Marina Silva
Por Dinalva Heloiza
Hoje, especialmente quero parabenizar uma das
mulheres mais notáveis em todo o Brasil e em cenário global, Marina Silva, que
celebra seu aniversário nesta data.
Marina Silva, é ambientalista, historiadora,
pedagoga e política brasileira.
Em cenário político, Marina Silva, foi a
vereadora mais votada por Rio Branco; deputada estadual em 1990; e senadora pelo estado do Acre durante 16
anos. Foi ministra do Meio Ambiente de 2003 até 13 de maio de 2008. Atualmente,
ela está sem partido, e com propostas inovadoras por uma nova política em
cenário nacional.
Em 2010, foi candidata à Presidência da
República, pelo Partido Verde (PV), obtendo a terceira colocação entre nove
candidatos, alcançando 19,33% da porcentagem total - expressivos 19.636.359 votos válidos em todo
o território nacional.
Trajetória
política
Marina Silva, foi professora na rede de ensino secundário, e companheira
de luta de Chico Mendes.
Enquanto vereadora eleita e mais votada da capital Rio Branco, em 1988, Marina combateu diversos privilégios dos vereadores e
devolveu para os cofres da câmara os benefícios financeiros a que eles,
inclusive ela própria, tinham direito. Com essas ações, muitos adversários
políticos foram criados, contudo a sua popularidade cresceu.
Exerceu seu mandato de vereadora até 1990, quando candidatou-se a deputada
estadual e obteve novamente a maior votação, sendo
expressivamente eleita.
Em 1994, foi eleita senadora da República, pelo estado
do Acre,
com a maior votação, sendo a pessoa mais jovem a ocupar o cargo de senador
no Brasil.
Em 2002 foi reeleita,
com projeção de cumprimento de mandato até 31 de janeiro de 2011. Sendo que de 2003 a
13 de maio de 2008, ela ocupou como Ministra, o Ministério do Meio Ambiente.
Entre
as mais de 100 proposições apresentadas pela senadora, desde o primeiro
mandato, destacam-se 54 projetos de lei, dentre eles, o texto propondo a
criação do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal- FPE - para as unidades
da Federação que abrigarem em seus territórios
unidades de conservação da natureza e terras indígenas demarcadas.
Marina
foi a primeira voz a defender, na Casa, a importância de o governo federal
assumir uma postura em relação a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Em 2009, o governo anunciou,
finalmente, a adoção dessas metas. Não sendo ainda suficientemente, a senadora
também cobrou do governo e do congresso nacional a inclusão de uma
meta brasileira, com os percentuais para a redução das emissões de gases do
efeito estufa até 2020,
no Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que seria aprovado e sancionado pelo presidente
da república antes da realização da Conferência de Clima (COP15), realizada em
dezembro de 2009 em Copenhague.
Enquanto Ministra do Meio Ambiente, período (2003/2008) Marina, enfrentou
conflitos constantes com outros ministros do governo, que focados em interesses
econômicos se contrapunham aos objetivos de preservação ambiental.
Em 2007, Marina defendeu a ideia de que o Brasil havia de aprender
a impor seus limites, buscando o desenvolvimento sustentável, sem acabar com a
biodiversidade e com a vida. "A discussão entre conservação do meio
ambiente e desenvolvimento para mim é um falso dilema. Ainda que na prática
tenha que ser superada, não é possível advogar pelo desenvolvimento sem
promover a conservação ambiental. As duas questões fazem parte da mesma
equação", declarou ela.
Durante
sua administração no Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva, foi impedida de cumprir algumas de suas
metas formais, a exemplo de sua luta histórica contra os transgênicos, contra a usina nuclear de Angra III, além da não aprovação de uma Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), de caráter ambientalista.
Entretanto, algumas medidas adotadas pelo então governo federal, nos
últimos anos foram de sua autoria ou contou com sua participação e articulação
política.
Marina
Silva também denunciou pressões de alguns governadores, para rever as medidas
de combate ao desmatamento na Amazônia.
Em 13 de maio de 2008, cinco dias após o
lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS),
cuja administração foi atribuída a Roberto Mangabeira Unger, Marina Silva
entregou sua carta de demissão ao então presidente, em razão da falta de
sustentação à política ambiental, e voltou ao exercício do seu mandato no
Senado Federal.
Em agosto
de 2009, Marina Silva, anunciou sua desfiliação do PT, afirmando que não se
tratava mais de fazer embate dentro de um partido, mas sim, o embate em favor
do desenvolvimento sustentável”.
Certo é que desde 1997, Marina já propunha
essa forma de desenvolvimento.
Candidatura à
Presidência
Em 2007, um movimento
apartidário de cidadãos, denominado "Movimento Marina Silva
Presidente", iniciou a defesa pública de sua candidatura à presidência da
República.
A
repercussão internacional deste movimento fez com que o Partido Verde Europeu influenciasse
o Partido Verde do Brasil a
convidá-la para afiliar-se em seus quadros. Assim, desde agosto de 2009, Marina foi cogitada
a ser candidata à presidência da República pelo Partido
Verde (PV).
Ao
final do primeiro turno das eleições presidenciais de 2010,
em 3 de outubro,
Marina Silva obteve 19.636.359 votos, o que correspondeu a 19,33 % dos
votos válidos, ocupando assim, o terceiro lugar na
disputa.
Marina se tornou a candidata mais votada da história na legenda, tornando-se
destaque internacional em aliados do PV pelo mundo, principalmente na América do
Sul e Europa.
