Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner, em missão no Brasil, participou de uma série de encontros. Os principais assuntos tratados, foram a Rio+20, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, eventos que serão realizados no Brasil.
Entre os dias 26 e 29 de abril, o Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner, participou de uma série de encontros e eventos no Brasil, incluindo também sua participação em uma audiência pública da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal; uma mesa redonda com líderes da sociedade civil, organizada pelo PNUMA em parceria com a Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável; no Fórum Mundial de Economia e em uma mesa redonda sobre desenvolvimento sustentável promovida pelo Ministério das Relações Exteriores no Rio de Janeiro.
Durante sua missão, Steiner abordou principalmente os três grandes eventos que o Brasil sediará nos próximos anos – Rio+20, Copa do Mundo e Olimpíadas – e falou da necessidade do país alinhar a economia verde ao seu desenvolvimento.
O Diretor Executivo do PNUMA falou também sobre a importância do Brasil como país que tem dado exemplos de inovação e preservação ambiental com seus esforços para redução na devastação da Amazônia e a implementação das práticas sustentáveis. Outro ponto mencionado pelo subsecretário foi a questão da governança ambiental que, em sua opinião, destaca o potencial de liderança do Brasil em questões de crescimento verde: “O Brasil será sede de grandes eventos esportivos nos próximos anos, tem condições ambientais únicas, economia em franco crescimento e instituições que têm ajudado o mundo a pensar a evolução da economia”, disse.
Ele lembrou que a Rio 92 testemunhou o estabelecimento de vários tratados globais de grande importância os quais têm sido fundamentais para boa parte do trabalho do PNUMA: A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre o Clima (UNFCCC), a Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CBD) e a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD).
Nesse âmbito, grandes realizações já foram alcançadas: a camada de ozônio está em fase de recuperação, mecanismos inteligentes para compensação e redução da emissão de gases de efeito estufa foram criados (sob o protocolo de Kyoto), e o meio ambiente se tornou um veículo de inovação nos jogos Olímpicos.
Mas apesar de todos esses ganhos, a ciência demonstra que eles são superados pela escala e magnitude do impacto que causamos na natureza. O consumo de recursos naturais pelo ser humano, aliado à ineficiência do modo que produzimos bens e serviços, estão levando ao limite os sistemas de suporte à vida na Terra. Como espécies, comunidades e economias, nós estamos caminhando em uma direção insustentável. Essa é a realidade que servirá de base para as discussões da Rio+20.
A Rio+20 é uma grande oportunidade para que a comunidade internacional reconheça que é necessário uma mudança de curso. Acordos internacionais devem definir como trabalhar na transição para uma economia verde, sendo este um desafio global. Os problemas ambientais não podem ser contemplados apenas a nível nacional.
O PNUMA vem trabalhando junto a Iniciativa Economia Verde, que, no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, é um dos dois principais temas a serem discutidos na Rio+20 no ano que vem. Para alcançar os objetivos da cúpula, será crucial a ambição dos governos de todas as nações e o suporte de todos os setores da sociedade.
Tanto a Rio+20 quanto a Copa do Mundo e as Olimpíadas são oportunidades para identificar inovações e projetos que terão uma função histórica, deixando um legado de mudanças positivas para os habitantes. Há alguns anos, o PNUMA vem trabalhando com comitês olímpicos e com a FIFA para assegurar que eventos esportivos dêem a importância devida à questão da sustentabilidade.
Dentre as negociações realizadas por Achim Steiner durante sua missão ao Brasil, ficou resolvido que o PNUMA e autoridades brasileiras assinarão um Memorando de Cooperação para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Brasil de 2016. A intenção do PNUMA é prover suporte técnico para fazer do esporte um catalisador da transição para uma economia verde nos níveis internacional e nacional.
O impacto pode ser profundo – as políticas multibilionárias de compras públicas nas olimpíadas, por exemplo, têm o potencial de mudar mercados em áreas que vão desde o setor de construção até o de alimentação e produtos esportivos. Também importante é identificar maneiras de alcançar mudanças no manejo de resíduos e o uso de energia renovável durante a organização de grandes eventos esportivos.
Fato é que os três grandes eventos que estão para acontecer no Brasil a partir do ano que vem, e que vão chamar a atenção do mundo todo para o nosso país, significam três enormes oportunidades para catalisar inovação e desenvolvimento sustentável.
Fonte: ONUBrasil
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