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sexta-feira, junho 21, 2024

O Preço da Inação - Crianças fora da escola e lacunas educacionais custam à economia global US$ 10.000 bilhões de dólares por ano

 

Relatório Global da UNESCO, 2024 - O Preço da Inação!

Enquanto 250 milhões de meninas e meninos estão atualmente excluídos do acesso à educação em todo o mundo, um novo relatório da UNESCO- Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura analisa pela primeira vez o custo econômico e social das deficiências educacionais. Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, apela aos Estados-membros da Organização para quebrar o "círculo vicioso" de abandono escolar o mais rápido possível.

Mensagem de Miss Audrey Azulay - Diretora Geral da Unesco - Durante lançamento do Relatório


“10.000 bilhões de dólares por ano – o custo global em evasão escolar e a falta de educação é impressionante! Além dessas considerações financeiras, há um impacto social considerável. A mensagem deste relatório da UNESCO é clara: a educação é um investimento estratégico - um dos melhores investimentos para indivíduos, economias e sociedade como um todo. Apelo aos nossos estados-membros para garantir que este direito universal se torne uma realidade para todos os seres humanos o mais rápido possível.”

Em 1948, a educação foi declarada um "direito humano universal". Esse direito foi reafirmado em 2015, quando as Nações Unidas definiram o acesso à educação de qualidade para todos como um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável. No entanto, apesar de décadas de progresso no acesso à educação, 250 milhões de crianças e jovens em todo o mundo ainda estão fora da escola, e 70% das crianças de 10 anos em países de baixa e média renda são hoje incapazes de entender um texto escrito simples. 

Em um novo relatório publicado na segunda-feira 17 de junho, intitulado "O Preço da Inação: avalia os custos globais privados, fiscais e sociais da não aprendizagem das crianças e dos jovens", onde a UNESCO estima o custo para a economia global do abandono escolar e das lacunas na educação em 10 bilhões de dólares por ano até 2030, o equivalente a mais do que os PIB anuais da França e do Japão, juntos!

Por outro lado, o relatório estima que reduzir a proporção de abandono escolar precoce ou daqueles sem habilidades básicas em apenas 10% aumentaria o crescimento anual do PIB em torno de 1 a 2 pontos percentuais. A educação, portanto, é um dos melhores investimentos que um país pode estabelecer.

Além dessas considerações financeiras, o relatório alerta para os danos sociais significativos causados ​​diante das deficiências educacionais. Lacunas na aquisição de habilidades básicas estão associadas, em todo o mundo, a um aumento de 69% nas gravidezes precoces entre meninas, enquanto cada ano de educação secundária contribui para reduzir o risco de meninas se casarem e terem um filho antes dos 18 anos. 

10 recomendações para uma educação de qualidade para todos

Durante uma reunião de ministros da educação na segunda-feira na sede da UNESCO em Paris (França) – na presença de Gabriel Boric, Presidente do Chile, que copreside com a Diretora Geral o Comitê de Direção de Alto Nível para Educação de Qualidade para Todos – Audrey Azoulay apelou aos 194 estados-membros da Organização para "respeitarem seu compromisso de transformar a educação de privilégio em uma prerrogativa para todo ser humano em todo o mundo".

A Diretora Geral também lembrou que "a educação é um recurso essencial para enfrentar os desafios de hoje, da redução da pobreza à luta contra as mudanças climáticas".

Para atingir a meta de educação de qualidade para todos, o relatório da UNESCO fornece 10 recomendações.

A primeira delas é que os governos devem garantir educação gratuita e com financiamento público para todas as meninas e meninos por um mínimo de doze anos. Essa educação deve andar de mãos dadas com o investimento na primeira infância, para estabelecer as bases para o aprendizado o mais cedo possível e combater a desigualdade.

Programas de "segunda chance" também devem ser criados para jovens que não puderam se beneficiar de uma educação de qualidade, ou cuja educação foi interrompida.

O ambiente de aprendizagem também deve ser seguro e inclusivo. A UNESCO pede distâncias curtas entre as casas das crianças e suas escolas, especialmente em áreas desfavorecidas, e que todas as escolas tenham acesso a água e saneamento.

O tamanho das turmas deve ser mantido pequeno, e as aulas devem ser ministradas por professores qualificados e motivados que apoiem todos os alunos de forma equitativa, prestando atenção especial à igualdade de gênero.

A UNESCO também incentiva os Estados a sensibilizar as comunidades e famílias locais sobre a importância de meninas e meninos concluírem um ciclo completo de educação e ainda a importância de se envolver os pais nas atividades e na gestão escolar nas comunidades.

Quer acessar o Relatório completo em Inglês? Clique aqui: 

Publicado em parceria com a OCDE e o Secretariado da Commonwealth - Comunidade das Nações 

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