Dinalva Heloiza
Os quatro primeiros lugares no
ranking de chegadas de turistas internacionais e classificação de renda ocupam
os mesmos países, embora em ordem diferente. Os Estados Unidos são o país onde as
receitas do turismo GET (205.000 bilhões de dólares americanos em 2015) e o segundo
destino em termos de chegadas internacionais (78 milhões).
Segundo a OMT -
Organização Mundial do Turismo, em seu Relatório anual Panorama 2016 para o Turismo Internacional, intitulado "Turismo
Rumo a 2030", a organização oferece um prognóstico atualizado e de longo
prazo ao setor em uma avaliação consistente do desenvolvimento do turismo para os
próximos anos, até 2030.
Este relatório oferece um amplo
espectro em pesquisas, e toma como ponto de partida do trabalho realizado pela
OMT, o campo das previsões em longo prazo partindo da década de 1990, onde o
novo estudo substitui o anterior, intitulado "Turismo Visão 2020", e que
se tornou referência global para as previsões internacionais do setor do turismo.
Os resultados mais importantes do
estudo são as projeções em demanda quantitativa do turismo internacional por um
período de 20 anos, que começa em 2010 e termina em 2030.
Previsões atualizadas incorporam uma
análise no cenário social, político, mudanças econômicas, ambientais e
tecnológicas que moldaram o setor do turismo, no passado, e que se espera,
possam influenciar o setor também no futuro.
De acordo com o mesmo relatório,
estima-se que o número de entradas de turistas internacionais em todo o mundo tende
a crescer uma média de 3,3% ao ano durante o período que varia de 2010 e 2030.
Com o tempo, a taxa de crescimento irá reduzir gradualmente de 3,8% em 2012
para 2,9% em 2030, mas com base em números superior. Em termos absolutos, as
chegadas de turistas internacionais poderão aumentar em cerca de 43 milhões por
ano, em comparação com um aumento médio de 28 milhões registrados anualmente no
período de 1995 e 2010.
De acordo com a taxa projetada de
crescimento às chegadas de turistas internacionais em todo o mundo, poderá ultrapassar
a cifra de 1.400 milhões em 2020 e 1.800 milhões em 2030.
As chegadas de turistas
internacionais com destinos para as economias emergentes da Ásia, América
Latina, Europa Central e Oriental, Sul e Europa Mediterrânea, Oriente Médio e África
tende a duplicar a sua taxa de crescimento em (+ 4,4% por ano) em comparação
com os destinos das economias avançadas que beiram os (+ 2,2% ao ano).
Portanto, espera-se que até 2030, 57% das chegadas internacionais devam ser
registradas nos destinos das economias emergentes (em comparação com 30% em
relação a 1980) e 43% nos destinos das economias avançadas (em comparação com
70% em 1980).
Quando se avalia por região, o
maior crescimento virá da Ásia e do Pacífico, onde as chegadas são aguardadas
em média de 331 milhões a 535 milhões em 2030 (+ 4,9% por ano). Por outro lado,
o Oriente Médio e a África alcançarão um aumento no número de chegadas a mais
do dobro de acordo com a previsão para este período, passando de 61 milhões
para 149 milhões e de 50 a 134 milhões, respectivamente.
A Europa também transitará (de 475
a 744 milhões de dólares) e nas Américas esta taxa sobe de (150 a 248 milhões
de dólares) com crescimento comparativamente menor.
Com uma taxa de crescimento mais
elevada, o aumento nas taxas da Ásia e Pacífico de (22% do mercado mundial em
2010 para 30% em 2030), no Médio Oriente de (6% a 8%) e na África de (5% a 7%).
Consequentemente, a Europa decrescerá
de (de 51% para 41%) e nas Américas (de 16% para 14%) onde se prevê que estas
regiões irão experimentar uma nova redução da sua quota do turismo internacional,
principalmente devido ao menor crescimento comparativamente aos destinos
veteranos da América Norte, Europa do Norte e Europa Ocidental.
