LOS ANGELES, 25 Fev (Reuters) - O Oscar de melhor filme foi para "Argo", de Ben Affleck, anunciou a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, em transmissão ao vivo da Casa Branca, em Washington, na madrugada desta segunda-feira.
Em Los Angeles, o ator Jack Nicholson subiu ao palco do Teatro Dolby para apresentar os indicados da categoria e chamar Michelle, na 85ª cerimônia de entrega dos prêmios da Academy Awards.
Dirigido e estrelado por Affleck, Argo recria trama de um falso filme para salvar reféns no Irã em 1980. Com base em fatos reais, o longa mostra como foi engenhoso o resgate de seis diplomatas norte-americanos refugiados na embaixada canadense no turbulento Irã, em 1980.
Affleck oferece no início da projeção uma narrativa em quadrinhos sobre como os EUA ajudaram o xá Mohammad Reza Pahlavi a governar, a partir de interesses econômicos, até sua deposição em 1979 pelo célebre aiatolá Khomeini.
O asilo político oferecido a Reza Pahlavi enfureceu a população iraniana na época, que via no antigo xá um criminoso a ser julgado. Após a negativa do pedido de extradição do xá, as ruas iranianas foram tomadas por protestos, que culminariam na invasão da embaixada dos EUA em Teerã.
Esse foi o ponto de partida da histórica "crise dos reféns" (1979-1981), em que os seguidores de Khomeini mantiveram presos, por 444 dias, 52 norte-americanos em retaliação à presença do antigo xá em território dos EUA.
"Argo", no entanto, conta o que aconteceu com os seis diplomatas que conseguiram escapar à invasão. Escondidos na embaixada do Canadá, esperavam que a inteligência norte-americana os tirasse de lá o mais rápido possível. Como não havia condições de se iniciar uma guerra contra o Irã, apelou-se para formas pouco ortodoxas para recuperar estes cidadãos.
Também concorriam ao prêmio, "A Hora Mais Escura", "O Lado Bom da Vida", "As Aventuras de Pi", "Lincoln", "Os Miseráveis", "Django Livre", "Indomável Sonhadora" e "Amor".
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