Dinalva Heloiza
O governo do estado de Mato Grosso e 25 prefeituras
assinaram no dia (08) de junho, o ‘Pacto das Cabeceiras do Pantanal’. No texto
do documento assinado, vigora o compromisso do estado e prefeituras em desenvolver,
juntamente com parceiros, um total de 34 desafios com foco no desenvolvimento
sustentável da região do Pantanal. A iniciativa terá o apoio do Ministério
Público do Estado de Mato Grosso (MPE).
Os 34 desafios voltados ao desenvolvimento sustentável da
região do Pantanal compreendem várias ações prioritárias à serem implantadas
até o ano de 2020. Entre estas ações, destacam-se a recuperação de áreas
degradadas, adequação de estradas rurais e estaduais, saneamento ambiental e
gestão de resíduos sólidos, além do fortalecimento da gestão e do licenciamento
ambiental.
A assinatura do ‘Pacto das Cabeceiras do Pantanal’ faz parte
das ações desenvolvidas pelo governo de Mato Grosso voltadas ao Meio Ambiente.
Segundo o vice-governador do estado, Carlos Fávaro, a união
dos esforços entre o governo e as prefeituras, tem como objetivo comum à
preservação do manancial hídrico do estado. “Não é de interesse do setor
produtivo que os recursos naturais sejam esgotados, quem é produtor sabe o
quanto um processo erosivo é terrível, o quanto se gasta nessas recuperações, o
mesmo acontece com a água. Não queremos chegar ao ponto do que o estado de São
Paulo enfrenta hoje. Queremos que nosso estado também seja exemplo de
sustentabilidade”, destacou.
Segundo a secretária de estado de Meio Ambiente (Sema), Ana
Luiza Peterlini, as ações que envolvem o pacto tiveram início há dois anos,
quando um diagnóstico técnico revelou que problemas no pulso de inundação
poderiam ocorrer nas cabeceiras dos rios que compõem o Pantanal caso não sejam
protegidas de maneira prioritária.
Os parceiros do Governo de Mato Grosso e das prefeituras são
o setor público, privado e Organizações Não-Governamentais (ONGs).
Para o promotor de Justiça André Luís de Almeida, que atua
na promotoria Especializada da Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai, é
necessária uma maior proteção da região de planalto. Segundo ele, é na região
de planalto que os problemas ambientais começam, trazendo consequências para a
região de planície. “Fizemos um levantamento inicial e já identificamos várias
drenagens que estão secando as áreas úmidas do Pantanal. O trabalho, que
contará com o apoio da secretaria de Estado de Meio Ambiente, deverá se
estender para outras regiões. O Ministério Público tem atuado tanto no âmbito
judicial como no extrajudicial para proteger e defender o meio ambiente”.
O ‘Pacto das Cabeceiras do Pantanal’ tem atuação nos
municípios de Alto Paraguai, Araputanga, Arenápolis, Barra do Bugres, Cáceres,
Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D´Oeste, Glória D´Oeste,
Indiavaí, Jauru, Lambari D'Oeste, Mirassol D'Oeste, Nortelândia, Nova
Marilândia, Nova Olímpia, Porto Esperidião, Porto Estrela, Reserva do Cabaçal,
Rio Branco, Santo Afonso, São José dos Quatro Marcos, Salto do Céu e Tangará da
Serra.
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