Dinalva Heloiza
Conforme consta na Política
Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, está valendo a determinação do fechamento
de todos os lixões do país, que entrou em vigor no último sábado, dia 2 de
agosto de 2014.
A lei é explícita, o lixo terá
que ser encaminhado para um aterro sanitário, forrado com manta impermeável,
para evitar a contaminação do solo. O chorume deve ser tratado e o gás metano
terá que ser queimado. Quem não cumprir a legislação estará submetido às
punições previstas na Lei de Crimes Ambientais, que prevê multa de R$ 5 mil a
R$ 50 milhões.
Segundo a resolução, desde o sábado
o MMA - Ministério do Meio Ambiente tem o compromisso de multar as cidades que
não adaptaram seus aterros sanitários às novas regras.
Segundo consta em pesquisa apenas
40% das cidades brasileiras dão destino correto ao lixo urbano, e neste aspecto, a capital do estado de Goiás,
a cidade de Goiânia possui um triste e fatal histórico, - “quem não se lembra do acidente com o césio
137? O segundo maior acidente radiológico do mundo, provocado pela violação de uma
cápsula de césio 137 abandonada entre os
destroços de um local em demolição"
Nos últimos meses a administração pública
da cidade de Goiânia, cuja sigla partidária é a mesma do governo federal, vem continuamente
se omitindo ao cumprimento deste serviço básico à prevenção da saúde e
qualidade de vida de toda a população goianiense, e o que dizer então sobre a
questão do aterro sanitário na capital goiana?
Esta questão é visível em toda a
cidade, mas os bairros que possuem um grande fluxo comercial e até mesmo os
tradicionais, como é o caso de bairros como Campinas, Coimbra, Jardim América, Centro,
Fama, Criméia Oeste, e outros, a visão chega à ser deprimente.
Segundo consta o governo federal
não vai dar mais prazo para que os municípios finalizem a utilização dos lixões
a céu aberto, e desde então é obrigatório o armazenamento dos resíduos sólidos
em aterros sanitários. Mesmo com a obrigatoriedade, menos da metade dos
municípios conta com destinação adequada do lixo.
Segundo a ministra do Meio
Ambiente, Izabella Teixeira, uma ampliação pode ser discutida no Congresso
Nacional. Para ela, a repactuação do prazo para a adequação deve vir
acompanhada de um debate ampliado sobre a lei, levando em conta a realidade de
cada município. "A necessidade de repactuar o prazo deve ser tratada no
Congresso Nacional. O governo apoia uma discussão ampliada sobre a lei. Ampliar
o prazo sem considerar todas as questões é insuficiente. Não se trata de empurrar
com a barriga", diz a ministra. Segundo ela, é preciso entender a lógica econômica dos municípios, a
dificuldade que eles têm para operar, e considerar, ainda, o tamanho dos
municípios e sua localização.
Dos 27 estados, apenas Maranhão,
Rio de Janeiro e Pernambuco concluíram seus planos estaduais de resíduos
sólidos, pelo visto o grande desafio é conseguir o engajamento dos governos
estaduais.
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