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sexta-feira, setembro 16, 2011

Goiás



ENTREVISTA

Thiago Peixoto detalha reforma educacional ao Jornal Opção

Semanário destaca pontos do plano que revolucionará Educação em Goiás

O Jornal Opção desta semana publicou entrevista com o secretário da Educação do Estado de Goiás, Thiago Peixoto. O assunto não poderia ser outro: o conjunto de diretrizes da reforma educacional que será executada em Goiás, o “Pacto Pela Educação". Abaixo, confira as principais perguntas e respostas publicadas pelo semanário.


Como vocês chegaram aos dados que embasam essa proposta de reforma educacional?

O primeiro ponto é o diagnóstico, saber por que é necessária a reforma. É necessária porque os resultados na educação em Goiás não são bons - apontados pelos índices educacionais que temos no País, em especial o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, criado para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino]. 
Alguns dados chamam muito a atenção e o primeiro é o da proficiência. Em matemática, 91% dos alunos que terminam o ensino médio na nossa rede não têm conhecimento básico da matéria; 73% não têm conhecimento básico de língua portuguesa. São alunos que ficaram 12 anos na escola, completaram o ensino médio e saíram sem o conhecimento básico.


A sala de aula se sustenta numa estrutura administrativa, por professores motivados e por uma estrutura física adequada.

Por isso pensamos no todo. Inclusive na questão física. Das 1.095 escolas da rede estadual, temos de reformar mais de 440. No plano tem o programa Edificar, que consiste em construção de escolas - especialmente no Entorno de Brasília e região metropolitana -, em reforma de unidades e em um processo de manutenção dessas escolas. Isso para garantir as condições básicas para o aluno ter aula. Outro fator que precisa ser citado é que organizamos os caminhos que alguém pode seguir na carreira dentro da secretaria. O professor pode ser regente e ser valorizado por isso. Não vai ter de deixar de ser professor para ter uma boa remuneração.



Goiás vai pagar o piso?

Vamos pagar o piso, é uma prioridade em todo esse processo. O piso hoje custa a Goiás R$ 500 milhões/ano. Então vai ter de ser um esforço não só da Seduc, mas do governo do Estado como um todo. Mas para pagar é preciso ter dinheiro em caixa. Já vimos onde podemos economizar para fazer uma série de ações, entre elas o pagamento do piso, que é um compromisso reforçado a todo o momento.


Como esta reforma realmente vai melhorar a educação? Quais os métodos?

Temos dois fortes pilares neste projeto de reforma [no total, são cinco]. O primeiro é valorizar e fortalecer o profissional da educação, mas não só no aspecto financeiro. A ideia é criar uma escola de formação para professores, um centro de inteligência que vá trabalhar essa formação de maneira contínua.
Em qualquer lugar, para ter avanço educacional, é preciso qualificar o professor. Essa escola vai ser no IEG, que será uma escola regular e mais um espaço dedicado à formação dos professores. Com o aspecto de formação, é importante ter diagnóstico. Vamos criar em Goiás o nosso índice de desenvolvimento educacional, anual. Mas já temos uma avaliação bimestral que mede se o aluno está avançando ou não. Então ficamos sabendo por escola, por região. 
Se em determinada região os alunos tiverem deficiência em matemática, por exemplo, a formação dos professores será focada nessa disciplina. Isso é importante, porque para saber para onde vamos, precisamos saber onde estamos. Outra coisa importante é a academia de lideranças. Em escola que tem diretores ou líderes fortes, os alunos tem melhor aproveitamento. É a questão da gestão escolar, na qual estamos pondo foco. Já temos muitas ações nesse sentido.


O sr. diz que serão cem dias para validar o plano. Então só vai valer para o ano que vem?

