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sábado, outubro 01, 2016

Do Enredo de "Velho Chico" aos Caminhos de uma Nova Política.

Estamos a algumas horas das eleições municipais e um dia após o último capítulo da novela “Velho Chico”, e diga-se uma obra-prima da produção artístico-cultural com elevada temática socioambiental produzida pela Rede Globo.

                                                         Cena da I Fase de Velho Chico - Rede Globo

O nosso patrimônio natural encontrou um aporte em cultura, onde a sustentabilidade, desde o princípio foi o tema central da trama de Bruno Luperi, o “Velho Chico”, com destaque dado a agricultura Sintrópica - que é uma forma de manejo agrícola inovador, e traduz a relação homem-ambiente de forma instruída em relação ao que se quer produzir, e a forma de fazê-lo. Através da Sintropia, é que se mede o grau de desorganização do sistema do solo, e a partir desse estudo é possível reestruturar sua organização.


                                                    Rio São Francisco-Brasil 

O que não cabe reduzir ou empobrecer a vida em determinado lugar, na terra. Isto implica em considerarmos um gasto mínimo de energia, onde não cabe maquinaria pesada, agrotóxicos, fertilizantes químicos e outros adubos, trazidos fora do sistema natural. A agricultura, dessa forma, passa a ser uma tentativa em harmonizar as atividades humanas com os processos naturais da vida, existentes em cada lugar onde atuamos. Para alcançarmos essa conquista, é necessário que haja mudanças essenciais principalmente em nossa compreensão da vida.

A ficção nos apresenta a grande virada, aquela onde a não participação política, não cabe mais as comunidades, essa alienação vem aferrando continuamente os direitos humanos, desvirtuando os deveres sociais, e consequentemente minando a nossa integridade em cidadania.

Estamos vivendo uma transição política dolorosa, mas tenho absoluta certeza que ao final, a  sociedade se reerguerá como uma fênix, das cinzas. E como nenhuma outra, saberá  escolher seus representantes, escolher aquelas e aqueles, que nos permitam a dignidade do exercício em cidadania, e não somente sonharmos o sonho de uma sociedade justa, mas vivenciarmos esse exercício em todas as esferas da sociedade brasileira, que por direito natural nos é reservado em civilização soberana neste terceiro milênio.

Que toda nossa gente, possa pensar o Brasil com visão global em cenário local, as mudanças tem princípio em cada um de nós, e ela se faz necessária num todo, somente quando eu mudo, eu possibilito a mudança em meu ambiente.


Que as eleições locais sejam instrumento de renovação em todo o Brasil, que os bons permaneçam e os novos sejam eleitos, mas, àqueles que fazem da política simplesmente um instrumento de poder e de interesses pessoais, sejam demitidos por unanimidade, pois a esses, que não mais seja dado nenhum direito em representação ao poder público, gestor de nossa sociedade.

Em seus últimos capítulos, a novela “Velho Chico”, capitaneou histórias e fez história. Soube como nenhuma outra produção televisiva do seguimento, olhar o retirante, o peão, o homem da terra, o agricultor familiar, o ribeirinho, e mais ainda, o índio e seu legado cultural, e mostrar que acima de tudo, a essa velha política do coronelismo só existe um traçado em consciência mais sã, a humildade em assumir erros e reencontrar novos caminhos.

A produção soube traduzir de forma simples o chamado global da sustentabilidade, convocado pelas Nações Unidas em setembro de 2000, e ainda o quanto somos pequenos diante de nossa própria natureza.  O “Velho Chico”, também sofreu com a história de seu enredo, que por mais de uma vez se confundiu com a realidade. A morte trágica de Domingos Montagner nas águas do Velho Chico, e anteriormente a do padre interpretado por Umberto Magnani.

Não estou aqui para discutir um enredo, que vai além do bom senso racional. Pois, de forma singular, o contexto geral da sustentabilidade e a ausência dos compromissos políticos de uma forma quase que generalizada em todo o Brasil, se tornou uma tônica de tragédias contínuas que implicam na isenção de quem tem, e o pagamento de quem não tem. 

                                                                      Manejo agrícola sintrópico

Quando o ideal de poucos, não é conivente com o anseio e à perpetuação do poder de tantos, que desconhecem o valor da verdadeira política e os princípios intrínsecos a mesma, infelizmente o desgoverno prevarica em toda sociedade, e o povo em sobrecarga paga o alto preço.

Em 1983, quando a médica Gro Harlem Brundtland, mestre em saúde pública e ex-Primeira Ministra da Noruega, foi convidada pela Secretaria Geral da Organização das Nações Unidas para estabelecer e presidir a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. A escolha da médica deu-se ao fato de ela realizar um trabalho pioneiro para a época, enxergando a saúde para além das barreiras do universo médico e abrangendo em suas ações atividades ligadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento humano.

O relatório Brundtland, porém, só ficaria pronto em 1987, após dezenas de reuniões da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, liderada por Gro Harlem Brundtland e composta por especialistas de diversas áreas. Considerado altamente inovador para aquela época, o relatório foi o primeiro a trazer para o discurso público o conceito de desenvolvimento sustentável.


“Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões de consumo de energia. No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos. Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.” um pequeno texto integrante do Relatório Brundtland.

O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazerem as suas próprias, o que significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.

O momento urge, e a natureza não negocia direitos, o imperativo em ser racional estabelece o resgate ao pleno exercício em Desenvolvimento Humano. Estamos em um momento de grande importância a toda comunidade brasileira, é hora de inovarmos nossas escolhas. 


Votar Consciente, nos permite iniciar uma mudança que urge em estabelecer um  Novo Brasil.


E somente sob a batuta de uma Nova Política, Ética e Justa com a sociedade brasileira, será possível a construção de um Novo Brasil!

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