Dinalva Heloiza
A Transparency International solicita que os promotores criem uma
força-tarefa regional para coordenar investigações.
Comunicado emitido pela Secretaria da Transparência Internacional
.
A Transparência
Internacional e seus escritórios na América Latina pedem aos promotores dos
15 países envolvidos no escândalo de corrupção da Lava Jato, reunidos no Brasil
nesta semana, para tomar medidas firmes para levar os culpados à justiça.
O escândalo da Lava Jato envolve
uma rede de mais de vinte corporações, incluindo a gigante construtora Odebrecht, que subornou
funcionários públicos para conquistar contratos na América Latina, em Angola e
em Moçambique.
A reunião em Brasília, convocada
pelo Ministério Público do Brasil, surge na sequência de um acordo de US $ 3,5
bilhões entre os procuradores dos EUA, Brasil e Suíça e a Odebrecht.
"A reunião de Brasília
apresenta uma tremenda oportunidade para enfrentar a grande corrupção de uma
forma significativa e global. Os promotores devem aproveitar esta oportunidade
para compartilhar experiências, estratégias e informações para melhorar seu
trabalho. Em cada país, as pessoas estão exigindo o mesmo tipo de resultados
que os promotores no Brasil estão conquistando", disse José Ugaz,
presidente da Transparência
Internacional.
"Os promotores devem
explorar a criação de uma força-tarefa investigativa conjunta em escala global,
focada em esquemas offshore e lavagem de dinheiro. Uma investigação mais
eficiente e coordenada é fundamental para desmantelar os sistemas corruptos que
perpetuam a pobreza e a desigualdade na América Latina e na África", disse
Ugaz.
Os escritórios da Transparência Internacional nas Américas
estão formulando cinco recomendações principais: