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terça-feira, dezembro 23, 2014

O que é o programa ‘Arquitetos de um Mundo Melhor’, do Pacto Global das Nações Unidas?



Ação, colaboração e coinvestimento são as principais mensagens do documento lançado na ‘Cúpula de Líderes do Pacto Global’, definindo um novo marco para o engajamento das empresas com o desenvolvimento sustentável.

A estratégia do setor empresarial para engajamento e compromisso com o desenvolvimento sustentável possui agora um novo marco: Arquitetos de um mundo melhor - Construção da Arquitetura do Engajamento Empresarial pós-2015 – ainda sem tradução para o português. O documento, lançado em 2013, no último dia da Cúpula de Líderes do Pacto Global (20/9), realizada em Nova York,  tem como mensagens-chave a ‘ação’, a ‘colaboração’ e o ‘coinvestimento’.

As novas linhas deste projeto ambicioso – e capaz de trazer enorme ganho de escala às ações do setor privado – é resultado de mais de uma década de experiência do Pacto Global das Nações Unidas no envolvimento de empresas de todo o mundo para ações e estratégias de sustentabilidade empresarial. Desenvolvido em colaboração com as empresas do grupo LEAD do Pacto Global, o documento se inspira em ideias vindas de todas as partes do planeta, reunidas durante a realização das consultas para a agenda Pós-2015.

A Construção da Arquitetura do Engajamento Empresarial pós-2015 foi concebida para convidar organizações, iniciativas e redes que trabalham mundialmente pelo engajamento empresarial ao desenvolvimento sustentável, a unir forças com o Pacto Global da ONU, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), a Iniciativa Global para Elaboração de Relatórios (GRI) e outras instituições que partilham os mesmos princípios, a fim de promover e apoiar os compromissos e ações empresariais que contribuem para o avanço dos objetivos da ONU.

“Este é o momento para sermos ambiciosos quanto ao desenvolvimento sustentável”, disse a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante painel promovido pela Rede Brasileira do Pacto Global, no primeiro dia do encontro. Segundo ela, o Brasil tem as condições “e a obrigação” de se mover rapidamente rumo a esta agenda do desenvolvimento sustentável. “Mas para que esta agenda ambiciosa seja cumprida, é necessário que todos – sem exceção – estejam a bordo”, concluiu.

Arquitetos de um mundo melhor

A cada ano, mais e mais empresas colocam práticas responsáveis de negócios e objetivos de sustentabilidade no centro de suas estratégias corporativas. De acordo com o documento, os resultados mostram que, ao fazerem isto, conseguem obter lucros e descobrir novas oportunidades. “Isso significa que há um grande reconhecimento de que, num mundo globalizado, a prosperidade de todos só pode ser construída com base na colaboração entre os setores público e o privado”, destaca.

Com a expiração dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) em 2015, espera-se que o novo quadro para o desenvolvimento sustentável, ainda em fase de construção, defina as prioridades e abordagens para a próxima era. Os países-membros da ONU trabalham atualmente para a definição de um novo conjunto de Objetivos, a serem adotados a partir de 2015. Simultaneamente, o Secretário-Geral está conduzindo os esforços para modelar a agenda de parcerias das Nações Unidas, o que vai agregar um número maior de atores do setor privado, comunidade de investimento, filantropia, sociedade civil e academia em apoio aos objetivos da ONU.

“A agenda de desenvolvimento pós-2015 apresenta uma oportunidade histórica para que a comunidade internacional mobilize empresas a fim de que avancemos de forma mais efetiva nas prioridades mundiais. Ela apresenta, igualmente, uma oportunidade de ouro para que a comunidade empresarial internacional eleve suas missões e estratégias a fim de se alinhar com a visão Pós-2015, produzindo resultados que beneficiem a tanto a economia quanto a sociedade – e impulsione o sucesso dos negócios”, destaca o documento.

Segundo a Arquitetura Empresarial pós-2015, “tudo está pronto para que esta ação coordenada ocorra, em um nível sem precedentes.” Esta colaboração, continua o documento, requer engajamento e coinvestimento de um grupo mais amplo de parceiros empresariais e das principais partes interessadas para fortalecer ainda mais as várias iniciativas e plataformas globais e locais que têm surgido e se desenvolvido.

“As redes e iniciativas locais de sustentabilidade têm crescido rapidamente – o Pacto Global da ONU conta com mais de 100 Redes Locais e o WBCSD, com 65 Redes Regionais – , oferecendo oportunidades incontornáveis de engajamento e facilitando a ação coletiva onde registramos muitos dos desafios de sustentabilidade.”

