estados.
“Aprendi muito com o Ricardo Balestreri e a Regina Miki, do Senasp. Participei do planejamento da Conferência Nacional de Segurança Pública em 2008, da ida da Força Nacional para o Entorno e conheci em profundidade a realidade do Entorno, do Ministério, dos gabinetes…”, enumera.
Entorno
Se mudar as leis é um sonho, o PAC do Entorno será uma realidade em breve, pelo menos no que depender do comandante. Ele admite que quando comandou a PM pela primeira vez, não teve a dimensão dos problemas.
“A Região Metropolitana de Goiânia exige muito, a gente se envolve demais e o Entorno do DF acaba não recebendo a devida atenção”, diz no mea culpa. A passagem por Brasília e arredores mudou esta compreensão. “Não é possível ser feliz no Distrito Federal enquanto o Entorno for do jeito que é.
Nós não podemos ter vergonha do Entorno, não podemos colocá-lo debaixo do tapete. Temos que assumi-lo, inclusive admitindo que precisamos de ajuda e fazendo ver que o problema não é só nosso”, diz.
Goiás, segundo Edson Araújo, tem muito a aprender com o Rio de Janeiro. O estado litorâneo consegue fazer com que suas demandas extrapolem o regional e alcancem status de problema nacional. “O Rio de Janeiro catalisa interesses. Eles não colocam a favela debaixo do tapete. Eles assumem a favela. Tudo quanto é autoridade, celebridade, formador de opinião, visita a favela, conhece a favela”.
Goiás, segundo Edson Araújo, tem muito a aprender com o Rio de Janeiro. O estado litorâneo consegue fazer com que suas demandas extrapolem o regional e alcancem status de problema nacional. “O Rio de Janeiro catalisa interesses. Eles não colocam a favela debaixo do tapete. Eles assumem a favela. Tudo quanto é autoridade, celebridade, formador de opinião, visita a favela, conhece a favela”.
Goiás precisa chegar neste estágio, acredita o comandante. Antes, porém, precisa fortalecer o Entorno com políticas públicas voltadas para os problemas sociais e de infraestrutura que afligem a região.
Para isso, conta com a imprensa, tanto de Goiás quanto do DF. A relação com a mídia é de “morde e assopra”, reconhece. Ele frisa, porém que os veículos de comunicação são imprescindíveis para o êxito de qualquer ação da PM, seja em Goiânia, no interior do Estado ou no Entorno do DF.
De imediato, mais viaturas, rondas, bloqueios, blitzen, reforço da campanha do desarmamento e incentivo para que os policiais façam horas-extras. A remuneração, inclusive, subiu de R$ 15 para R$ 18 a hora, em período da meia-noite às 6 horas da manhã.
Concurso
Com déficit estimado de 4 mil profissionais, a Polícia Militar irá selecionar novos servidores no próximo ano. O edital, porém, deve frustrar as expectativas dos maiores de 30 anos que sonham ingressar na corporação como praças. Edson Costa sabe que a limitação pode gerar desgastes mas que vai enfrentar o problema com informação.
De imediato, mais viaturas, rondas, bloqueios, blitzen, reforço da campanha do desarmamento e incentivo para que os policiais façam horas-extras. A remuneração, inclusive, subiu de R$ 15 para R$ 18 a hora, em período da meia-noite às 6 horas da manhã.
Concurso
Com déficit estimado de 4 mil profissionais, a Polícia Militar irá selecionar novos servidores no próximo ano. O edital, porém, deve frustrar as expectativas dos maiores de 30 anos que sonham ingressar na corporação como praças. Edson Costa sabe que a limitação pode gerar desgastes mas que vai enfrentar o problema com informação.
“A carreira militar tem algumas peculiaridades que outras profissões não tem. O que é possível em uma instituição não é viável em outra. A atividade exige muito do policial. Exige muito fisicamente. A resposta precisa ser imediata e nem todos ficam no operacional, ou seja, na rua, até a aposentadoria”, esclarece.
Compromisso
O latrocínio é a maior preocupação da PM hoje. “A vítima de homicídio, geralmente, tem desavença, envolvimento com drogas, histórico de crimes… Na maioria dos casos, não todos, a vítima contribui para o desfecho.
Compromisso
O latrocínio é a maior preocupação da PM hoje. “A vítima de homicídio, geralmente, tem desavença, envolvimento com drogas, histórico de crimes… Na maioria dos casos, não todos, a vítima contribui para o desfecho.
A vítima de latrocínio não. É um cidadão de bem, que é caçado na porta do banco, no estacionamento, na rua. É alguém que não fez nada para merecer tamanho desrespeito e acaba perdendo a vida pelas mãos de um bandido. Não vamos mais tolerar isso”, garante.
Para coibir não só os latrocínios, mas os crimes em geral, como os homicídios, roubos de veículos e tráfico de drogas, a Polícia Militar vai entrar numa fase “totalmente operacional”, com arrastões, bloqueios, Operação Saturação diária e em pontos diversos das cidades mais violentas, apreensão de armas e recaptura de foragidos. “O cidadão vai perceber a polícia nas ruas. Vamos cobrar. E a criminalidade vai diminuir “, garante”.
Para coibir não só os latrocínios, mas os crimes em geral, como os homicídios, roubos de veículos e tráfico de drogas, a Polícia Militar vai entrar numa fase “totalmente operacional”, com arrastões, bloqueios, Operação Saturação diária e em pontos diversos das cidades mais violentas, apreensão de armas e recaptura de foragidos. “O cidadão vai perceber a polícia nas ruas. Vamos cobrar. E a criminalidade vai diminuir “, garante”.
GoiásAgora.Por Luciana Brites.
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