Marina
foi lembrada pela Federação dos Partidos Verdes das
Américas (FPVA) pela força que conquistou, segundo o co-presidente
da FPVA, o mexicano Leonardo Álvarez, ela se
tornou um ícone da legenda, tornando-se uma referência juntamente com Antanas
Mockus, da Colômbia, que transformou o PV na segunda força eleitoral
daquele país.
É de Marina Silva, o estudo que
aponta a necessidade em se ampliar os pilares do desenvolvimento sustentável.
Em 31 de outubro de 2011, durante uma palestra
no EXAME Fórum, em São Paulo, diante de uma plateia de empresários e especialistas, Marina afirma que
o conceito amplo de sustentabilidade envolve sete dimensões – e não apenas as
quatro descritas pela ONU. Além da sustentabilidade econômica, social,
ambiental e cultural, Marina incluiu a ética, a política e a estética.
E descreve os mesmos:
Sustentabilidade econômica - "Transformar as vantagens comparativas em vantagens
competitivas. Precisamos ser capazes de transformar os recursos naturais e os
bens e serviços que produzimos em melhoria da qualidade de vida das pessoas, em
saúde, educação, entretenimento, vida digna e plena para as pessoas. Enfim, um
mundo melhor de viver."
Sustentabilidade social - "Equilibrar os princípios de equidade, buscando fazer com que a
vida de todas as pessoas possa ser digna de ser vivida."
Sustentabilidade ambiental - "Utilizar os recursos de tal forma que as necessidades de vida
digna e plena possam ser satisfeitas sem comprometer a vida digna e plena
daqueles que ainda não nasceram."
Sustentabilidade cultural - "Se nós não formos capazes de ter um modelo de desenvolvimento
que preserve a diversidade, temos um problema. Não há inovação na mesmice, só
há inovação na diversidade. Sem ela, entramos em erosão cultural."
Sustentabilidade ética - "Nós somos seres que nos importamos uns com os outros, com os
que estão aqui e com os que virão no futuro. Isso se chama laço social ou aliança
intergeracional. Isso não se resolve na técnica, isso se resolve na ética. Se
eu não me importo com os que ainda vão nascer, eu vou destruir os recursos de
milhares e milhares de anos pelo lucro de apenas algumas décadas. Isso é um fim
da espécie humana."
Sustentabilidade política - "Tem a ver com o que estamos fazendo aqui. As pessoas estão
reunidas, debatendo, tentando criar uma maioria, um espaço de convergência para
que todos nós possamos nos movimentar numa outra direção. Se os recursos
naturais são finitos, nós temos que trabalhar no sentido de que cada vez se
produza mais com um menor volume de recursos naturais. Não tem um salvador da
pátria.
Não será a Marina, não será a Dilma, não será o Obama. Seremos nós, que
temos que assumir isso como um valor. Nós geralmente queremos terceirizar os
problemas. A gente gosta de se enganar. A gente quer que alguém prometa que vai
resolver o problema da corrupção.
Lamento, mas a corrupção não é um problema da Dilma, do Serra, do Lula,
do Fernando Henrique, do Itamar, nem do Collor. A corrupção é um problema
nosso. Isso é a sustentabilidade política. Enquanto a corrupção for um problema
da Dilma, teremos corrupção. Quando virar um problema nosso, pode ter certeza
de que haverá uma qualidade para as instituições brasileiras."
Sustentabilidade estética - "Algumas coisas têm valor simbólico e não puramente econômico. O
Pão de Açúcar (no Rio de Janeiro) pode não ter nenhuma liquidez, mas nenhum de
nós vai deixar destruir o Pão de Açúcar para virar brita. Isso é sustentabilidade
estética."
Prêmios
Em 1996, Marina Silva recebeu o Prêmio Goldman do Meio Ambiente pela
América Latina e Caribe, nos Estados Unidos.
Onze anos depois, em 2007, por meio da Medida Provisória 366, ocupando o
cargo de Ministra do Meio Ambiente, Marina desmembrou o Ibama e repassou a
gestão das unidades de conservação da natureza federais para o Instituto Chico Mendes.
Em 2008 recebeu o Eco & Peace Global Award, entregue durante a ECO
2008 - Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Cultura da Paz, realizada em
Brasília.
Em 1 de abril de 2009, recebeu o prêmio norueguês Sofia, de 100 mil
dólares, por sua luta em defesa da floresta amazônica. O motivo maior da
homenagem recebida por Marina Silva, segundo a Fundação Sofia, foi a redução do
desmatamento alcançado para o segundo nível mais baixo em vinte anos.
Em 10 de outubro de 2009, recebeu o prêmio Mudanças Climáticas,
oferecido pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco.
Foi considerada pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais
influentes do ano de 2009.
Também em 2009, foi considerada um dos 100 maiores protagonistas do ano pelo
jornal espanhol El País.
Em março de 2011, o perfil no twitter de Marina, ganhou o prêmio Shorty
Awards, considerado pelo jornal estadunidense “The New York Times” como o
"Oscar dos twitters".
Fontes: exame/wiki
Parabéns, guerreira Marina Silva. Desejo que não somente este dia, mas
que todos os seus dias sejam de alegria e que se realize a plena composição do
desenvolvimento sustentável, como objetivo principal ao Brasil, e que
principalmente seja conduzido às vossas mãos o direito em implantá-lo.
E na sequencia deste novo ano que se inicia pra voce, Marina Silva, que
o amor, a paz, a saúde, o desenvolvimento sustentável, e a educação, continuem a ser uma constante em
todas as suas conquistas. E de todos nós brasileiras e brasileiros.
Que brote à sociedade brasileira, a dignidade, a ética e o desejo de uma
honrosa cidadania.
Parabéns, felicidades, plena saúde, e um grande abraço!