A proposta apresentada no último dia da Cúpula de Líderes do Pacto Global vai além e diz que “liderança empresarial nesta nova era significa trabalho conjunto em uma escala inteiramente nova”. 

Conheça abaixo um resumo do documento, cuja versão em português ainda não está disponível.

Resumo da Arquitetura



A Construção da Arquitetura do Engajamento Empresarial pós-2015 destaca as pedras fundamentais necessárias para a construção de uma melhor sustentabilidade empresarial, capaz de contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, criando valor tanto para os negócios quanto para a sociedade.

Cada uma destas pedras ou blocos essenciais deve ser reforçado e conectado por meio de um esforço coletivo e compreensivo, já que o objetivo é o de “realmente dar ganho de escala à sustentabilidade empresarial e transformar os negócios em uma força verdadeiramente transformadora na era pós-2015”.  Neste sentido, diz a proposta, “empresas individuais, organizações de sustentabilidade empresarial, governos, investidores, escolas de negócios, sociedade civil, força de trabalho e consumidores têm, todos, um papel a desempenhar na ampliação do alcance desta ação empresarial e na identificação daquelas áreas mais carentes de resultados concretos.”

A sustentabilidade empresarial  – composta pela liderança e sustentada pelos pilares do respeito aos princípios universais, do engajamento a parcerias e ações globais e do apoio aos objetivos mais amplos da ONU – encontra-se na base desta Arquitetura.  Juntos, estes elementos representam a busca por um nível de governança e de liderança empresarial nunca antes alcançado. De acordo com esta nova orientação para os negócios, a definição de sustentabilidade empresarial se expande: passa a significar que as empresas precisarão  apresentar resultados que tenham valor de longo prazo em termos econômicos, sociais, ambientais e éticos.

Um dos blocos essenciais desta arquitetura é o de prioridades do desenvolvimento sustentável e objetivos de empresariais de longo prazo. Cada vez mais, constata-se que crescimento econômico inclusivo, equidade social e progresso e  proteção ambiental – relativos ao desenvolvimento sustentável – contribuem progressivamente para questões como crescimento das vendas, produtividade dos recursos e mitigação de riscos operacionais, legais e de reputação – referentes aos objetivos empresariais. Nesta nova Arquitetura dos negócios pós-2015, este bloco assume um papel importante de motivador da liderança, considerada a grande pedra fundamental deste projeto. Em contrapartida, a liderança se encarrega de promover o avanço deste bloco formado de “materiais” comprovadamente indissociáveis.

Outro bloco fundamental é o da transparência e responsabilidade, que se encarrega de consolidar na base – a liderança – os elementos da confiança e credibilidade. A experiência de mais de uma década do Pacto Global da ONU ensina que as empresas têm de se comprometer a incorporar medidas robustas de responsabilidade e prestação de contas para garantir um progresso real rumo aos compromissos assumidos. O monitoramento deste progresso inclui a disponibilização de dados e documentos sobre tais compromissos, avaliação das práticas e adoção de normas internacionais para relatórios e sistemas de certificação.

O terceiro elemento essencial da Arquitetura pós-2015 são as plataformas para ação e parceria. Este bloco é visto como um componente promissor porque tem a capacidade de: dar ganho de escala e aperfeiçoar os esforços de sustentabilidade empresarial; e de contribuir para uma maior participação das empresas nos esforços mais amplos, envolvendo múltiplos atores na promoção dos objetivos da ONU. O bloco é composto por plataformas temático-setoriais, iniciativas e redes locais e iniciativas empresariais, todas apoiadas por centros virtuais de parcerias, criados com ajuda das novas tecnologias.

O quarto bloco da Arquitetura funciona como uma bússola para a sustentabilidade empresarial, já que exprime, de forma conjunta, os elementos condutores e incentivadores dos negócios tanto com base nas demandas da sociedade quanto dos mercados. Este bloco representa a capacidade das empresas de se adaptar às mudanças de normas e de expectativas quanto à responsabilidade social, bem como sua habilidade em atrair e reter consumidores, investidores, empregados e parceiros de negócios por meio de sua agenda de sustentabilidade.

A Arquitetura pós-2015 prevê também um elemento considerado fundamental para garantir que a estrutura construída siga forte e resistente: o monitoramento constante do progresso deste desenho e dos compromissos nele contidos. Para que a arquitetura se mantenha dinâmica e relevante, o documento destaca que é importante, periodicamente, rever as conquistas da comunidade empresarial, identificar lacunas e redefinir prioridades e estratégias em relação a todos os quatro blocos desta construção e sua base.

Publicado originalmente no site do Pacto Global Rede Brasileira da ONU.


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