Muitas ações já começaram. Para a execução de algumas delas, não dependíamos de recursos. Por exemplo: o diagnóstico bimestral já começou a ser feito. O processo de formação de professores já começou, assim como o processo de formação do gestor escolar, que mudou neste ano. Antes prevalecia só a escolha da comunidade. Agora colocamos uma série de outros pontos, e quem quis ser diretor teve de fazer um curso de gestão escolar que a secretaria ofereceu. 
Ele faz a prova e, se aprovado, pode apresentar um projeto para a escola para, em seguida, a comunidade poder escolhê-lo ou não como diretor. Além disso, o diretor eleito também vai fazer um curso de pós-graduação em gestão escolar. Temos preocupação com a formação continuada do professor conectada com a realidade da escola.


No Brasil se discute o mau aluno, e não o bom aluno. Em alguns países se premia o bom professor e o bom aluno. Vocês vão fazer isso?

Vamos. Existe uma série de medidas que chamamos de Programa Reconhecer. Por isso é importante termos um índice para saber se de fato o aluno está indo bem ou não. Aí se justifica a criação do Idego, o Índice de Desenvolvimento da Educação em Goiás. Já criamos uma política de bônus por desempenho, que tem a assiduidade como um dos critérios. O professor em regência com assiduidade ganha no final do ano um bônus de R$ 1,5 mil. 
Nas próximas etapas desse bônus entra o desempenho do aluno, medido pelo Idego. Aí o professor terá parte de seu bônus como referência no desempenho do aluno que ele ensina. A gente quer que o bom professor seja reconhecido e valorizado, quer que seja premiado. Mas não queremos isso só no aspecto financeiro, com bônus. Temos um programa de reconhecimento social chamado "Educadores do Ano", que busca dar visilidade às melhores práticas educacionais no Estado e premiar os professores com benefícios diferentes, como intercâmbios. 
O principal aspecto é o reconhecimento desse bom professor perante a sociedade. Então temos o aspecto financeiro que é fundamental, mas também o reconhecimento social. Isso é importante inclusive para atrair mais professores para o sistema. E também tem o prêmio financeiro para a escola que mostrar boas práticas. Esse prêmio também foi lançado há um mês. E tem ainda a poupança para os alunos. 
Os 5 mil melhores estudantes do Estado vão receber uma poupança de R$ 1 mil. Foi o governador Marconi Perillo que defendeu esse incentivo, por entender que essa linha de mérito é um grande incentivo para mudar o processo educacional em Goiás. Outro pilar do plano aborda a questão da desigualdade educacional que Goiás vive hoje. Há regiões ricas, onde se poderia esperar educação de qualidade, mas o que ocorre é o contrário. E outras regiões que são consideradas vulneráveis estão bem. Queremos gerar uma igualdade de oportunidades educacionais para todos os alunos. Há programas de incentivo para que isso ocorra, para criar uma rede de colaboração no meio escolar.


E sobre a escola de tempo integral?

Temos mais de 120 escolas de tempo integral, mas entendemos que tem de haver um novo modelo. Precisamos de mais apoio tanto na infraestrutura, quanto no aspecto pedagógico. Antes de aumentar o número destas escolas, queremos torná-las referência. Por isso a criação do projeto "aluno em tempo integral", mas não necessariamente dentro da escola. Ele poderá ter, fora da escola, acesso a uma série de formações, como cursos de idiomas e profissionalizantes, esportes, atividades variadas que venham a complementar o trabalho da escola.



Do ponto de vista financeiro, haverá condições de executar esse projeto?

Sim. Só apresentamos esse projeto depois de uma análise rigorosa do ponto de vista financeiro, dentro do que está previsto para a educação no orçamento dos próximos anos. Não há nada aqui que não tenha sido pensado. Mas, como eu disse, esse plano está sujeito a modificações. Vejo uma disposição muito grande do governador em implementar esse projeto.



As prefeituras vão participar desse processo?

Nossa ideia não é só levar esse plano para nossa rede, é para todo o Estado, sem diferenciar o aluno do município do aluno do Estado. No fim, é um aluno goiano. Há um trabalho
Fonte: Ascom Seduc

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