Os que mais gastam em Turismo Internacional
A China, Estados Unidos e o Reino
Unido têm no turismo de saída e suas respectivas regiões em 2015, impulsionados
pela força de suas moedas e economias.
A China lidera a saída do turismo
mundial, após uma visível tendência apresentada o que ocorreu ano após ano,
desde 2004, com taxas de crescimento de dois dígitos em gastos dos turistas, beneficiando
destinos asiáticos, como Japão e Tailândia, além dos Estados Unidos em vários
destinos europeus.
A despesa de viajantes chineses
cresceu em 26% em 2015 alcançando 292.000 milhões de dólares norte-americanos,
enquanto o total de viajantes aumentou em 10% para 128 milhões de euros.
O Turismo nos Estados Unidos
passa a ser o segundo maior mercado de origem no mundo, alcançando 113.000
milhões de dólares em 2015, enquanto o número de passageiros cresceu para 73 milhões.
O Reino Unido é o quarto mercado de origem, com crescimento liderado pela demanda
do turismo internacional na Europa, impulsionado pela força da libra esterlina em
face ao euro. As viagens ao exterior, dos residentes no Reino Unido aumentaram em
5 milhões, alcançando 64 milhões em 2015, com despesas do turismo internacional
em 63.000 milhões de dólares.
A procura por outros mercados
emissores principais ocorreu de forma mais moderada, em parte devido à fraqueza
de suas moedas. A Alemanha continua a ser o terceiro maior mercado de origem,
com uma ligeira redução nos gastos do ano passado, que foi de 78.000 milhões de
dólares norte-americanos, a França (38.000 milhões) também registrou um
decréscimo, mas, no entanto avançou uma posição no ranking dos gastos do
turismo, alcançando o quinto lugar.
A Federação da Rússia com (35.000
milhões dólares) recuou na posição, sendo o sexto colocado, apesar do aumento
que passou de 10% em 2015. O Canadá ainda continua em sétimo lugar, com gasto
de 29.000 milhões de dólares norte-americanos. Já a República da Coreia registrou
um aumento significativo em seus gastos, alcançando 25.000 milhões de dólares, avançando
seis posições no ranking e agora integrando a lista dos dez primeiros colocados,
ocupando a oitava posição.
Consequentemente, a Itália (com 24.000
milhões de dólares) e Austrália (com 23.000 milhões), ambas recuaram um lugar
no ranking, ficando em nono e décimo lugar, respectivamente.
Outros mercados de origem além do
Top Ten, que registraram crescimento de dois dígitos no ano passado foram:
Espanha, Suécia, Taiwan (Província da China), Kuwait, Filipinas, Tailândia,
Argentina, República Checa, Israel, Egito e África do Sul.
Nas Américas o crescimento continua
Visite o Brasil
Nas Américas - o crescimento
continuou em 2015, depois do sucesso alcançado em 2014, as chegadas
internacionais nas Américas cresceram de 11 milhões em 2015, com um aumento de
6%, para alcançar 193 milhões (16% das chegadas globais). Já as receitas do turismo
internacional aumentaram em 8% em termos reais, para alcançar 304.000 milhões
de dólares norte-americanos (com 24% das receitas globais). Muitos destinos se beneficiaram da valorização
do dólar, o que impulsionou a demanda nos Estados Unidos e Caribe na América
Central (ambos com + 7%), onde eles lideraram o crescimento.
A América do Norte, que responde
por dois terços das chegadas totais das Américas, recebeu 6% a mais em chegadas
internacionais. O México e Canadá (ambos + 9%) tiveram um crescimento
significativo, impulsionado pela demanda dos EUA. O crescimento foi modesto até mesmo nos Estados
Unidos (+ 3%), devido a um dólar mais forte, resultando em um destino mais caro
para quase todos os mercados.
Já no Caribe (+ 7%), o
crescimento foi impulsionado por Cuba (+ 18%), Aruba (+ 14%), Barbados (+ 14%),
Haiti (+ 11%), República Dominicana e Puerto Rico (+ 9% em ambos os casos). Os
resultados nas Bahamas (+ 3%) e Jamaica (+ 2%) ocorreram de forma mais discreta.
