Por Dinalva Heloiza
Há quase meio século, inúmeras
vozes ecoam contra a contínua devastação do Cerrado, um dos maiores biomas da
América Latina, mas essa segue ininterrupta, e com um poderio cada vez maior. Em
2001 visando preservar áreas de raríssimas belezas naturais daquela região a exemplo
da Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional das Emas, a UNESCO fez o reconhecimento
das mesmas como Sítios do Patrimônio Natural da Humanidade, garantindo a vital
permanência dessas áreas para a manutenção da biodiversidade da região do
Cerrado em flutuações climáticas futuras.
No mesmo paralelo, mas em luta milenar,
a mulher sofre para se desvencilhar das armadilhas do velho e arcaico machismo,
alguns avanços já ocorreram, mas muito ainda se tem por conquistar.
Mas, acredito fortemente em mudanças
e quando chega o tempo delas acontecerem, o inesperado até vira rotina, e foi
justamente esse insight que me alcançou quando pousei meus olhos no incrível
projeto da fotógrafa Mel Melissa Maurer, em “O Caminho do Cerrado”.