A América Central, pela primeira
vez alcançou um aumento em 7% para mais de 10 milhões. Já o Panamá teve em seu crescimento,
um aumento de 21%. Belize recebeu mais do que 6% em chegadas; Costa Rica e
Honduras alcançaram um crescimento em 5%; El Salvador e Nicarágua 4% a mais; e Guatemala
em 1%.
Desembarques internacionais para
a América do Sul cresceram 6% em 2015, mas com resultados bem diferentes,
dependendo do destino. O Paraguai quase duplicou o número de chegadas, embora a
partir de uma base mais modesta, enquanto o Chile (+ 22%) e Colômbia (+ 16%)
também registraram crescimento de dois dígitos. Peru e Uruguai registraram um
aumento de 7% e 3%, respectivamente, enquanto que a Argentina e Brasil registraram
ligeiros declínios.
Principais Destinos Turísticos
Os principais destinos turísticos
do mundo, Estados Unidos, China, Espanha e França ainda lideram estas posições.
Em 2015 duas alterações foram registradas na lista dos dez primeiros destinos em
receitas do turismo internacional, e um no ranking de chegadas dos turistas
internacionais.
Após um forte aumento no ano
passado, a Tailândia saltou do nono para o sexto em renda do turismo, enquanto
Hong Kong (China) saiu da décima para a nona colocação, desde então. No ranking
de chegadas, o México também subiu um nível, do décimo ao nono colocado.
Ao fazer uma classificação dos
principais destinos turísticos no mundo internacional, é bom considerar, mais
do que um indicador. Fazendo a classificação de acordo com dois
indicadores-chaves - o turismo receptivo com recepção e chegadas de turistas
internacionais.
Pelo turismo internacional, é
interessante notar que sete dos dez primeiros destinos aparecem em ambas às
listas, mas mostram substanciais diferenças no que diz respeito ao tipo de
turistas que atraem a duração com as estadias médias e gastos por viagem e
hospedagem.
No caso das receitas do turismo
internacional, as alterações no ranking não refletem apenas o desempenho
relativo aos destinos, mas também as flutuações na taxa de câmbio da moeda
local contra o dólar norte-americano. Isto em particular ocorreu em 2015, um
ano em que o dólar norte-americano tem apreciado consideravelmente o euro e
muitas outras moedas.
A China é o segundo país em
receitas do turismo, com 114 bilhões de dólares e a quarta em número de
chegadas, com 57 milhões. A Espanha tem uma colocação em terceiro lugar, tanto em
renda (57.000 milhões EUA) e para as chegadas (68 milhões). A França é o quarto
país em renda proveniente do turismo, com (46.000 milhões) registrados em 2015,
mas o primeiro em termos de chegadas, com (84 milhões) de turistas em 2015.
O Reino Unido manteve a sua
quinta e oitava renda para chegadas. Tailândia subiu três lugares para o sexto
colocado, na receita (e três posições em termos de chegadas, deixando a nona
colocação). A Itália consolidou sua quinta posição para as chegadas, e tem uma
posição abaixo na receita, ficando em sétimo. A Alemanha também caiu uma
posição em receita e é agora o oitavo, mas manteve sua sétima posição nas
chegadas. A Turquia continua o sexto país no ranking em número de chegadas (e décimo
segundo em receita). O México subiu uma posição para ficar em nono lugar nas
chegadas (e seis posições avançadas até se tornar o decimo sexto em renda). A
Federação da Rússia caiu uma posição no ranking, décimo nas chegadas de
turistas (e caíram cinco posições para se destacar em trigésimo quarto em termos
de receita).
Completando o ranking das dez primeiras
receitas do turismo internacional nas duas regiões que aparecem na China, com Hong
Kong (que avançou uma posição, e é agora o nono) e Macau em (décimo lugar).
Com Informações da UNWTO/OMT - Panorama Global 2016
Muito bom os artigos apresentados, realmente nós precisamos de estatísticas e previsões para melhorar a recepção de turistas.
ResponderExcluirAtenciosamente.
Mauricio Laus